A quantas anda a humanidade?

- Agora vai, Camael, e, quando cá tornares, traze-me relatório completo de tuas impressões, de tudo o que lá viste, ouviste e sentiste.

- Sim, amado Senhor, assim o farei com todo esmero e zelo.

E ia o anjo a se retirar do escritório particular de Deus quando Este o reteve:

- Ah, ia-me esquecendo: dá especial atenção à minha obra mais querida. Quero ver a quantas anda.

- Assim será feito, amado Senhor.

Foram essas as últimas palavras entre Deus e seu anjo investigador, antes de este visitar a Terra. Esclareça-se aqui, antes de continuar, para que se tenha idéia afinada das questões divinas, que Deus conta com anjos de diversas especialidades para seus propósitos. Particular este que pode soar estranho a um humano, visto ter ouvido apenas de anjos da guarda e anjos mensageiros, tal como o Arcanjo Gabriel da anunciação.

Havia tempos que Deus não contava com informações ou relatórios precisos do planeta azul. Enganam-se, pois, os que acham que Deus fica observando das alturas tudo o que se passa no planeta dos homens a todo tempo, como se não tivesse mais o que fazer. Na imensidão do universo, anda o Senhor tão ocupado que, por vezes, utiliza-se de seus auxiliares como anjos, arcanjos, serafins e santos. Como nutre especial amor aos seres terrenos, quis Ele vir pessoalmente, como já o fizera outrora, quando enviou o próprio Filho. Mas, estando atarefado em algumas obras de especial importância nos confins do universo, incumbiu Camael dessa missão.

Abriu, portanto, o Anjo Camael suas asas e, deixando as paragens empíreas, rumou à Terra. Por essas estranhas convenções divinas, em pouco, viu-se o anjo em seu destino. Começou então a observar tudo com especial atenção e de tudo que via e ouvia, ia tomando nota, com meticuloso apuro, em sua agenda celestial. Aos seres humanos dedicava a maior parte do seu tempo. Observava-os, ouvia-lhes o jeito de falar, ouviu histórias alegres e tristes, ouviu verdades, mentiras, sofismas e, aos poucos, percebeu-lhes o jeito de agir e pensar.

Passou assim Camael bom tempo na Terra e quando finalmente deu por concluídas suas investigações, reviu suas anotações, passou-as a limpo e voltou aos céus para passar relatório de todo teor ao Criador.

Camael dirigiu-se ao escritório de Deus, parou em frente à porta e rememorou tudo o que ia falar. Fez uma pequena oração e disse: “Que Deus me ajude!” Sentiu-se mais sereno e, no que ia bater à porta, esta se abriu e viu-se diante de Deus que o esperava com sorriso afável.

- Sabia que eras tu, amado Camael, entra e não faças cerimônia, a casa é tua desde sempre, toma assento.

Camael correspondeu ao sorriso com outro meio constrangido, entrou com passos ligeiramente hesitantes.

- Obrigado, amado Senhor. Sei que estou convosco desde o princípio, mas confesso que ainda me impressiono quando nos pressentis a intenção, como agora, quando me abristes a porta no que ia bater.

- Amado filho, bem sabes que tudo posso o que é de minha vontade. Tu, todos os seres e as coisas são parte da Criação, fi-la para que fosse dinâmica, que se gerisse por si só. Por isso dei ampla liberdade para muitas coisas. O livre arbítrio aos humanos, por exemplo. O universo seria um lugar um tanto sem graça se Eu tivesse que intervir em tudo e em todos a todo instante. É por esse mesmo motivo que te enviei à Terra. Se o quiser, posso saber de cada partícula que compõe aquele planeta e suas criaturas, sem mesmo mexer um único dedo – com olhar sereno e sorriso paternal concluiu: – mas, como já falei, prefiro que minhas próprias criaturas tenham participação ativa no meu grande projeto.

