CÍRCULO VICIOSO
O playboy estava em uma boate, localizada em um setor nobre da cidade de Goiânia, talvez no Bueno. Vendia drogas. Tinha acabado de vender êxtase e cocaína para uma amigo chamado Júnior. Após cumprir com os deveres do ofício, procurou a namorada. Juliana estava dançando e dando asa para um sujeito chamado André da Balada. A perspectiva da possibilidade de chifres, fez-lhe fever as ideias. Então João Neto, para acabar com a dança de acasalamento, retirou sabe lá de onde um revólver, deu alguns tiros para cima e um em André, acertando-o no ombro. Não, ele não levava desaforos para casa! E saiu... direto para casa, não, um apartamento no Setor Oeste, na rua 7. Ao sair viu a polícia, que recebia um por fora para fazer a segurança privativa da casa noturna.
A polícia, ou os policiais, estava excitada com o furdunço, de gente saindo e se atropelando. André rapidamente entrou no carro e picou a mula. Não picou o pé no acelerador de sua picape Hyundai. A polícia percebeu a fuga e começou a perseguição. Então teve a perseguição pelas ruas da cidade... que acabou quando João Neto chegou ao apartemento de sua família. O portão abriu, ele entrou. O portão se fechou e polícia ficou de fora. Os policiais, Almeida e Calaça, os nomes que os policiais ostentavam em seus peitos, procuraram a portaria pedindo que o porteiro abrisse o portão para que entrassem e prendessem o traficante de grife em flagrante. O porteiro ficou receoso, ele sabia os melindres dos moradores do prédio. Era só gente que podia e tinha influência. Ligou para o síndico, que acordou uma fera, pois já era duas horas da madrugada. Deu um pito no porteiro.
_ Isso não horas! Seu idiota, cabeça chata!
_ É a polícia, quer porque entrar para prender o João Neto, o filho do Doutor João do 805. Eles podem?
_ Peraí, já te digo.
O síndico desligou o interfone e ligou para o Dr. João. Explicou a situação. E o Dr. João disse para que não deixasse o porteiro abrir para a polícia entrar. Desligou o interfone e de pronto fez uma ligação. Para o seu Deputado Estadual lá de Rio Verde, Antônio Ribeiro, seu amigo e paciente de velha data. Explicou lhe o caso e pediu o favor de dar um jeito no probleminha atoa. O deputado desligou o ligou para um juiz de Goiânia, ocultamente e discretamente um aliado seu e de seu partido. E o juiz disse:
_ Fique tranquilo, João! Fora isso... tá tudo bem, como vai a comadre?
O juiz, Dr. Diniz, desligou calmamente. Aproveitou que tinha sido acordado àquelas horas, e bebeu um whiskey com gelo. Então fez uma ligação. Ligou para o Cel. Marcondes, para quem já tinha livrado a barra algumas vezes. Explicou a situação. E pediu-lhe que desse um jeito no imbróglio. O coronel ligou para a delegacia em questão, e soube os policiais e a viatura também em questão. Pegou o telefone da viatura. Ligou. Os policiais atenderam ainda na portaria, esperando o retorno do síndico. Receberam um pito, um esporro, e algumas ameaças de punição por indisciplina e por abuso de autoridade.
_ Sim Senhor! Entendido!
Entendido e obedecido! Foram embora se sentindo a bosta do cavalo do bandido. Principalmente o Calaça, que tinha atendido o telefone. Estava indignado, se sentiu humilhado. Mas já estava acostumado, já tinha outros sapos na garganta. O Sd. Almeida o deixou em casa, pois o coronel ordenou que assim o fizessem. Eram quase três da manhã. Magda, sua esposa, assistia TV na sala, um programa religioso, de pastores espantando capetas. Eram uns trezentos, não sei se pastores ou capetas.
_ Pedro! O júnior saiu de novo, com aquele tal Dinizinho, aquele mauricinho cachaceiro! Acho que foram para a boate.
_ Sua puta! Você não tem pulso? Você serve para quê? Assistir televisão?
Então... Deu um soco na mulher, tanto que a desacordou. Calaça chamou o Samu, pois a mulher tinha desmaiado e machucado o olho.
Antes disso, na boate Júnior tinha acabado de comprar êxtase e cocaína de um playboy traticante, amigo de seu amigo, o Dinizinho. Então saíram. Iam a uma festa em uma chácara na saída de Bela Vista, pela GO-020. Foram e saíram antes que João Neto começasse a dar tiros. Saíram embalados. Pararam em um posto de gasolina, beberam cervejas e ouviram música alta. Compraram uma garra de vodka e um energético de dois litros na loja de conveniência. Receberam um telefonema. Era o Marcos, filho de um deputado lá de Rio Verde, falando que estavam atrasados e as putas já tinham chegado. Então vazaram, distantes 20 centímetros do chão, ignorando sinais, conversões e convenções. Pegaram a 020, na altura do Alphaville, um condomínio fechado, o carro escapou e bateu no guardrail de concreto que divide as pistas. Era um quebra-luz. O carro ficou esmagado depois de saltar para a outra pista. Quebrou tudo, inclusive as luzes. Os carros que trafegavam na pista todos pararam. Os motoristas desceram e viram a situação.
_ Esses aí não escapam, mas também, deviam estar a 200 km por hora!
Alguém, antes de fazer qualquer comentário médico ou técnico, ligou para o Samu. Não era possível atendimento, sábado à noite é difícil! Tem todos os tipos de ocorrências.
