A FONTE ato 7
A FONTE ato7
Os demônios são feras indomadas
são esferas criadas dentro
do organismo por anos de luzes
inventadas por forças demoradas
de alguma religião falsa
pela falsa religião escondida
alimenta o cerne de uma árvore
que de frutos colhe venenos
anda de luto no túnel no tempo
ganha vida perdendo-se dentro
de algum outro que viva
para sua inteira disposição
assistida fera indomada saída
cospe fogo trai a vertigem
quer da virgem não só o sangue
não só o poder de ser único
quer escravizar o destino dela
as cercas que separam a verdade
da mentira são tão altas
são tão falsas que acabam
pertencendo a vida
ele sabia de tudo isso
mas só agora lembra do início
as iniciais na pedra da escada
eram mortais imortais na mente
eram sonhos pesadelos inocentes
ela também desejou outro
fazia dele o ser diferente
reconheceu sua mãe pela escrita
o primeiro medo do destino
causa o efeito dilacerando
suas narinas pelo ar que respira
agora pesado demais pra levantar
tenta soltar-se das serpentes
são belas estas luminarias de olhos
que cegam suas vistas
por que permanece dobrado
tentando entender porque elas
o consomem prendendo-se as pernas
querendo subir
enquanto ele as segue perdido
passos devagar descem
ruindo os degraus clareando
os nomes de um por um
quebrando alguns de seus ossos
e a dor grita pra fora
o nome de todos
e a dor sente vontade de escrever
nas paredes histórias contadas
diferentes da que ouvia
seu filho inocente
deitado ele pode ver deitado
sozinho no chão lá em cima
parecendo estar morto estirado
de costas empoeirado
e a dor grita pra fora
o pavor de quando era criança
esbraveja o sintoma
que acreditava ter esquecido
que foi banido na morte
que está enterrada longe
dos lugares sagrados
e a dor grita pra fora
antes do último degrau
um silêncio nenhum barulho
as paredes de barro as pedras
tudo está parado inerte
as serpentes sumiram
também as luzes se foram
está livre no escuro do fosso
a dor grita pra fora...é dentro
que ele nunca ouvia!!
MÚSICA DE LEITURA: Sephroth -The call of serpent