Camael ouvia as palavras de Deus em êxtase. Bem conhecia a magnanimidade do Senhor desde o início, mas sempre era bom ouvi-lo falar. Suas palavras aqueciam o coração, eram qual a suave brisa em manhã de primavera em um campo florido, como os vira na Terra. Camael não soube o que responder às palavras de Deus, apenas sorriu para expressar sua extrema felicidade, ao que Deus disse:

- Bem sei, Camael, bem sei... Às vezes faltam-te palavras. O que sentes é justamente a linguagem divina. Há coisas para as quais as palavras não bastam. Por isso mesmo, além da fala, dotei os humanos da linguagem poética. Sabe, Camael, a poesia é o que mais se aproxima da linguagem divina.

Toda vez que Deus falava dos humanos, Camael podia notar um brilho mais intenso em Seu olhar. Isso deixava Camael um tanto desconfortável, sentindo um leve tremor percorrer-lhe o corpo.

- Que tens, meu filho? Parece que algo te incomoda.

- Está tudo bem, meu Senhor. Talvez eu apenas esteja um pouco cansado da viagem à Terra...

- Olha que assim falas como a serpente do paraíso – disse Deus com severidade e logo desatou em sonora gargalhada ao ver o olhar assustado de Camael – Está tudo bem, meu Camael. Como podes ver, o gracejo e o sorriso são das minhas melhores invenções.

- Estou a notar, estou a notar... – respondeu Camael meio desajeitado.

- Mas conta, querido filho, o que tens visto na Terra? Como estão as coisas por lá?

Camael ajeitou-se na cadeira, correu o olhar por suas anotações, respirou fundo e começou a falar:

- Amado Senhor, primeiramente gostaria de registrar que, de todos os lugares que já visitei, a Terra é o planeta mais belo, mais fantástico que jamais vi. Nunca haveria eu de imaginar que poderia existir um planeta tão incrível como aquele – a essas palavras Deus fez-se todo doce sorriso, tal como a criança que se vê elogiada dos seus feitos pela mãe, e disse:

- Sabia que virias com as impressões mais maravilhosas de lá. Eu sabia! A Terra é especial! Desculpa, não quis interromper-te, continua, continua.

Vendo o Senhor em felicidade, Camel sentiu um calafrio correr-lhe pela espinha e não sabia exatamente como continuar, porque nem tudo eram flores do que tinha a relatar. Calou por uns segundos e, sentindo os olhos de Deus, deu uma tossidela e continuou:

- Como ia dizendo, a Terra é deveras fantástica. Há plantas que jamais vi, de diversas formas e tamanhos, incontáveis flores multicoloridas. Há animais de uma infinidade de espécies, aves há tantas e também tão coloridas que me é impossível descrevê-las acertadamente. Há também uma miríade de insetos. A vida existe em todas as partes e ambientes. Há lugares tão belos que parecem que são daqui, do paraíso. Vi rios, cachoeiras, montanhas e planícies que me deixaram embasbacado. Vi a noite e o dia. O pôr-do-sol, como era belo! Vi a aurora. A chuva, ah, a chuva, nunca a tinha visto. Como é extraordinária a chuva! A chuva tem algum encanto que faz todas as criaturas sossegarem, serenarem, muitas se recolhem e dormem...

Agora era Deus que se extasiava com as palavras de Camael. Reclinara-se em sua cadeira e escutava de olhos fechados, seu rosto era de uma jovialidade indescritível. Seus lábios estavam arqueados em ligeiro sorriso. Enquanto Camael continuava em suas descrições, Deus certamente via a imagem perfeita de cada detalhe de sua criação. Após terminar o relato das impressões mais genéricas da Terra, Deus abriu os olhos e disse:

- Fantástico, não?! Fico deveras feliz por teres gostado de lá. Mas, fala-me agora dos humanos. Que te pareceram? Incríveis, hã? Estou ansioso por ouvir por tuas palavras. Guardando o melhor para o final, hein?! – disse Deus sorrindo e dando tapinhas de cumplicidade no joelho de Camael.

