AS PERIPÉCIAS DE GABRIELA
Conto de:
Flávio Cavalcante
 
 
     Ela sempre deu muito trabalho aos pai. Também muito jovem, descobrindo a vida ainda. Responsabilidade zero. Menina desobediente desde ainda muito criança. Apesar de adotiva era muito amada pelos seus pais que além de passar todo amor do mundo não deixava faltar absolutamente nada. Desde criança sempre foi muito mimada. Gabriela sempre gostou de carinho, como normalmente toda criança, mas a recíproca nunca foi verdadeira. Apesar de amar seus pais adotivos a garota sempre aprontava suas peripécias deixando-os muito irritados.
 
     Conselhos não falta. O casal aconselhava toda hora mostrando o que era certo e o que era errado, mas a rebeldia da Gabriela não deixava ouvir aquelas palavras aparentemente de repreensão, mas, na realidade educativas de como viver num mundo tão cruel. As promessas de deixá-la de castigo eram muitas. Chegavam a falar com severidade mas as palavras era jogadas ao vento. Entrava por ouvido e saía pelo outro. Aquela teimosia de Gabriela tirava a paciência dos seus pais. Quando a menina queria sair e os pais não deixavam ela ficava inquieta e pra se vingar procurava fazer que o que eles não gostavam que ela fizesse. Aliás, devido ao mimo exagerado já estava muito difícil a correção. 
 
     Gabriela sabia perfeitamente o ponto fraco de cada um deles e nas situações dos seus incidentes, que ela sabia que elas iam reprovar, a menina simplesmente armava toda uma estratégia para aborrece-los caso fossem de encontro aos seus desejos e mimos.
 
     O casal já não estava mais aguentando aquela situação da menina. Chegou ao cúmulo do absurdo. Os pais ao saírem de casa tinha que comunicar detalhadamente para onde iam e a hora que eles estavam de volta. Chega a ser constrangedor mas o mimo dado demais, acabou virando um mar de tormento dentro daquele lar.
 
     Um desgosto para quem nunca teve filhos na vida e adotou uma criança para suprir suas necessidades. Claro que o casal sabia que ia ter trabalho mas não imaginava que ia ser a este nível.
 
     Gabriela foi crescendo e quanto mais o tempo passava, mais o casal não conseguia conter a rebeldia da menina arteira. Chegaram até pensar em devolve-la mas apesar de todo trabalho e sofrimento, existia um grande amor depositado e eles não queriam tomar atitudes precipitadas para não ter remorso depois.
 
     A situação estava caótica e a vizinhança já estava se incomodando com as peripécias da menina desobediente.
 
     Depois das longas conversações sem êxito algum, o casal resolveu procurar ajuda de um especialista para obter alguma orientação já que estavam igual a cego no tiroteio sem saber pra onde ir. O jeito foi realmente procurar o conhecedor do assunto e na condição de veterinário ele aconselhou de alguma forma não deixar a cadelinha Pudol Gabriela sozinha em casa. Isso gera estresse no animal. Como não havia condição de ser diferente ele aconselhou a sempre passear com ela e de preferência todos os dias.
 
     Assim o casal fez e a vida entre eles e a vizinhança ficou em outro patamar.
 
 
- FIM -
Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 15/07/2016
Código do texto: T5698262
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