Um policial competente.

Paulo e Sara casados há 30 anos, professores aposentados, um casamento completamente feliz, 03 filhos bem criados, Joelma professora, Lucas advogado e Paulo Junior que ainda saindo da adolecencia não queria cursar nenhuma faculdade, pois queria ser policial, desde criança admirava aqueles homens fardados na televisão e contos policiais, onde tinha um crime lá estava Paulinho xeretando.
Moradores da cidade de Capão Bonito uma pequena cidade do interior do Estado de São Paulo, eram conhecidos por sua bondade e trabalhos voluntários com os mais pobres da região.
Professora Sara, como era conhecida servia sopa nos dias frios para a população pobre da cidade, nos dia de calor um lanchinho da prof. Sara era bem vindo entre os necessitados.
Prof. Sara se preocupava com o filho mais novo, afinal ser policial nos dias de hoje, não é aconselhável com tantos crimes ediondos.
Sr. Paulo, já nem tanto, achava que ser policial na cidade de Capão era moleza afinal, que crime aconteceria ali, não tinha ninguém para sequestrar, eram todos pobres, nem Banco para roubar pois quem tinha dinheiro para por no Banco, não morava ali grandes empresários apenas sitiantes e funcionários públicos, esses então o valor do hollerite parecia vale e não pagamento, o dele então era uma ajuda de custo.
Os policiais na cidade de Capão, estavam ali apenas para manter a ordem, mandar alguém tirar o pé do banco, olhar as crianças na escola, assim dizia o Sr. Paulo.
Paulinho, passou com louvor no concurso público para policial militar, em casa foi uma grande comemoração, Prof. Sara, sentia orgulho do filho, tão jovem já com grande responsabilidade, Sr. Paulo, dizia que isso sim era emprego ganhar bem para trabalhar na moleza.
Paulinho veio á São Paulo para fazer um ano de academia, uma das normas quando se ingressa na carreira militar, uma especie de treinamento.
Foi um longo ano, Sara chorava quase todos os dias, foi outra festaça quando paulinho retornou a sua cidade, tinha orgulho da sua farda se achava importante e as vezes até era arrogante, ele era a Lei, sua mãe cuidava daquela farda como um tesouro.
Querido por todos, Paulinho seguia sua vidinha de policial, conheceu Mara, e se casaram na igreja católica da cidade, sua irmã Joelma, casara um ano antes e estava a espera do primeiro filho, Lucas ainda permanecia solteiro.
Mara tinha um irmão meio torto, metido a bandido, tinha passagem na FEBEM de São Paulo, por pequenos delitos, Paulinho não era muito fã de Fábio que as vezes o desafiava.
Paulinho, fragou Fábio com drogas e alertou Mara sua mulher, que tomou as dores do irmão e brigaram. e as brigas por causa de Fábio virou rotina, uma vez que Fábio vivia enfiado na casa de Mara que apoiava o irmão.
Fábio pegava o revolver escondido de Paulo e saia com ele, era difícil fazê-lo entender que isso jamais poderia acontecer e a situação de paulinho naquela casa foi ficando complicada e pensou que o melhor seria a separação, Mara não aceitava a separação queria que Paulinho entendesse que Fábio era seu irmão.
Mas Paulinho estava decidido, não ia jogar sua vida de policial fora, pois ser policial era seu sonho desde criança, ele era o orgulho dos seus pais, da cidade, todos confiavam nele, era um policial sério, competente.
Mara brigou com Fábio, pediu para que não fosse mais a sua casa, porque o Paulinho queria ir embora por causa dele.
Paulinho sai da delegacia, tarde da noite, antes de entrar no seu carro é surpreendido por Fábio, que pede educadamente para conversar com ele, afinal os dois amam a mesma pessoa, Mara e era a felicidade dela que estava em jogo.
Paulinho pede que Fábio entre em seu carro, Fábio encosta uma arma na cabeça de Paulinho e pede que dirija até a escola próxima a delegacia, Paulinho obedece, lá, entra no carro mais dois rapazes, que Paulinho não conhece, um deles toma a direção do carro e levam Paulinho para um matagal, Paulinho pede, implora pela sua vida, mas eles riem, pegam um galão cheio de gasolina e jogam em Paulinho, em seguida ateam fogo, a explosão é inevitável.
Um crime bárbaro que certamente ficará impune, pois os criminosos, embora confessos são menores.
A cidade chora, a família de ambos se desespera, para nós seres humanos, mais uma fatalidade.


 
Gely Arruda
Enviado por Gely Arruda em 09/08/2007
Reeditado em 05/06/2020
Código do texto: T600110
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