ENCONTRO A CARIOCA

ENCONTRO A CARIOCA

Na década de 50 nasceu Eliot; o menino lavrador rural do grotão, pé do pico grande em um local que em meados do século XIX E XX, foi o centro mundial da produção do café arábica no mundo moderno, entre montanhas, serras e picos conhecido como serra da Mantiqueira, pico de Jorge Adão, próximo do trópico de capricórnio, portanto o melhor clima natural do mundo, onde a temperatura média anual está em torno de 18º, e pelo altitude naquele local abaixo de 1000 metros, não tinha inverno rigoroso, como nos picos próximos onde a temperatura poderia ser muito baixo e não raro nevar, o lugarejo passou pelos processos de desmatamento, pelo sistema “coivara” que é a queimada para a planta do feijão e do milho em seguida a plantação do café, café este conhecido em sua época como “ouro verde”, riqueza esta que trouxe o trem maria fumaça por volta de 1980 do Porto de Santos até a vizinhança, para poder levar o sabor e aroma da bendita fruta até o velho continente Europeu e resto do mundo.

Este lugar que já havia sido Atibaia, depois Conceição do Jaguari e então Bragança Paulista-SP, conhecido nos quatro cantos do planeta, pelo famoso fruto do ouro verde de ótima qualidade, com sabor e cheiro extraído das entranhas dos grotões e campinas; época em que todo o trabalho era feito exclusivamente impulsionado pelo bombeamento do coração humano, que vinha da velha terra da Europa para desbravar os rincões do interior da Capitania de São Vicente que foi presenteado a Tome de Souza e acabou por ficar para os filhos infantes e que com o tempo depois de sesmaria, acabou um pedacinho pequeno ir parar nas mãos da família de Eliot e milhares de outras familias que com coragem, machado e outras ferramentas rudimentares adentraram na mata e desbravaram este pedaço do território Brasileiro, alimentando a família, a região, o pais e os povos estrangeiros.

Este local pelo “ouro verde” fez florescer riquezas como dito do trem maria fumaça da Inglesa “Rail weil” http://www.efb.com.br/efb.htm, idealizada a partir de 1860 e inaugurada em 1884, vindo a trafegar até 1967, com longas histórias citadas no referido site, e junto vieram outras riquezas modernas como ao telefone e o primeiro museu telefônico da América do sul para a cidade próxima, veio a construção da empresa Eletrica Bragantina, empresa que também floresceu destas décadas da implantação do trem e se tornou a maior distribuidora de energia elétrica do Brasil até ter sido falida pelo governo do PT em 2013, por ter sido obrigado a vender energia por preço de 80% de seu custo e vir a acumular divida de mais de 7,5 milhões e que após a intervenção foi vendida em leilão fictício por R$,1,00, isto mesmo um real e ainda condicionado a prorrogar suas dividas junto a CEF por 32 anos e junto ao BNDS por 64, o que se conseguiu, e com o aumento do valor da energia ao consumidor após a sua arrematação chegou a um ano depois sem qualquer divida de curto prazo a um lucro em balanço em 2014 de 2,5 bilhões de reais. Assim a conhecida região Bragantina impulsionada pelo “ouro verde”, espalhou riquezas por este mundo a fora.

Lugar este, que após desbravado, teve ajuda dos irmãos negros, aprisionado por seus próprios irmãos na Africa e alienado a mercadores de humanos em um período negro da História dos mundos, onde seres humanos não passavam de mercadoria e posse, tempo este que o valor do ser humano escravo era reconhecido como a propriedade mais valiosa do continente, onde estes irmãos com a força gerada pelo sol da África através de gerações escureceram e ficaram negros e negras e estes negros, com a força da África, começaram a chegar como mercadorias valiosas a quem podiam pagar para dar continuidade a lavoura de café que se apinhava no rastro das florestas da mata atlântica de nossa região, que havia sido aberta à custa de machados de ferro e sistema coivara.

Lugar este que com o fim da escravidão em 1888 e com a liberdade sem indenização e sem condições de exercício do livre arbitrio, que na verdade foi um abandono dos irmãos negros a condições pior que a condição de escravo, pois enquanto escravo havia por si interesse em alimentá-los e com a libertação foram abandonados e expurgados dos lugares em que viviam, e assim como o bonde e o trem não param, com a libertação outros haveriam de tomar o lugar e os Europeus ocupantes, já abrasileirados voltou para a Europa em crise e de lá começaram a vir milhares e milhares de aventureiros que fugiam da fome e da pobreza em busca da terra prometida já desbravada, e para assumir o lugar dos negros, sem direitos trabalhistas ou qualquer garantia tinham que trabalhar anos para pagar a própria passagem e assim aprisionados em condições diferente, sem dono, mas também sem a liberdade, não podiam ir e vir enquanto a conta não fosse paga e esta conta era impagável.

