afilhado do diabo 6ªcapitulo
6ª capitulo
dinheiro, o cofre do banco não coube, amontoaram num canto e puseram um guarda de vigia e o Jeremias de medo que o guarda pegasse algumas, também dava plantão no banco e isso tudo não passou desapercebidas das autoridades locais que intimou, o Tião para vir prestar contas com as autoridades e devia vir já na segunda feira contar de onde vinha tanto dinheiro.
Se já a presenças do Jeremias mexeu tanto com a cidade, porque ninguém queria acreditar que o Tião compraria todas as terras do Jeremias, mas algumas horas depois aparecem os quinze homens da fazenda madeireira com os bolsos cheios de dinheiro e com suas familia também gastando dinheiro.
A autoridade o Coronel era um cincoentão de cabelos brancos e barbas brancas longas e muito bem tratado, pois o sistema era visto como respeito e o coronel era como modelo de respeito na cidade.
Tião era um homem serio e muito honesto, e atendeu a autoridade, chegou no horário foi recebido pelo coronel, sentou-se diante da autoridade e ele o Coronel começou o interrogatório.
__Pois é senhor Sebastião, pelo que me consta, o senhor era um homem pobre até sábado da semana passada, isso de acordo com o propria testemunha do senhor Jeremias, que me contou, que sábado o senhor lhes disse, que não tinha nem o que comer em sua casa . isso é certo perguntou o coronel.
(Tião disse)__Sim senhor.
O Coronel deu um tempo sempre olhando para a fisionomia do Tião que continuava do mesmo jeito, pegou o charuto deu uma ou duas baforadas e continuava a olhando para o homem. Isso se faz porque com esse procedimento, faz com que se o acusado tem culpa sua fisionomia muda, só que do Tião era a mesma e depois ele continuou.
E segunda feira o senhor voltou lá e comprou as três fazendas do senhor Jeremias perguntou o Coronel.
(Tião disse)__Sim senhor. Mas continuou impassível como um anjo. O Coronel deu mais uma pausa e continuou, logo depois vieram os lenhadores com os bolsos cheios de dinheiro e comprando tudo o que precisavam, foi o senhor que deu dinheiro para eles também pergunta o coronel.
(Tião responde) __sim senhor.
__Mas então Senhor Sebastião é preciso que o senhor me conte de onde veio toda essa grana, pois o senhor nem sabe o valor do dinheiro, pois pagou o dobro do valor pelas terras do senhor Jeremias.
__(Tião responde) __Senhor Coronel eu vivo aqui há muitos anos, eu nasci aqui, meu pai era machadeiro desse sovinha e ele lhe arrancou seu couro, a fazenda de agricultura era de minha família, meu avo emprestou dinheiro desse muquirana, e quando meu avo morreu meu pai herdou a fazenda e a divida e carreou até perder a fazenda para ele.
E ai passou a ser machadeiro e também morreu e eu peguei o seu lugar e que eu saiba, senhor Coronel, eu não cometi nenhum crime visto que o senhor mesmo acabou de me dizer que eu paguei o dobro do valor eu só quero que esse homem suma da região.
__Senhor Sebastião falou o Coronel, o senhor não me entendeu, dinheiro não pode aparecer assim derrepente. Se aparece o dono do dinheiro deve explicar as autoridades que sou eu, de onde veio e porque ele existe entendeu agora, eu sei que você é muito honesto e não lhe quero perturba-lo, mas me diga de onde veio essa dinheirama toda.
__Senhor Coronel eu não passo lhe dizer de onde veio, mas lhe garanto que não roubei foi um homem que me deu.
__Então esta resolvido falou o Coronel, senhor Sebastião, me traga esse homem aqui. Ele me diz por que lhe deu toda essa dinheirama e eu encerro o assunto, agora pode ir Senhor Sebastião, mas não se esqueça de amanhã mesmo me trazer esse homem aqui para conversar comigo.
E ai o Tião aborrecido voltou para a casa, agora já morava na mansão que foi do Jeremias. Mas o Tião ficou o resto da tarde pensativo e triste e a noite falou para a mulher. Dulce o homem que me emprestou esse dinheiro quer me ver amanha bem cedo e por isso eu vou dormir no rancho antigo só volto para a casa amanhã.
Mulher naquele tempo não discutia com marido só escutava e ele saiu com uma esteira nas costas era ali que ele dormiria naquela noite. Seu sono foi perturbado por muito ventos uivantes berreiro de bode em volta da casa, mas o Tião não era caboclo de se assustar atoa e dormiu tranqüilo, não deu bola para nada, no dia seguinte como bom machadeiro, acordou cedo levantou e com a maleta na mão ele seguiu pela trilha até chegar onde ele havia encontrado com o Diabo.
E não deu outra, lá estava o homem bem vestido de novo e Tião pensou vou fazer força para não falar o nome do Homem que seu amigo detestava lá de cima para não provocar a ira dele.
Apressou os passos e chegou até onde ele estava. E complementou: __Bom dia Moço. Bom dia Tião, mas parece que o dia não anda muito bom para você.
__È de fato eu pensava na felicidade da minha família e dos meus amigos, mas esta saindo tudo errado. __E o que você pensa em fazer Tião. (Perguntou o Diabo)