Novamente Camael sentiu um calafrio. Notando-lhe Deus o desconforto, perguntou preocupado:

- O que há com meus humanos, estão eles padecendo de alguma peste? Estão a passar fome? Assim tu me angustias, Camael. Não fiques a criar expectativa. Faze-te em palavras e dize logo o que há, sim, dize lá.

- Meu Senhor, não Vos aflijais. Não estão os humanos a padecer nenhum mal de saúde nem estão eles passando fome. A saúde vai bem e a comida anda farta, apenas...

- Então, por que diab... – ia o Senhor falar uma palavra no calor da emoção, mas cortou-a a tempo, por julgá-la imprópria – Por que razão ficas nessa sofreguidão toda vez que menciono os humanos?

- Queirais me perdoar a falta de jeito, amado Senhor. Apenas é-me difícil achar as palavras certas em...

- Em casos melindrosos – emendou Deus.

- Não era o que eu ia falar.

- Bem o sei. Não era o que ias falar, mas o que pensaste. Por isto ficas aí a te remexer na cadeira qual bichano com pulgas.

- Perdoai-me se Vos exaspero...

- Não me exasperas, só não gosto de tua indecisão. Ou se é frio ou se é quente; está-se de um lado ou de outro, o que está no meio para que serve?!

Camael mexia levemente a cabeça em anuição às palavras de Deus. Em seguida, ergueu o olhar como a captar as palavras certas e prosseguiu:

- Confesso que, de tudo o que vi, os humanos foram os que mais me impressionaram. De fato, Vós os fizestes à Vossa imagem e semelhança. São muito engenhosos eles. Vi que já dominam boa parte das ciências naturais, físicas, químicas, matemáticas e biológicas. Há cidades e construções fantásticas. Inventaram meios de transporte por terra e pelo ar. Construíram pontes para ligar regiões divididas por águas ou abismos. Fabricaram engenhos agrícolas para facilitar o plantio e a colheita...

Mais uma vez Camael ia discorrendo sobre suas impressões, agora dos humanos. Deus o escutava e, de vez em quando, soltava um “hã, maneiro, não?!”. Camael continuou a falar de como os humanos iam desenvolvendo habilidades e acumulando conhecimentos e de como aos poucos iam transformando o planeta. Tentou manter o falar seguro enquanto palestrava da superprodução de alimentos e de parte dos humanos que passava fome; dos grandes empreendimentos humanos e da limitação dos recursos naturais; da planejada obsolescência dos produtos e das questões ambientais, da poluição e do aquecimento global. Nesse ponto Deus interferiu:

- E era por esse motivo que estavas tão receoso de me falar dos humanos? Sei muito bem que estão a enfrentar alguns problemas. Mas hão de solvê-los, verás. Vejo que muita coisa tem melhorado na Terra, desde que meu Filho esteve por lá. As pessoas têm mais liberdade, têm mais conhecimento, vivem melhor do que viviam há dois mil anos. Certamente um humano..., como se diz mesmo?! Classe média?!

- Creio que seja cidadão de classe média – interveio Camael.

- Pois então! Um cidadão de classe média de hoje vive muito melhor que um príncipe de outrora. Em outros tempos os humanos ainda eram pouco instruídos. Por isso meu Filho acabou entregando sua vida por eles, mas pediu para que os perdoasse porque não sabiam o que estavam fazendo. Já naquela época, Ele notou que eles poderiam evoluir, adquirir discernimento. Não falaste tu mesmo, ainda agora, que estavam preocupados com a poluição e o aquecimento global?

- Sim, isso mesmo.

- É isso! Estão começando a compreender como as coisas funcionam. Estão tendo o discernimento das coisas. Eles aprendem por meio de erros e acertos. É um processo evolutivo. Isso não é motivo de preocupação. Verás que logo mais eles terão soluções para as questões ambientais, para a fome. Talvez seja apenas uma questão de logística. São as minhas crianças e devo deixá-las aprender com suas próprias experiências. Não é fantástica a razão humana, Camael? Hã?!

