Uma Rosa para Berlim - Verdades que esconderam 20.
A oficial enfermeira pede para tomarmos banho. O que faço rapidamente.
O banheiro é de um hotel. Após terminar, passo a ajudar os feridos. E, o dia vai pas
sando e almoçamos junto aos feridos. E o barulho do combate aumenta mais. Eu
começo a arrumar as roupas sujas e rasgadas. Quando vejo parte da construção
em frente cai com um projétil de canhão.
- Retirem os enfermos daqui! - Gritou a enfermeira chefe - Vamos recuar!
Não dá tempo pois, começaram a cair foguetes russos no local. Tudo começou a
desmoronar. E os SS recuam com rapidez. E o clarão de explosões é grande. Mari
ja ajuda uma enfermeira a carregar um doente e quase são alvejadas. O doente
cai e morre com outra explosão. Vou recuar mas não posso pois, ocorre várias ex
plosões à minha frente e volto. Vou atrás de Erna que se enfia em um local pareci
do com um bunker. Marija também entrou. E de lá, vejo o inferno que se transfor
mou o lugar. Panzer sendo destruído. Soldados Alemães fugindo ao ataque e, tan
ques soviéticos surgindo ao longe com boa velocidade. Volto para o abrigo e olho
para o rosto assustado da enfermeira chefe. Depois olho para os feridos com ar de
preocupados. E levo um susto com explosões que fazem rachar o teto.
Fico preocupada e me abaixo. Fico apreensiva por quase uma hora quando, vejo a
rachadura aumenta e começa a representar perigo.
- Vamos sair daqui! - Grito puxando um dos enfermos - ou seremos todas soterra
das e soterrados. E bem rápido!
- Não sabemos como está aí fora! - Disse um senhor simpático e ferido.
- Teremos mais chances de viver lá do que aqui! - Falo subindo e vendo russos
armados vindo em minha direção. Levanto meus braços.
- Subam todas! - Gritou ele atirando para os lados.
E as paredes começam a ruir. Gritos e alguns ficam soterrados. Tento voltar para
ajudar e vejo uma granada ser arremessada pelo russo cair na escadaria. Me jogo
para o lado e para o chão e vejo tudo explodir. Vejo Marija e Erna à minha frente e
fico mais tranquila.
- Deitem na rua! - Gritou ele com muita raiva no rosto - E rápido ou fuzilarei...
Obedecemos de imediato e vejo que entre os soldados soviéticos, há dois que me
estupraram. E, um deles me olha e se dirije a mim e me levanta. Me fixa os olhos.
- Auxiliares da SS aqui! - E olha para Marija e Erna - pegamos elas de novo!
- Leve-as para o grupo com crianças! - Gritou o oficial que comanda.
Recebo um chute na coxa esquerda e sou levantada pelos cabelos. Fazem o mes
mo com Erna e Marija. Nos colocam juntas e nos empurrando grita :
- Vamos voltar para lá - E aponta para o leste, de onde Fugimos. E nos obrigam a
voltar correndo, deixando para trás as explosões e trocas de tiros. Corremos e em
alguns minutos nos empurram para um pátio de prédio destruído. Ao entrar revejo
a velha senhora, Lili, Lale, Ina, Gerda e o nobre senhor que nos convidou. Ficam fe
lizes ao nos verem. E se aproximam rapidamente e nos abraçam.
- Sentem todos e todas no chão - Gritou o russo - muito tiro por aí e não quero que
morram e me culpem! Não sou carrasco! -E se retira com a pistola na mão.
Nos deixam ali com uma escolta russa bem armada. Olho dos lados e vejo que
temos alguma alimentação. Olho para fora e vejo que começa a escurecer. Ouço
Muitos tiros e o barulho de canhões leves disparando em direção ao Reichstag.
- Venha aqui você! - Disse um sargento apontando para mim - rápido!
Levanto e vou até ele. Põe a mão no meu ombro direito e com a outra aponta a
frente de combate. Fala :
- Veja seu reino ruindo! - E solta gargalhadas.
E olho para mísseis explodindo tudo. Soviéticos avançando mais e mais. Tanques
da divisão Panzer sendo esmagados impiedosamente. Alemães se rendendo e ou
tros reagindo bravamente. Vejo Algumas pessoas do povo se protegendo. Vejo
que no leste as coisas estão mais branda e, quanto mais próximo do Reichstag,
mais acirrada a batalha. Olho para a noite do dia 27 de abril de 1945. Misteriosa.