O seu fogão antigo.
Sempre que fosse a Paranapiacaba, não podia deixar de visitar a Dona Maria do Alto. Ela era uma gentil senhora que nunca quis ter um fogão novo, e nem queria imaginar como seria um fogão diferente daquele seu. Quando tinha umas sobras de dinheiro recebido da pensão que seu marido lhe deixou, ela comprava carvão. Para poder cozinhar, quando não tinha carvão, usava os gravetos secos que sempre encontrava pelos caminhos. Ela morava sozinha, seus dois filhos estavam casados e moravam bem longe. Faziam umas visitas esporádicas, mas isso não mudava a vida dela. O que ela mals gostava era de morar sozinha e de poder receber as suas visitas. Seus parentes ou vizinhos que chegassem à sua casinha, eram sempre bem acolhidos pela alegre senhora. Ela de pronto perguntava:- Que tal um cafezinho? - Dona Maria sempre contava com algumas brasas cobertas por cinzas, que permaneciam numa das bocas de seu fogão. Bastava dar uma abanada e elas renasciam com seu fogo ativado. Num instante estavam todos reunidos contando causos e saboreando pipoca, ou bolinhos de chuva, tudo regado com o seu saboroso cafezinho. O calor de sua hospitalidade era mantido pelo fogo que sempre permanecia aceso ali no seu simples fogão. Quanta saudade eu tenho de Dona Maria do Alto!
Sempre que fosse a Paranapiacaba, não podia deixar de visitar a Dona Maria do Alto. Ela era uma gentil senhora que nunca quis ter um fogão novo, e nem queria imaginar como seria um fogão diferente daquele seu. Quando tinha umas sobras de dinheiro recebido da pensão que seu marido lhe deixou, ela comprava carvão. Para poder cozinhar, quando não tinha carvão, usava os gravetos secos que sempre encontrava pelos caminhos. Ela morava sozinha, seus dois filhos estavam casados e moravam bem longe. Faziam umas visitas esporádicas, mas isso não mudava a vida dela. O que ela mals gostava era de morar sozinha e de poder receber as suas visitas. Seus parentes ou vizinhos que chegassem à sua casinha, eram sempre bem acolhidos pela alegre senhora. Ela de pronto perguntava:- Que tal um cafezinho? - Dona Maria sempre contava com algumas brasas cobertas por cinzas, que permaneciam numa das bocas de seu fogão. Bastava dar uma abanada e elas renasciam com seu fogo ativado. Num instante estavam todos reunidos contando causos e saboreando pipoca, ou bolinhos de chuva, tudo regado com o seu saboroso cafezinho. O calor de sua hospitalidade era mantido pelo fogo que sempre permanecia aceso ali no seu simples fogão. Quanta saudade eu tenho de Dona Maria do Alto!