Nestas lutas muita bem relatada pela saga dos japoneses na lavoura de café de nossa região, usando como palco fazendo de nossa região, estreada por Antonio Fagundes e dirigida pela competente Japonesa (Gaijin - Caminhos da Liberdade - Filme 1980 – Adoro Cinema www.adorocinema.com; um filme de Tizuka Yamasaki com José Dumont, Antonio Fagundes, Sadi Cabral, Louise Cardoso. Japão, 1908. Em virtude de haver muita miséria no país e ..), neste filme “GAIGIM”, que pode ser visto no Yotub, que mostra que a vida do Imigrante era uma luta entre a vida e a morte, da própria vida e dos costumes na nova terra, onde o sustento era a prioridade, mas mesmo isto era carente e podia levar ao inanismo fomérico; não podia deixar de narrar aqui neste momento a forma de alimentação na maioria dos novos lares do imigrantes Italianos, que se resumia em milho moído denominado fubá, que após cozido denominava-se “POLENTA”, e que a maioria destes lares só tinham isto e após a moagem em pilões improvisados ou pelos monjolos tocada a agua corrente que ficavam a moer os milhos, transformando em fubá, e que era a única opção alimentar daquelas comunidades Imigrantes, que faziam um grande cozido, e depois jogavam sobre um tábua lavrada com machado e de lá como animais se servia toda a família com as próprias mãos tirando os pedaços no começo das madrugadas para conseguir força para subir as encostas para as capinas e tratos do cafezais, levando outro pedaço para o uso como almoço, café da tarde, e enquanto ficava sobre o tabuado mais uma montanha de milho cozido para o jantar quando voltavam se arrastando de cansaço pela labuta do dia.

Nada mais havia se não a polenta para aqueles Imigrantes Italianos, se não o cozido de milhos sobre o Taboado. Alguns mais sábios conseguiam umas misturas com temperos e as vezes com molhos de caças de alguns animais para enfiar o pedaço de polenta endurecido e melhorar o sabor do milho cozido.

Saido deste grotão onde no inicio de sua vida até os dez seu único horizonte visualizado era um futuro semelhante, substituindo os imigrantes, ou ao lado deles como vários tios Italianos, casados com minhas tias.

Quando nascera, seu pai conseguiu adquirir um pedaço de terra abandonado pelo seu bisavô, e portanto agora já com uma pequena propriedade adquirida com esforço de uma vida, pois seu pai casou com 33 anos a mãe de 27, e assim na luta da tarefa diária de 12 x 12 braças “salaminhos”, que era obrigado a tirar seis dias por semana em troca da alimentação na casa dos pais, esforçavam com inicio na mais tenra madrugada, para conclui-la mais cedo e permitir fazer uns biscate, de galinha, ou qualquer outra coisa que conseguisse garimpar no dia a dia em troca de alguns trocados e assim acumulou experiência, coragem e acabou por adquirir oa pedaço de terra que estava abandonado, que com o fim da era do café na região havia seguido pelo trem da “maria fumaça” para periferia de Jundiai, onde começava a era da industrialização e a evasão do campo caminhava nesta direção, assim começava sobrar os pequenos sítios abandonados e assim foi adquirido um primeiro pedaço que dava para criar um porco e uma vaca e ter, então além do milho, café é logico, também um pouco de proteína de leite e carne de viveres produzido na própria propriedade.

Eliot, que aos sete anos ganhou de presente quinhentas covas para plantar café, e em quanto estas mudas crescia para vir a produzir, além da escola tinha as obrigações de tangir o gado, separando os bezerros e vacas para a retirada do leite no dia seguinte, bem como no olaria da família ajudando a produzir tijolos, bem como na produção de batatas que na época também era uma atividade da família, e quando o café iam começar a dar uma pequena produção, foi lançado de pequeno trabalhador rural de 10 anos para Estudante e trabalhador urbano, pois aos dez, já era utilizado pela Prefeitura para auxiliar de medidor de agua do SAE como componente que era da guarda Mirim municipal.