Magda já tinha sido atendida no pronto-socorro do Hugo. Seu marido ainda estava muito preocupado com as consequências que poderiam decorrer do acidente com a mulher. Ainda aguardava a esposa na sala de espera do hospital. Passados alguns minutos uma ambulância chegava ao hospital, trazia os corpos já mortos do filho de Magda e de seu amigo, o infeliz filho do Dr. Diniz.
A polícia, ou os policiais, estava excitada com o furdunço, de gente saindo e se atropelando. André rapidamente entrou no carro e picou a mula. Não picou o pé no acelerador de sua picape Hyundai. A polícia percebeu a fuga e começou a perseguição. Então teve a perseguição pelas ruas da cidade... que acabou quando João Neto chegou ao apartemento de sua família. O portão abriu, ele entrou. O portão se fechou e polícia ficou de fora. Os policiais, Almeida e Calaça, os nomes que os policiais ostentavam em seus peitos, procuraram a portaria pedindo que o porteiro abrisse o portão para que entrassem e prendessem o traficante de grife em flagrante. O porteiro ficou receoso, ele sabia os melindres dos moradores do prédio. Era só gente que podia e tinha influência. Ligou para o síndico, que acordou uma fera, pois já era duas horas da madrugada. Deu um pito no porteiro.
_ Isso não horas! Seu idiota, cabeça chata!
_ É a polícia, quer porque entrar para prender o João Neto, o filho do Doutor João do 805. Eles podem?
_ Peraí, já te digo.
O síndico desligou o interfone e ligou para o Dr. João. Explicou a situação. E o Dr. João disse para que não deixasse o porteiro abrir para a polícia entrar. Desligou o interfone e de pronto fez uma ligação. Para o seu Deputado Estadual lá de Rio Verde, Antônio Ribeiro, seu amigo e paciente de velha data. Explicou lhe o caso e pediu o favor de dar um jeito no probleminha atoa. O deputado desligou o ligou para um juiz de Goiânia, ocultamente e discretamente um aliado seu e de seu partido. E o juiz disse:
_ Fique tranquilo, João! Fora isso... tá tudo bem, como vai a comadre?
O juiz, Dr. Diniz, desligou calmamente. Aproveitou que tinha sido acordado àquelas horas, e bebeu um whiskey com gelo. Então fez uma ligação. Ligou para o Cel. Marcondes, para quem já tinha livrado a barra algumas vezes. Explicou a situação. E pediu-lhe que desse um jeito no imbróglio. O coronel ligou para a delegacia em questão, e soube os policiais e a viatura também em questão. Pegou o telefone da viatura. Ligou. Os policiais atenderam ainda na portaria, esperando o retorno do síndico. Receberam um pito, um esporro, e algumas ameaças de punição por indisciplina e por abuso de autoridade.
_ Sim Senhor! Entendido!
Entendido e obedecido! Foram embora se sentindo a bosta do cavalo do bandido. Principalmente o Calaça, que tinha atendido o telefone. Estava indignado, se sentiu humilhado. Mas já estava acostumado, já tinha outros sapos na garganta. O Sd. Almeida o deixou em casa, pois o coronel ordenou que assim o fizessem. Eram quase três da manhã. Magda, sua esposa, assistia TV na sala, um programa religioso, de pastores espantando capetas. Eram uns trezentos, não sei se pastores ou capetas.
_ Pedro! O júnior saiu de novo, com aquele tal Dinizinho, aquele mauricinho cachaceiro! Acho que foram para a boate.
_ Sua puta! Você não tem pulso? Você serve para quê? Assistir televisão?
Então... Deu um soco na mulher, tanto que a desacordou. Calaça chamou o Samu, pois a mulher tinha desmaiado e machucado o olho.
Antes disso, na boate Júnior tinha acabado de comprar êxtase e cocaína de um playboy traticante, amigo de seu amigo, o Dinizinho. Então saíram. Iam a uma festa em uma chácara na saída de Bela Vista, pela GO-020. Foram e saíram antes que João Neto começasse a dar tiros. Saíram embalados. Pararam em um posto de gasolina, beberam cervejas e ouviram música alta. Compraram uma garra de vodka e um energético de dois litros na loja de conveniência. Receberam um telefonema. Era o Marcos, filho de um deputado lá de Rio Verde, falando que estavam atrasados e as putas já tinham chegado. Então vazaram, distantes 20 centímetros do chão, ignorando sinais, conversões e convenções. Pegaram a 020, na altura do Alphaville, um condomínio fechado, o carro escapou e bateu no guardrail de concreto que divide as pistas. Era um quebra-luz. O carro ficou esmagado depois de saltar para a outra pista. Quebrou tudo, inclusive as luzes. Os carros que trafegavam na pista todos pararam. Os motoristas desceram e viram a situação.
_ Esses aí não escapam, mas também, deviam estar a 200 km por hora!
Alguém, antes de fazer qualquer comentário médico ou técnico, ligou para o Samu. Não era possível atendimento, sábado à noite é difícil! Tem todos os tipos de ocorrências.
Magda já tinha sido atendida no pronto-socorro do Hugo. Seu marido ainda estava muito preocupado com as consequências que poderiam decorrer do acidente com a mulher. Ainda aguardava a esposa na sala de espera do hospital. Passados alguns minutos uma ambulância chegava ao hospital, trazia os corpos já mortos do filho de Magda e de seu amigo, o infeliz filho do Dr. Diniz.