Céu Pesado
Por volta das cinco horas da tarde, quando fazia a bainha na calça do filho caçula, Adelaide ouviu um som ensurdecedor. Não havia dúvida; tratava-se de um trovão.
Deixou a roupa, a agulha e a linha sobre a mesinha de canto e se dirigiu ao alpendre.
Ergueu os olhos para o céu e se deparou com um cenário ameaçador: grossas nuvens de chuva já haviam sumido com o sol que se punha. A tarde estava indo embora rapidamente. O mundo estava escurecendo.
Às pressas, correu à cozinha onde Dona Santinha, a empregada, ainda limpava um dos armários.
– Eu se fosse você, Santinha, acabava isso logo. Está vindo muita chuva. Ouviu o trovão, não ouviu? Pois é, vamos ter chuva forte. O céu já está todo preto. Cheio de nuvens nimbus, aquelas bem escuras, quase pretas.
– Que negócio é esse de nuvem nimbo, dona Adelaide?! E nuvem lá tem nome?
– Ora, Santinha, vai me falar que você não sabe que toda nuvem tem nome? Stratus, cumulus, cirrus, nimbus...
– A senhora é tão estudada, Dona Adelaide, eu por exemplo estudei pouco. Não nunca ouvir falar de nenhum desses nomes. Mas esse tal de “nimbus” se trata de cumulus nimbus,não é Dona Adelaide ?
– Isso Santinha, ou seja, isso singnifica que essa chuva vai ser pesada e com rugidos de trovoadas. É então é melhor voce se apressar Santinha.
– A senhora tem razão, Dona Adelaide, preciso me apressar. Vou me arrumar.
– Então se apresse, mulher. Sua família, seu marido e seus filhos devem estar preocupados a tua espera
– É a senhora tem razão, Dona Adelaide, estou me apressando. Realmente eles devem estar aflitos, preocupados.
– E eu também tô de saída, Santinha, mas só vou até aqui perto na padaria da esquina.
– Então vamos, Dona Adelaide.
– Ok, Santinha, vamos. Só vou pegar a chave da porta.
Mas de repente bem na hora em que Dona Adelaide colocou a chave na fechadura, o céu que já se encontrava e escuro e pesado. De repente a chuva desabou de vez, bem na hora que as duas estavam para sair. A chuva as manteve presas durante todo o temporal que não tinha hora para acabar.
Santinha teve então que pegar o telefone e avisar para sua família que talvez não desse para voltar para casa. Por isso teria que passar a noite na casa de Dona Adelaide. – Tiago Amaral (Esse texto foi uma atividade bem legal do curso de escritor da Editora Palavra é Arte. na qual tive que criar a continuação o dialogo partir de "nimbus...")