O Esforço de sua mãe costureira, foi definitivo nesta mudança radical, ela que já tinha sido cidadã urbana, filho de pai comerciante, tinha que levar a família para continuar os estudos, apesar da grande resistência paterna, mas a sua vontade acabou por imperar na mudança familiar.

Tinha Eliot que tirar carteira de trabalho na época permitido aos meninos de doze anos e ir trabalhar na indústria eletrônica que se avizinhava para produzir os mais luxuosos aparelhos da nova era do rádio e que vinha no seu encalço o radio com imagem então a TV, da antiga e temporária TV ASTORIA, de um grupo de descendente de Espanhol que exploravam a atividade com o uso de meninos na produção de peças e componentes.

E assim ia Eliot se desenvolvendo entre o Ginasio e a Industria ganhando tamanho, peso e conhecimentos para se tornar após o tiro de guerra o Eliot do “ Encontro a Carioca”, mas para isto tinha que amassar com os pés muito barro e isto literalmente, pois as ruas não eram pavimentas, eram trilheiros por entre os campos da periferia onde vivia no bairro do Jardim Recreio, vizinho ao Bairro do Toró, de uns cinco a sete quilômetros do centro da cidade, onde tinha que levantar antes da quatro para ir ao tiro de guerra no centro, voltar, e ir para o centro faxinar nos comércios de sal e cereais, voltar almoçar, voltar a trabalhar, voltar a jantar, voltar a estudar, voltar dormir para começar de novo no dia seguinte, após ter amassado nestas quatro viagens de dez a quatorze quilômetros cada, isto fazia de Eliot um atleta, e um bom jogador de futebol, pois no meio disto tudo sobrava a diversão dos finais de semanas e os chutes nas passagens por esta idas e vindas ;

Mas como tinha saído da roça, tinha que sair também destas trilhas de idas e vindas para prosseguir mais longe, afinal nasceu para não ficar, tinha que galgar distâncias, tinha que fazer concursos para funcionário federal na Policia rodoviária, tinha que ser aprovado em primeiro lugar e se tornar o mais novo daquela corporação, tinha que passar pelos treinamentos, tinha que substituir aqueles que se encontravam designado no sertão da Ribeira, no refugio do “LAMARCA”, onde este tinha feito suas trincheiras de rebeldia contra o sistema militar instalado de 1964, onde este era Tenente e defensor, e que não se consegue explicar, como um membro do poder assumido poderia contra o mesmo se desgarrar para contra o mesmo vir a lutar, dito por um de seus seguidores na ativa, não na rebeldia, hoje Dr, advogado, que já tinha sido soldado, cabo, sargento, e que após o desligamento, foi soldado, cabo e sargento da Rodoviária Estadual de São Paulo, e que se tornou Escrivão de Policia, e após a aposentadoria grande advogado e como o tempo não para ninguém, cá está Eliot ouvindo o amigo já com setenta e cinco anos, contando as histórias das trilhas que perseguiram não juntos, pois em tempos apartados, no do sertão do vale da Ribeira, nome do grande Rio, que nasce na divisa do Paraná, no município Paulista de Barra do Chapeu com pouco mais de cinco mil habitantes e com 784 metros de altitude, e de lá após vencer a íngreme montanha serra abaixo encontra a baixada e de forma mansa e sinuoso vem desembocar em Iguape, uma nas primeiras cidades deste continente.

E foi lá que o encontro a Carioca tinha que um dia começar e como tudo na vida parece uma acidente de percurso, também este encontro tinha que começar de um “capotamento” de um belo carmanguia azul claro com teto branco, tripulado e pilotado por uma linda e jovem loira Tania que dirigia com destino a Curitiba, Capital do Paraná, que ficava logo após centenas de quilômetros de mata.

