Marília, neta de uma das maiores macumbeiras do Maranhão, bisneta de escravos, herdou da avó materna, o dom espiritual e os conhecimentos mandingueiros, da " feitiçaria boa"... Se é que isso existe! Mas, deixemos a diversidade ser feliz não é? Foda...
Acontece que Marília, não se sabe exatamente o motivo, resolveu deixar estes conhecimentos de lado e decidiu ser freira, isso mesmo, freira! E assim foi.
Não tardou muito e lá estava ela, estudando para ser freira em um convento na Bahia... Oxi... Que mudança da gota!! A doidinha queria se livrar da macumbaria e foi logo pra onde... Ó paí ó! Ela escolheu logo um convento na Bahia?! Sucursal mundial da macumbaria? Isso não daria certo... E não deu!
Marília dizia o povo, era uma moça bela, de olhar enigmática, uma mistura de raças indígenas, negras, amarelas e brancas, linda... Mas, perigosamente calada... Esquiva... Silenciosamente arredia... Só que ninguém percebia isso.
Todas as noites, após as ordens da madre superiora de apagar as luzes, Marília acendia uma pequena vela e, reunidas com suas amigas, encantava a todas com seus conhecimentos místicos... Um deles, a invocação de supostos espíritos, através de um objeto, no mínimo, estranho... O pinto de um boto! Mas coitado do pinto do boto... Pois é, um pinto, uma piroca, a rola seca e mumificada de um pobre boto!
Em uma destas noites, com todas as amigas reunidas ao redor de seu leito, Marília mais uma vez reuniu as amigas ao redor de sua "brincadeira" de chamar os encantados. Ela parece que, sem assuntar na questão, não percebeu que escolheu sem querer um dia forte.
Pois é... Aquela noite era sexta-feira 13, noite de lua cheia e lua de sangue, vixeeeee... Um agouro só! Mas... Quem deu conta disso? ninguém meu véio... E a brincadeira começou. Marília, no lugar de sacerdotisa, assumia seu papel de conduzir a fuleragem e cada uma das outras freirinhas, ai fazendo suas perguntas.
Rapaiz, rapaiz mesmo, daqui a pouco uma das freirinhas deu um pulo, começou a rasgar a roupa, doidja... doidja... Gritando: _ Eu quero rola! Eu quero rola! Ômi, foi um corre corre danado, mas Marília deu um grito maior ainda e disse para todas ficarem no lugar e segurarem a manifestada.
A frerinha não parava de gritar:_ Eu quero rola! Eu quero rola!
_ Deixe disso minha irmã! Bradou Marília, deixe de safadeza! Você é de Cristo!!!
Aí veio a surpresa, através de uma voz grutural, embolada, como se viesse das profundezas...
_ Marília minha irmã, sua pilantra, sua feiticeira safada! Devolva meu pinto que você me capou sua psicopata, já não basta ter me matado sua vadia? Caindo em seguida a freirinha possuída na cama desmaiada...
Pois é, a freirinha era do capeta!
Acontece que Marília, não se sabe exatamente o motivo, resolveu deixar estes conhecimentos de lado e decidiu ser freira, isso mesmo, freira! E assim foi.
Não tardou muito e lá estava ela, estudando para ser freira em um convento na Bahia... Oxi... Que mudança da gota!! A doidinha queria se livrar da macumbaria e foi logo pra onde... Ó paí ó! Ela escolheu logo um convento na Bahia?! Sucursal mundial da macumbaria? Isso não daria certo... E não deu!
Marília dizia o povo, era uma moça bela, de olhar enigmática, uma mistura de raças indígenas, negras, amarelas e brancas, linda... Mas, perigosamente calada... Esquiva... Silenciosamente arredia... Só que ninguém percebia isso.
Todas as noites, após as ordens da madre superiora de apagar as luzes, Marília acendia uma pequena vela e, reunidas com suas amigas, encantava a todas com seus conhecimentos místicos... Um deles, a invocação de supostos espíritos, através de um objeto, no mínimo, estranho... O pinto de um boto! Mas coitado do pinto do boto... Pois é, um pinto, uma piroca, a rola seca e mumificada de um pobre boto!
Em uma destas noites, com todas as amigas reunidas ao redor de seu leito, Marília mais uma vez reuniu as amigas ao redor de sua "brincadeira" de chamar os encantados. Ela parece que, sem assuntar na questão, não percebeu que escolheu sem querer um dia forte.
Pois é... Aquela noite era sexta-feira 13, noite de lua cheia e lua de sangue, vixeeeee... Um agouro só! Mas... Quem deu conta disso? ninguém meu véio... E a brincadeira começou. Marília, no lugar de sacerdotisa, assumia seu papel de conduzir a fuleragem e cada uma das outras freirinhas, ai fazendo suas perguntas.
Rapaiz, rapaiz mesmo, daqui a pouco uma das freirinhas deu um pulo, começou a rasgar a roupa, doidja... doidja... Gritando: _ Eu quero rola! Eu quero rola! Ômi, foi um corre corre danado, mas Marília deu um grito maior ainda e disse para todas ficarem no lugar e segurarem a manifestada.
A frerinha não parava de gritar:_ Eu quero rola! Eu quero rola!
_ Deixe disso minha irmã! Bradou Marília, deixe de safadeza! Você é de Cristo!!!
Aí veio a surpresa, através de uma voz grutural, embolada, como se viesse das profundezas...
_ Marília minha irmã, sua pilantra, sua feiticeira safada! Devolva meu pinto que você me capou sua psicopata, já não basta ter me matado sua vadia? Caindo em seguida a freirinha possuída na cama desmaiada...
Pois é, a freirinha era do capeta!