As Cadelas da SS . 8
- O quê é isso ? - Grito ao sentir a água fria bater em meu rosto . E me
puxam da cama com toda violência - Ei ...o quê está acontecendo ?
- Onde estão suas amigas ? - e recebo um tapa que me joga de volta para a cama.
- Do que estão falando ?
- Seguimos você e sabemos que aqui era um bunker ! - falou um homem bem ves
tido. Não parece russo. Seu rosto é claro e lembra os Ingleses.
- Estão por ai ! - falo vendo ele colocar uma arma na minha cabeça .
- Por quê te deixaram para trás ?
- Boa pergunta ! - falo me ageitando na cama - fui dormir e acordo assim !
Tiros em sequência e me espremo atrás da cama. Vejo os meus agressores tom
barém sem vida. E tudo cessa e vejo Mila com alguns SS bem armados na entra
da do qurto. Um deles, de barbas mal feita, me dá um tapa bem no momento que
me levantava. Meu corpo é arremessado contra a parede e ele rasga minha roupa.
- Você estragou tudo ! - gritou ele me dando dois tapas nas costas - vai pagar por
isso ! - E saca da Lugar e encosta o cano na minha nuca - vai morrer , vadia !
- Sigamos nosso plano! - disse Mila segurando a mão dele - levemos ela para o
Bunker e vamos trancar ela com as outras !
E ele me ergue com muita violência e me arrasta para a sala.
- Não fiz nada de errado ! - grito a plenos pulmões - me expliquem !
- Andou vagabundeando por ai e te seguiram , puta imunda .
E me arrastam para o bunker. E vejo muitos ex-SS na sala. Estão de roupa comum
e me olham com desdém. Rostos endurecidos pela grande guerra. E sou levada
para o Bunker e trancada lá. Tudo escuro e sinto mãos amigas me ajudando. E
tudo clareia e vejo minhas amigas vestidas com roupa de auxiliares de campo.
- Foi o que nos deixaram ! - disse Nina Hübner me estendendo uma farda - não
temos outra opção ! Sabemos que vão aprontar alguma !
- Devem nos denunciar para ganharem terreno ! - disse Gerda Mende me ajudando
com a roupa - alguém tenta abrir a porta !
Enquanto me visto, Erna e Gerda Maria tentam abrir a porta que nem se mexe.
- Só resta rezarmos para que o pior não aconteça ! - disse Marija pegando uma
pistola e atirando na porta .
- Deixaram armas aqui ? - pergunto estupefata - descarregue na porta até ela ceder
e podermos sair daqui ! Ajudem ! Procurem mais armas !- e vejo Völva surgir com
um fuzil e descarregar na porta. O barulho é imenso . E Lili faz o mesmo com uma
metralhadora na mão. Lale aparece com uma granada e grita :
- Afastem-se todas ! - e se prepara para arremessar a granada . Nos deixa nos posi
cionarmos atrás de caixas que tem no lugar e, ela mesma toma distância e fala:
- vou jogar ! - e joga com força contra a porta e se joga no chão. Barulho enorme.
E a porta quase não é afetada - que porcaria ! - grita Lale ao ver o pouco estrago.
- Estamos perdidas ! - falo me erguendo e indo até a porta - só se encontrarmos
mais granadas ! Caso contrário, esperar para ver o que acontece .
E, nesse instante, ouvimos barulho de tiros do lado de fora e barulho de botas que
se aproximam rapidamente. E outro barulho e é de uma granada jogada na porta.
Corremos para os fundos e apagam a luz.
- Cadelinhas ! - gritou alguém do lado de fora - vamos entrar e não queremos que
morram! Queremos conversar! Então acendam as luzes e deitem no chão ! Caso
contrário, mataremos todas ! Fuzilamento rápido ,certo ! Nos avisem quando todas
estiverem desarmadas e deitadas bem diante da porta ! Vou contar até vinte .
E Lili acende as luzes e nos deitamos muito rapidamente pois, a contagem é um
pouco acelerada e, o idioma que usam é o alemão .
- podem entrar ! - gritou Nina Hübner se colocando bem a meu lado - estamos...
Antes que ela termine, entram apontando suas armas para todas nós. E são armas
Americanas. E não estão fardados.
- Aqui é um canil ! - gritou um dos homens em inglês - as cadelas da SS !
E ouvimos sonoras gargalhadas. Recebo um chute no ombro direito e olho para
meu agressor, que parece um jovem imaturo.
- Esta é bela ! - disse ele se abaixando e segurando meu rosto - minha mãe ...
- Cala esta boca ! - gritou o que parece comandar - vamos cumprir nossa missão
e tirar todas daqui sem que os comunistas desconfiem . O caminhão está à nossa
espera ! Não vamos perder tempo ! Levantem-se e saiam uma atrás da outra!
Me levanto e sou empurrada pelo jovem para puxar a fila. E vejo vários homens
pela casa . Fazem sinal para sairmos bem depressa. E eu o faço e me apontam
um caminhão baú. Entro e todas as outras entram. E logo, logo nos trancam nele
e se põe em movimento. Olho para todas ali presente pois, o caminhão tem bura
cos de tiros, centenas, que deixam entrar a luz do dia. No teto tem rombos maiores
o que permite ficar tudo claro dentro da carroceria. Me sento e todas se sentam
pois, não adianta gritar ou resistir . Não sabemos quem é pior . Se esses ou os
Comunistas. Então ficamos caladas a espera de nosso destino final.