Após o acidente onde estava ela acompanhado pelo irmão meio “trejeitado”, Gay, onde houve o capotamento e da queda na ribanceira tinha Eliot que ser talvez o herói do dia, tinha que resgatar a bela Carioca loira, tinha que socorrer até um hospital, tinha que rebocar o veículo para um pátio para manutenção e recuperação, mas tinha mais que após os cuidados com a dupla de irmãos, acompanhado por um amigo também gay, recepciona-los na cidade sede da Ribeira, a cidade de Registro, a capital do chá preto, a cidade dos japoneses, a cidade de casas de madeiras das matas existentes e que com acomodações escassas, mas a Carioca Tania loira tinha Eliot, seu herói nesta história, tinha o menino do grotão, o mais novo policial rodoviário do Brasil, tinha o menino que de tanto amassar barro, era um atleta com apenas cinquenta e dois kilos apesar de seus 1,70 de altura, tinha o moço trigueiro de olhos verdes, que embora caipira da divisa de Minas Gerais era a autoridade salvadora daquelas paragens, pessoa que iria ser o anfitrião nestas horas difíceis da vida devido ao acidente naquelas paragens com parcos recuros, que iria dar todo o apoio e tornar aqueles momentos em uma estadia remediada, portanto não só recupera-la do susto, como também dar conforto na saúde, como também na hospitalidade daquele rincão da Ribeira, dando esperança que não estava só, e que tudo iria ficar bem, porque lá estaria alguém que faria com que tudo desse certo deste momento em diante, não foi então só o Policial Rodoviário, foi o amigo encontrado.

E deste inicio, deste acidente nasceu um relacionamento que durou meses de um namoro respeitoso e fez de Eliot, um grande conhecedor o Rio de Janeiro, pois passou a frequentar mensalmente a capital Carioca, para encontros com carinhos com a bela Tania Carioca Loira, Secretária do Presidente da única firma de comunicação nacional de Então; apesar da distância entre o trabalho e a faculdade e a capital Carioca, sobrava um tempinho mensal para lá se dirigir para este encontro agradável.

Ficava hospedado no Bairro do Catete, mais precisamente na Rua do catete, onde tem inclusive o Hotel Bragança, que já tinha sido um dos locais mais privilegiado da velha República, pois em frente dos hotéis antigos e baratos, estava o “Palácio do catete”, “palácio da Republica”, Gabinete da Presidência da Republica de 24 de fevereiro de 1897 até 1960 quando a capital mudou para o Distrito Federal com a inauguração de Brasília em 21 de abril de 1960 ; passando então a funcionar no Centro-Oeste Brasileiro.

O Bairro do catete, local antigo do centro do Rio de Janeiro, centro político secular desde 1808, quando D. João em fuga para o Brasil, mudou a capital da Bahia para o Rio de Janeiro, que naquele ano em 15 de março de 1975, Guanabara e Rio se transformaram num só Estado, tinha no seu fundo do outro lado da Avenida, local conhecido como “Aterro do Flamengo” uma das obras de urbanismos que levou décadas para ser construído, como uma das obras mais lindas do mundo moderno, e que somou para transformar o Rio de Janeiro na “cidade maravilhosa”

A namorada do Bairro do Botafogo a distância não era muito e podia ser percorrida a pé ou de coletivo, na verdade não tem lembranças de muito encontros, sabendo que foram várias viagens em vários meses, mas a viagem mais lembrada da vida ocorreu no “réveillon de 1975”, quando deixou um dia de serviço atribulado no trecho da divisa São Paulo/Paraná, no município de Barra do Turvo onde teve o pior dia da vida no atendimento a um acidente onde uma carreta (cavalo mecânico acoplado a uma carreta) que na época ainda tinha tecnologia de “manequim” freio de alavanca para frear a carreta e por questões operacionais, veio a carreta atravessar na pista empurrando o cavalo mecânico, transformando o que se chamada de L, pois literalmente quando freiada irregularmente era comum os acidentes neste formado, onde a carreta empurra o cavalo mecânico, e neste deslizamento irregular na forma der “L” e ao sair sobre o acostamento atropelar literalmente uma família inteira de 7 (sete) pessoas, moendo e ralando cinco delas, tendo outras duas sendo socorrido há época pela falta de recurso encaminhado por veículos que transitavam pelo local para hospitais de Curitiba à cem kilometros do local, capital do paraná.

Mas o pior ainda estava por vir, estas famílias estavam de férias de final de ano em uma chácara próxima ao local, motivo do por que transitavam a pé pelo acostamento e terem ido a um comercio próximo à divisa, tinha eu como condutor da viatura após as providências do atendimento no local, com sinalização de segurança, com desembaraço do transito, encaminhamento das vitimas em seguida de comunicar a família sobrevida que se encontravam na chácara vizinha ao local.

Como avisar os parentes que sua família de sete pessoas tinham sido vítimas de um acidente monstruoso e que cinco delas haviam sido raladas no solo asfáltico do acostamento e outras duas encaminhadas por veículos desconhecido e as pressas e de passagem para hospitais de Curitiba, sem controle ainda do estado que chegariam nos hospitais e como seria o futuro das mesmas.

