Uma Rosa para Berlim - Verdades que esconderam 15.

Minha munição está acabando e vejo um corpo de um soldado bem a frente.

Me arrasto até ele e pego sua munição. Usa mesma arma. Vejo Ina abrir fogo cerra

do e me abaixo bem. Lale recua um pouco e vejo ela entrar em uma casa meia em

pé. Vou atrás das minhas amigas que fazem o mesmo. Todas nós entramos e ve

mos que estamos mais protegidas. Me levantando, vejo um guarda-comida e vou

até lá. Descubro mel e frutas passadas. Pego e exibo para elas. Então nos farta

mos com os alimentos. Ina come e some. Vou atrás e vejo que ela foi ao banheiro.

-Fico de sentinela enquanto se higienizam - Falo indo para a entrada. Me ponho

como observadora e fico vendo os soldados Alemães lutarem com galhardia. Vejo

nossos tanques furando o cerco e matando muitos soviéticos. Tiros de canhões

leves causando maior estrago. Soviéticos com granadas explodindo tudo. Solda

dos Soviéticos com lança-chamas entrando nas residências e queimando tudo o

que vêem. Vejo Panzer ficar danificado e soldados baleados sendo carregados.

Uma mão toca meu ombro e falam comigo.

- Só resta você, Nina! - É Marija que chega e me substitui. Deixei ela ali e fui para o

banheiro. Um lugar até limpo. Ainda tem água na torneira. Está todo molhado. Eu

Vejo um vestido vermelho sujo jogado no chão. É de criança. Pego ele e fico olhan

do por um tempo. Então retiro minha roupa e sento no vaso. Faço minhas nesces

sidades e me levanto. Encontro um sabão velho e me lavo toda. Inclusive meus

longos cabelos. Depois de terminar, saio nua e procuro algo para me enxugar. En

tão vejo que Ina me aparece com um lençól limpo e me entrega. Fico espantada ao

vêr que ela está de traje civil.

- Onde pegou isso? - Pergunto olhando para o bélo vestido de côr grená que usa.

Vejo suas bélas botas marrom - Tem para mim?

- Para todas! - Disse ela rindo - sem querer fugir da luta... Mas teremos mais chan

ce de sobrevivência, caso nos Peguem.

- O fato é que estamos ficando em um corredor estreito e, acho que o Führer pode

pedir a rendição à qualquer momento. Caso ocorra... O exército e tudo o mais se

rá desmantelado. Vamos surgir como povo - Disse Erna se olhando em um espe

lho quebrado na parede. Então vou até o quarto perfurado por granada e encontro

minha côr preferida: preto! Um vestido de noite bem na moda. Todas estão com

roupas modernas. Visto depressa pois, ouço explosões bem próxima e vejo que há

bastante botas femininas no lugar. Acho meu número. Pretas e de cano longo. As

coloco e depois vou pentear meu cabelo. Vejo, pelo espelho, Marija usando maqui

agem e me viro e vou até ela e Sorrio.

- Aqui! - Disse Lili se aproximando com maquiagens diversas. Me maquio toda.

- Teremos que sair daqui pois, vejo atiradores soviéticos ao longe - Disse Gerda

que está na porta - Estamos perdendo!

- Recuar não poderíamos mas...- Disse Lale se olhando - assim passaremos como

se fôssemos civíis em fuga ajudando a Volkssturm!

- Exato! - Falo rindo e indo até a porta.

- Melhor sairmos daqui! - Disse Ina pegando suas armas e munições.

Fazemos o mesmo e procuramos alguma fruta boa para levar. E depois olhamos

para fora e pensamos no melhór jeito de sairmos dali.