Camael, com a cabeça baixa e a fronte ligeiramente suada, fitando o chão e apertando os dedos entre as mãos, disse à meia voz:

- A razão humana...

- Que dizes? Não te ouvi.

- A razão humana, meu Senhor. A razão humana... É essa justamente a questão!

- Não te compreendo... Explica-te.

- Pois estou a dizer que os humanos, através da razão, começaram a se achar diferentes entre si.

- Estou ouvindo mal ou estás dizendo que um humano é capaz de se entender diverso do outro?

- Isso mesmo, meu amado Senhor. Os humanos começaram a se comparar entre si. Alguns se julgam mais nobres que outros. Há os que pensam que sua raça é superior a dos demais. Há os que acreditam que suas escolhas são as mais acertadas. Digladiam-se eles para dizer que sua religião é mais acertada que a de terceiros.

- Impossível!!! – bradou o Senhor, e um estrondo reboou pelo universo – Que ousam eles pensar?! Dotei-os de razão e fizeram-se estúpidos?! Mas que atrevimento de alguns se julgarem melhores que seus semelhantes. Esqueceram eles que nenhum humano é melhor do que outro? Aliás, nenhum humano é melhor que criatura alguma! Todas as criaturas são iguais, o humano apenas me era mais caro. Estava Eu então a me enganar?

Camael, notando a ira transparecendo nas palavras de Deus, disse:

- Amado Criador, não é motivo para Vos exasperardes.

- Ora se não é motivo! Agora estou exasperado sim e por motivo justo! Utilizaram os humanos, então, a razão para se transformarem em tolos!? Ora, ora, ora... Mas que contrassenso! Então pensam esses presumidos que existe religião melhor do que outra?! Não sabem eles, então, que a melhor religião é aquela que leva a mim? Que religião vem a ser essa que reclama o título de melhor ou mais acertada? Quanta estupidez!!!

Caminhava Deus nervosamente, a passos curtos, para lá e para cá em sua sala.

- Ah, passaram então, esses hipócritas, a se valorar pela cor da pele? Não sabem esses tontos que a pele alva, negra, amarela ou vermelha é apenas uma característica do local geográfico de evolução?

- Mas, meu Senhor...

- E que grande disparate é esse de inventar de se diferenciarem por suas escolhas? Acaso acham que as escolhas os fazem melhores que outros? Esqueceram eles do livre arbítrio concedido a todos? Cada qual escolhe o que lhe parecer mais ajustado, ora! E eu que ia a pensar que se fiavam pela razão, enquanto estão assentados na própria necedade. Saíram-me pacóvios!

- Acalmai-Vos, ó Senhor.

- Como hei de me acalmar se o que vai na alma humana não me é agradável? Logo os humanos... Fi-los com tanto carinho...

Essas palavras foram ditas com profunda tristeza. Deus arrastou pesadamente seus pés até sua cadeira e deixou-se desabar sobre ela. Inclinou-se para frente, escondeu sua face entre as palmas das mãos e desatou em pranto entrecortado de soluços. Estava o Criador arrasado. Seu grande sonho desfazia-se qual castelo de areia que é atingido pela vaga.

Camael jamais poderia ter imaginado que Deus poderia nutrir tanto amor e carinho por suas criaturas e que, ao mesmo tempo, as próprias criaturas poderiam ser causa de Seu mais profundo sofrimento e desgosto. Ficou Camael calado em respeito ao sofrimento de Deus. Queria poder confortá-Lo, mas não sabia como, nem por onde. Queria dizer-Lhe algumas palavras de conforto, mas não as encontrava.

Súbito, Deus ergueu-se e proferiu:

Destrui-los-ei! Fi-lo uma vez, fá-lo-ei novamente! Talvez seja melhor não salvar nenhum espécime desta vez, como outrora, nos tempos de Noé.

