afilhado do diabo 2ª capitulo
2ª capitulo.
Na casa do Tião os problemas não terminavam, pois a comida era só feijão com farinha, e era tão pouca que não satisfazia a todos, e mais um monte de coisas faltava em sua casa desse humilde lenhador.
A única coisa que não faltava, era criança, que alem das dozes que já exestiam, sua mulher estava grávida e logo um décimo terceiro viria ao mundo, aumentando mais uma boca para ele o lenhador Tião sustentar. Era criança chorando por todos os lados, mulher irritada esbrafejando, era um caús a vida do tião.
Assim terminou a semana do lenhador, chegando sábado dia de pagamento, os lenhadores, largaram mais cedo e fizeram fila para receber os parcos salários e acertar as contas com o armazém do sovina do fazendeiro.
Uns recebiam mais outros menos, mas quando chegavam a vêz do coitado do Tião era desesperador, ouvir a conversa dos dois, o Tião usava de toda sua humildade, para não fazer besteira, que era de dar uns sopapos no fazendeiro e falava com uma vos que quase não saia, já do lado do fazendeiro, era berro, mais berro e ele gritava.
__Você Tião, não tem nada para receber, e ainda me deve três semana trabalho.
__Mas seu Geremias, tenha dó, tos com fio doente em casa outro para nascer precisam de compra coisa na cidade pra criança que vai chegar.
O pão - duro do fazendeiro deu uma gusparada do fumo que mascava e limpou a boca com a manga da camisa que já estava ensebada e berrou.__O fio que oce tem é problema seu, você trabalhe mais, aumente os metros e assim aumenta os ganhos.
__Mas seu Geremias, eu não tenho mais nada para comer em casa, só água e sal.
O senhor Geremias levantou uma das sobrancelhas e só com um zoio, olhou para o coitado do lenhador e disse. __E ta pensando que eu vô sustentar marmanjo, ta muito enganado, se num tem o que comer em casa, vá comer capim seu vagabundo, capim faz bem pro cavalo, vai engordar você também e rio com gosto e concluiu, saia já da fila, esta atrapalhando os outros empregados de receber seus salarios tornou a rir.
Os outros lenhadores ali parados ouviam a tudo em silencio cabisbaxo, Tião engole a seco abaixou a cabeça e saio de saco vazio e ainda o fazendeiro tornou a gritar. __Nem vá ao armazém seu credito esta fechado.
Tião saio cabisbaixo e voltou para a casa os outros lenhadores ficaram ali parados, estarrecido com a discussão dos dois. E o velho Geremias gritou.
__Vão ou não vão receber e fazer suas compras, se não, eu fecho o armazém e vocês ficam mais uma semana sem nada em casa, eu não abro em fim de semana seus molengas.
O berro do fazendeiro acordou os lenhadores que resolveram ir para o armazém fazer as compras.
Tião chegou a casa com o saco vazio, sua mulher dona Dulce que o esperava ele para fazer o jantar, pois nada tinha em casa para comer, mas vendo o marido cabisbaixo e de saco vazio, ela não disse nada, ela não queria ser o motivo de mais uma briga, como se ela a coitada tivesse culpa de tudo, mas já pensou, hoje nois {vamos} dormir de barriga vazia (obs. alguns erros de português como o que esta entre chaves faz parte do linguajar dos personagem desta historias ) Tião jogou o saco num canto e foi sentar embaixo de uma arvore.
Alguns minutos mais tarde, seus amigos ali chegaram e já foram abrindo seus sacos de compra e repartindo com o Tião o que eles compraram, pois já haviam trazido separados, pois eles compraram mais só para o amigo. Tião não queria aceitar de jeito nenhum, mas os amigos insistiram.
__Aceite homem, nos já compramos para de dar, nos não ficaríamos e nem dormiríamos sossegado se você não aceitar. (falou seu Maneco) e depois de beberem um golinho da branquinha do saco do Benedito eles foram embora.
Depois que os amigos saíram, ele continuou cabisbaixo, pois era um caboclo de fibra e não aceitava esmola. Mas esmola ou não sua mulher foi para o fogão fazer comida e olhe que era uma bela de uma janta, pois alem de ficar com o Tião muito mais do que cada um levou para suas casas, tinha beycon e carne salgada de porco e jabá, até um bacalhau foi pendurado atrás da porta para ser comida mais no fim do mês, essa mistura a família do Tião fazia tempo que não via nem o cheiro de carne de bacalhau e dona Dulce fez mistura, mas é claro economizado o Maximo. Até doce às crianças ganharam.
Aquela noite eles dormiram muito bem, pois fazia muito tempo que não comiam tanto, já de domingo para segunda feira, a noite foi um terror, pois o décimo terceiro rebento deu sinal que iria nascer e Tião teve que correr atrás da parteira e quase não dormiu a noite inteira.
Mas não podia faltar do serviço isso era coisa que o fazendeiro não perdoava ainda mais para quem devia para ele e mesmo cansado e com sono ele pegou o machado e saio de madrugadinha, ainda estava escuro para trabalhar, pois precisava fazer mais dinheiro, com o machado nas costas ele saio e começou a se lastimar em pensamento (...) Diz o velho ditado que se a gente der a alma para o diabo ele ajuda a gente enrricar–se.