Não tinha outra pessoa que poderia praticar este ato de comunicação, tinha que ser Eliot e tinha que ser naquele dia, naquele momento, e não havia como fugir daquela responsabilidade e aí o patrulheiro federal mais novo do Brasil tinha que fazer e fez, com o coração apunhalado pelo sentimento do momento de ter visto, atendido aquela ocorrência e agora comunicar os fatos ao restante da família que tinha ficado. Foi com certeza o pior momento vivido e mesmo quarenta anos depois, nada superou aquele momento com certeza.

Mas a história não termina aí, de um dia ruim atribulado, pois ao completar o dia de trabalho, a troca de serviço era feito na sede em Registro, a cidade que era capital da região, distante mais de cem quilômetros, isto mesmo, mais de cem quilômetros e no caminho daquela rodovia em construção, com altos acostamento e cheio de tráfego intenso, principalmente de caminhões, com pista única, sem acostamentos e como dito em construção de ampliação, outro acidente sempre estavam ocorrendo e no caminho de volta para a troca de serviço, teve que conviver com um outro acidente brutal com um corcel onde os quatros passageiros faleceram no local, e apesar de estar passando de viatura e a trabalho, outra equipe do local já tinha se encarregado do referido acidente.

Fez a troca de guarda, entregou a viatura, saiu do serviço, embarcou para o Rio de janeiro para passar o “réveillon” com Tania a Bela Carioca loira, viagem de mais de setecentos km, mais outros mais de quatrocentos km que tinha rodado aquele dia sobre as rodas da viatura de serviços, alias isto era pouco, houve dias de serviço que o velocímetro virava mais de mil quilômetros naqueles trechos de serra e construção rodoviária, atendente acidente e socorrendo vitimas para hospitais as vezes quase duzentos km do local da ocorrencia.

Chegando ao Rio de Janeiro hospedou-se no Catete, em seguida foi pro Botafogo, juntou-se a namorada e foram de bonde, ainda tinha o bonde para Sta. Tereza, para o evento na casa da irmã de Tania, para a comemoração do “réveillon”, ceia que acontece a meia noite da passagem do ano e comemorada em todo o mundo;

Lá estavam os anfitriões, Eliot e a Bela Tania Carioca loira, o irmão “trejeitado”, outras pessoas e também outro amigo ”trejeitado” vindo de Curitiba, capital do Paraná.

O Amigo Paranaense estava muito agoniado com a perda de quatro amigos em um acidente com um corcel na rodovia paraná/são Paulo, e por coincidência do destino, tinha que ser o acidente visto por Eliot, e onde o Paranaense era para estar junto e eventualmente poderia ter morrido também. Com toda esta melancolia, tristeza do acidente dos quatro amigos, buscava de forma lasciva ombro pra chorar e como era que era, tinha que descarregar seus ataques deselegante junto a Eliot.

Não foi um “réveillon” agradável e que com o passar das horas, a festa, que não foi festa, e a refeição do evento terminado, lá pelas três horas da madrugada todos a pé, já sem o bonde de Sta. Tereza, desceram o morro, tendo Eliot ficado no catete e os demais dirigido para a residência do Botafogo.

No dia Seguinte para completar aquela viagem ao Rio de Janeiro tinha que encontrar coma encantadora Tania, mas ao telefonar de orelhão, não era época de celular, deparou com ausência da mesma em sua residência, ela que tinha ido pro IML, identificar o amigo de Curitiba/PR, que tinha suicidado, se jogando na frente de um veículo naquela madrugada na praia do Botafogo, quando ia para o seu hotel.

A sequência de fatos foram inesquecíveis e culminaram com o fim do relacionamento, não que tenha causado algum trauma irreparável ou que tenha deixado sequela para a vida futura, mas com certeza foi um sequência de fatos singulares e impossíveis de suceder em qualquer tempo de várias vidas.

O encontro a Carioca, por lá ficou, foram algumas viagens a cidade maravilhosa muito proveitosa, que muito enriqueceu esta longa vida, maravilhados pela beleza de tudo que lá havia em 1975. Muitas outras foram feitas no futuro, com nova família, graças a Deus, nada de fatos negativos acompanhando, só alegria.

Estreladamantiqueira

estreladamantiqueira
Enviado por estreladamantiqueira em 30/11/2016
Reeditado em 20/01/2017
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