ARARUAMA
Não existiu a etnia Tamoios. Na verdade foi uma aliança entre os índios Tupinambás, Guaianases e Aimorés, que habitavam a costa de São Paulo e Rio de Janeiro. Aliados aos franceses, expulsaram da Ilha de Paranapuã (Ilha do Governador), o índio Arariboia e sua família, para o litoral do Espirito Santo. Politicamente, Mem de Sá lhe presenteou com a sesmaria de Niterói, dando-lhe o nome católico de Martin Afonso de Souza, e o dever de lutar pelos portugueses contra os franceses. Com a derrota destes, os Tamoios fugiram para a faixa da lagoa de Araruama até Arraial do Cabo. Não adaptados ao trabalho escravo e com a chegada dos navios negreiros, iniciou-se o declínio desse povo, até a extinção. Aí começa a lenda da origem do nome da cidade de Araruama.
A beira da lagoa era habitada por uma aldeia liderada pelo cacique Araru, cada dia mais humilhada, vendo suas mulheres serem trocadas por quinquilharias e levadas para servir aos portugueses.
Numa tarde chegou nessa aldeia uma comitiva lusa. Apearam dos animais e, com violência, começaram a escolha das índias que seriam levadas da tribo. Quando o português apontou para a mais jovem mulher do cacique, este ajoelhou-se ante o dominador e implorou que não a levasse, dizendo: - Essa, não. Essa Araru ama!... O luso, surpreso, desistiu do seu intento, escolhendo outra jovem.
Desde esse dia, aquele chão ficou conhecido pela expressão do cacique. A criatividade do povo e o tempo encarregaram-se de unir as palavras.
Se não foi assim, se foi de um jeito muito diferente, excusem-me. Vendo pelo preço que compro e quem conta um conto aumenta um ponto...