A voz de Deus agora era severa, grave e decidida. Suas faces tinham se anuviado. A Camael tremiam mãos e pernas, o estômago se contraíra. Tinha medo de encarar a face severa do Senhor. Com os olhos cravados no chão e a voz trêmula tentou arrazoar:

- Amantíssimo Senhor Deus, sei que a alma humana anda corrompida, também sei que Vossas decisões são de infinita sabedoria, mas não seria melhor deixar a humanidade viver mais algum tempo, quem sabe ela volte ao bom caminho.

- Acaso pensas tu que Me é agradável destruí-la? Saibas que meu coração está em amargo pranto por ter de agir assim. É necessário, contudo, antes que todos eles se percam – voltara Deus a dar passadas em sua sala. Andava com a cabeça baixa e cofiava a longa barba branca, como que a buscar alguma idéia, alguma imagem que não Lhe vinha à mente.

- Talvez tenha outra saída... – disse Camael, a fala, porém, saiu-lhe desanimada.

- Dá-me um sinal, um que seja, o menor que seja, que ainda é possível ter esperança nos humanos e poupá-los-ei. Nada vejo, contudo. Apenas sinto que a pureza humana está a se perverter. Nada indica que deixarão de criar diferenças entre si. Sinto não ver saída...

Nesse instante, abriu-se a porta da sala de Deus. Viu-se um clarão e do meio dele ouviu-se a voz:

- Meu Amado Pai, intercedi pelos humanos outrora e venho por eles interceder novamente diante de Vossa grande misericórdia – e ao dizer essas palavras, Jesus fez-se presente na sala.

- Por quê, Meu Filho? Compreendo que no passado pediste o perdão por eles pela sua falta de discernimento por não Te conhecerem e aceitarem. Mas agora é diferente! Estão esclarecidos e utilizam-se da razão, do pensamento, da lógica para se cotejarem entre si, para criarem grupos, para criarem suas “tribos”, para se diferenciarem. Isso apenas alimenta a intolerância, o ódio, a violência, o assassínio, a morte e... a perdição – essas duas últimas palavras foram proferidas com profunda tristeza e preocupação.

- Amado Pai, conheço Vossas preocupações, mas tenho motivos que nos fazem ter esperança na humanidade! Tudo o que foi falado dos humanos é verdade, sem pôr nem tirar. Como Vós, meu Pai, também nutro especial carinho pelos humanos, especialmente depois de Me ter feito homem há dois mil anos. Por esse motivo tenho acompanhado sua evolução mais de perto. Entristeceu-me muito o coração quando vi que as diferenças que apontavam entre si são motivo de exclusão, de ódio e intolerância – fez uma breve pausa e continuou:

- Tenho, porém, notado o que vai no coração dos humanos e vi que alguns se revoltam frente a questões de discriminação por raça, credo, escolhas e/ou opções. Sentem a alma compungida por verem seus semelhantes ser discriminados ou excluídos. Vi alguns, inclusive, que vão além, pois não calam diante das diferenças que os humanos criam. Levantam bandeiras, condenam as injustiças que são criadas. Creio que a discriminação entre os humanos seja apenas um sinal de fraqueza, de medo, de falta de autoafirmação. Muitos, para não se sentirem excluídos, associam-se a grupos, antes que eles próprios se sintam excluídos. O humano ainda está gatinhando em seu processo evolutivo. Ainda anda cercado de muitas angústias, medos e tabus. Posso ver, contudo, mesmo entre seu tanto levantar e cair, que os humanos estão tentando acertar. A humanidade busca o bom caminho – e Jesus, olhando o Pai com os olhos em lágrimas, pediu: – Pai, perdoai-lhes, porque estão tentando acertar.

O suave e contagiante falar de Jesus continuava a reverberar pela sala. Deus afastou de Si a severidade, fez Seu rosto em luz, abraçou o Filho e proferiu:

- A humanidade anda aos tropeços, mas vejo que há esperança – fixou o olhar nos olhos do Filho, sorriu e disse – Seja feita a Tua vontade, Jesus.

Dimas A Reichert
Enviado por Dimas A Reichert em 06/04/2017
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