MILAGRE DAS PLANTAS

O senhor Abrão era um fazendeiro muito rico e vivia com sua família longe do povoado e convivia com um grave problema de saúde de sua filha de nove anos de idade, chamada Isabelita, muito fraca, tímida , desanimada, pequena pela sua idade e tinha dificuldade de acompanhar o currículo escolar, sempre com notas bem abaixo de seus colegas de classe, que judiavam e zombavam dela. Os pais já tinham ido a vários médicos e nenhum tratamento tinha dado resultado. A fama do Ubiratan, meio índio, chegou até o fazendeiro por um de seus empregados, dizendo maravilhas sobre a sua fama que curava pelas seivas das plantas. De perguntas em perguntas, chegou até a casa amarela ao pé da serra com sua filha, com a maior esperança da cura. Depois de algumas perguntas e respostas e pela fragilidade da menina, Ubiratan diagnosticou uma grande fraqueza muscular. Ele entrou na mata e em pouco tempo apanhou algumas plantas ou ervas curativas, que ele conhecia muito bem, misturou-as e socou num pilão de madeira, maceradas soltou muitas seivas e em seguida colocou num litro de vidro que ele sempre tinha em sua casa, encheu com água, de uma nascente próxima da casa, previamente fervida. Agitou o libro com bastante força, que se tornou um líquido esverdeado, que ele chamava de tônico da vida. Entregou-o ao fazendeiro recomendando que ele desse à menina um cálice antes das principais refeições e que voltasse depois de um mês para que ele a examinasse. Quando o fazendeiro quis pagá-lo ele se recusou, dizendo que não deveria cobrar uma dádiva da natureza, dádiva da plantas da floresta. A menina, orientada pelos pais seguiu a prescrição e a cada dia sentia-se melhor. Passado um mês ao retornar à casa de Ubiratan, a menina estava praticamente curada. No segundo litro do tônico a menina se desenvolveu bastante, engordou e tinha uma tez bem corada, melhorou seu desenvolvimento escolar, com boas notas, equiparando-se às colegas da escola, correndo e brincando com as crianças, o tratamento havia terminado.

Ubiratan continuou com suas curas à todas as pessoas que o procuravam, sempre de forma gratuita.

Que as plantas curam todos nós sabemos, de que forma e até que ponto, não sabemos. Neste caso houve quase um milagre.

Republicação

Miguel Toledo
Enviado por Miguel Toledo em 14/10/2016
Reeditado em 06/11/2016
Código do texto: T5791914
Classificação de conteúdo: seguro