Uma Rosa para Berlim - Verdades que esconderam 14.
Gritos e mais gritos e uma algazarra se forma. O barulho de explosões é tão
forte que chega tremer o chão. Levanto e pego minhas armas. Rajadas e mais raja
das e vejo corpos na entrada. Barulhos de foguetes passando próximo. Vejo sovié
ticos a 50 metros dali e abro fogo com minha MP 3008. Atiro sem parar e Grito:
- Abandonando o abrigo quem é da Volkssturm! - E saio dali desesperada para
encontrar um lugar mais seguro. Nos jogamos no chão e abrimos fogo cerrado.
Granadeiros arremessam as suas peças e os russos respondem com seus lança-
chamas. Disparo e corro para mais longe. Agora corro para o centro de Berlim.
Gerda Mende quase é alvejada e salta para perto de um tanque. Marija a cobre
dando rajadas em sequência em direção aos atiradores. Os prédios à frente estão
praticamente demolidos e corremos entre eles. Vejo muitos SS voltando em dire
ção ao centro. Direção ao Reichstag. Fazemos o mesmo. E o clarão de explosões
é grande. Clareia o amanhecer do dia 26 de abril de 1945. Volto para o centro se
guida de Erna. Lili tropeça, cai e paramos de correr. Nos posicionamos e a ajuda
mos a sair dali. Gerda Mende corre para um tanque Panzer parado que abre fogo.
E depois entra em um prédio evacuado cheio de buracos. Vamos atrás para nos
protegermos. Granadas estouram na entrada. Alguns SS também entram e todas nós e eles, tomamos posição. Uma outra explosão e parte da entrada cai. Vejo ho
mens na porta e vejo que são soviéticos chegando. Atiro e acerto 1 deles. Os ou
tros entram correndo. Um deles usa um lança-chamas e chega com ele ligado.
Ina o incapacita com um tiro na mão. Se joga no chão e, com a outra mão, saca a
pistola. Lale o acerta na cabeça. O amigo dele abre fogo e quase acerta Marija.
Erna a puxa para debaixo de escombros. Lili acerta ele em cheio. Lale se aproxima
de mim e aponta para os fundos. Um soldado soviético escala a parede se aproxi
mando. Ina o pega em cheio. Eu metralho a entrada e derrubo dois inimigos. Dois
SS são alvejados e mortos. E soviéticos aproveitam para entrar.
- Nos fundos! - Gritou Erna indo para lá. Vou atrás e vejo que podemos escalar pe
los buracos. Vejo adiante alguns Panzers recuando.
- Ou saímos agora ou rendição! - Grito empurrando Lale para fazê-lo - rápido! Eu
vou cobrir pois, atiro melhor.
Obedecem prontamente e, uma a uma descem. Dez outras meninas que estão
conosco fazem o mesmo. Todas correm em direção aos tanques. Os SS dão a
cobertura necessária. Sou a última a descer e quase sou alvejada. Corremos e
nos posicionamos logo depois deles. Vejo soldados se renderem se deitando no
chão. Vejo que são fuzilados sem perdão. Dão risadas, os Soviéticos. Uma das 10
meninas se rende e a vejo ser arrastada, em plena guerra, para um canto e ser
estuprada ali mesmo. Mas ela o esfaqueia ali mesmo. Outros atiram nela. Atira
mos contra eles para tentar salvá-la mas é tarde. Ainda pegamos três deles no
peito mas, nossa amiga está morta. E os SS concentram tiros no lugar e mata to
dos eles. Sorrio com o resultado final pois,foram punidos. Corro com minhas ami
gas e entramos em uma trincheira feita por explosões de granadas.
Eu, Erna, Marija, Lili, Lale, Ina e Gerda Mende ficamos fazendo nossos dispa
ros dali e as outras mulheres se misturam aos soldados da Volkssturm e SS.
- Estamos a uns 50 quilômetros do Reichstag e à partir de agora o recuo é a decre
tação da nossa morte. - Disse Erna recarregando sua STG 44.
Carrego minha MP 3008 e vejo que nossos soldados conseguem manter os russos
bem longe do lugar. Os SS atuam muito bem e com muita valentia.