A despedida de Sofia
Um salão vazio. Não existiam pessoas. Eu estava vestido de preto. Entro lentamente naquele lugar sombrio. Vejo um caixão, parado e fechado. Aproximo e observo uma jovem linda, de pele macia e traços finos. Era Sofia, que perdeu todos os sentidos, em seu sono da morte.
Sento-me do lado da urna. Com um óculos preto, eu lembro em tela de cinema de todas as histórias daquela moça. Ela acreditava que o amor e a fantasia eram sua essência. Corria pelos jardins da selva de pedra, crente que tudo poderia ser lindo e verdadeiro.
Pobre Sofia, caiu na mesma armadilha dos fracos. Quando foi jurada de morte por mim. Não pensei duas vezes em exterminá-la. Eu precisava provar para ela que tudo aquilo não existia. Seus olhos serenos diziam que por aquilo esperava. Sofia sentia minha frieza. Por isso, não hesitou de sua morte.
Meio-dia chuvoso, era hora de deixá-la ser levada. Vou embora. Não deixo um beijo naquela imagem. Nem flores. Ando lentamente em direção à porta. Apenas dou uma olhada para ter certeza que ela morreu. Tenha bons sonhos Sofia. Meu olhar sereno, despede-se.