CONTO DE NATAL

Mário, homem de 30 anos de idade, casado com Solange, tinha um único filho chamado Daniel, de 8 anos de idade, moradores numa média cidade, numa pequena casa. A empresa onde ele trabalhava tinha fechado as portas devido a grande crise que assola o País e estava desempregado, no último mês de seu seguro desemprego da Previdência Social. Seus mantimentos estavam no fim e algumas contas prestes a vencer.

Era véspera de Natal e muitos dos coleguinhas de Daniel já tinham ganho presentes, como bolas, patinetes, bicicletas. E o filho há tempo esperando ganhar uma bicicleta vermelha que era o sonho da vida dele, nunca teve e até sabia andar quando algum colega emprestava uma.

Os pais, muito tristes, sem condições financeiras de comprar o presente do filho e já tinham falado para ele sobre essa dificuldade.

Mário, pensativo, próximo ao escurecer, via pessoas apressadas com pacotes de compras e brinquedos para os filhos, quando vê um caminhão com uma carga prestes a cair, por ter arrebentado uma corda, ele rapidamente pegou seu carro bastante antigo e saiu atrás do caminhão para avisar o que estava ocorrendo. O caminhoneiro parou o veículo e ficou muito satisfeito com a bondade do morador.

Mário foi até sua casa levou algumas cordas que possuía para refazer o carregamento. Era uma carga de bicicletas que levava e propositadamente o dono do caminhão deixou uma de lado e não colocou no caminhão e disse para o Mário esse é o presente pela sua bondade e honestidade, acredito que tenha um filho ou um sobrinho, para presenteá-lo. Era uma bicicleta pequena e vermelha e o mesmo modelo que o filho visto numa loja a algum tempo atrás.

Refeita a carga, Mário convidou o motorista para ir tomar um café com panetone, que fazia parte de sua pequena ceia de Natal, em sua casa. Depois de algum tempo de conversa o caminhoneiro ficou sabendo que Mário estava desempregado e não conseguia encontrar outro lugar para trabalhar. O caminhoneiro disse ao Mário, você não está mais desempregado, depois do Natal você vai trabalhar comigo numa cidade bem próxima daqui e volto para levar você até a minha empresa. Você é um homem bom, honesto e é o perfil do empregado que estava procurando. Mário, ao se despedir, com lágrimas nos olhos agradeceu o emprego e a bicicleta de seu filho. Daniel não estava em casa e à meia noite recebeu sua bicicleta vermelha, o grande sonho de sua vida.

Seria um milagre do Natal, a mão do destino, ou merecimento pela boa ação de Mário?

Miguel Toledo
Enviado por Miguel Toledo em 16/12/2016
Reeditado em 06/12/2020
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