Ines, Beatriz e Bernardo
Ajoelhados na cama olhando através do vidro da janela , os irmãos gêmeos Beatriz e Bernardo rezam para que pare de chover. São gêmeos, mas Beatriz nasceu primeiro, dez minutos depois nasceu Bernardo. Por causa disso um primo deu para ele o apelido de atrasado, e os amiguinhos sempre o chamam Bernardoatrasado. Assim mesmo, tudo juntinho.
Mas Bernardo nunca se atrasa, sempre chega na hora marcada nas festas, na escola, em qualquer lugar. Todo mundo chama Beatriz de Triz. Quase todo mundo, seus pais sempre a chamam Trizinha.
Estão passando férias na casa da tia Ines. (o nome dela foi escrito errado pelo moço do cartório que registra nascimentos) Ela gosta muito deles, e eles gostam muito dela. Ela sobe com eles no pé de jabuticaba, coloca Beatriz nos ombros pra ela colher goiabas, leva eles para o parque e fazem uma festa danada. Mas não pode fazer nada disso porque a chuva não para. Com chuva não se sobe em pé de jabuticaba, nem de manga nem de nada, não dá pra subir nos ombros e colher goiabas, não dá pra ir lá no parque a entrada está fechada.
Beatriz e Bernardo, ajoelhados na cama, olhando a terra molhada, pensam; Por que a chuva não para? Por que a chuva não para?
Eles são gêmeos até nos pensamentos.
Tia Ines percebeu a tristeza dos amados sobrinhos e teve uma ideia. Pegou na estante um livro de autor muito famoso que nasceu no sertão de Pernambuco. Sentou-se no chão ao lado da cama. Triz e Bernardoatrasado sentaram-se de frente para ela.
Tia Ines, que tem nome errado mas sabe o que é certo leu para eles, com sua maviosa voz, a história de uma família que vivia numa cidade em que não chovia há mais de três anos. Você não sabe o que é maviosa? É um jeito besta de dizer maravilhosa.
Tiz e Bernardoatrasado ajoelharam-se na cama olhando através do vidro da janela e rezaram agradecendo a chuva que molhava a terra.
Mas Bernardo nunca se atrasa, sempre chega na hora marcada nas festas, na escola, em qualquer lugar. Todo mundo chama Beatriz de Triz. Quase todo mundo, seus pais sempre a chamam Trizinha.
Estão passando férias na casa da tia Ines. (o nome dela foi escrito errado pelo moço do cartório que registra nascimentos) Ela gosta muito deles, e eles gostam muito dela. Ela sobe com eles no pé de jabuticaba, coloca Beatriz nos ombros pra ela colher goiabas, leva eles para o parque e fazem uma festa danada. Mas não pode fazer nada disso porque a chuva não para. Com chuva não se sobe em pé de jabuticaba, nem de manga nem de nada, não dá pra subir nos ombros e colher goiabas, não dá pra ir lá no parque a entrada está fechada.
Beatriz e Bernardo, ajoelhados na cama, olhando a terra molhada, pensam; Por que a chuva não para? Por que a chuva não para?
Eles são gêmeos até nos pensamentos.
Tia Ines percebeu a tristeza dos amados sobrinhos e teve uma ideia. Pegou na estante um livro de autor muito famoso que nasceu no sertão de Pernambuco. Sentou-se no chão ao lado da cama. Triz e Bernardoatrasado sentaram-se de frente para ela.
Tia Ines, que tem nome errado mas sabe o que é certo leu para eles, com sua maviosa voz, a história de uma família que vivia numa cidade em que não chovia há mais de três anos. Você não sabe o que é maviosa? É um jeito besta de dizer maravilhosa.
Tiz e Bernardoatrasado ajoelharam-se na cama olhando através do vidro da janela e rezaram agradecendo a chuva que molhava a terra.