Uma Rosa para Berlim - Verdades que esconderam 8.
Enquanto estamos ali, uns Panzers aparecem e faz frente crucial para o avan
ço inimigo. Hora de sairmos dali.
- Vamos embora, meninas! - Gritou Ertha sendo a primeira a correr - precisam de
nós na retaguarda! Corram! Estão nos chamando na retaguarda!
" Por quê grita assim? " penso. Vejo que um capitão se aproximou.
- Movam seus traseiros e façam o que ela ordena, suas... Die animierdame!
- Der drecksack! - Respondi prontamente e corri com todas.
-Die blöde pibnelke! - Gritou ele bem alto bradando o punho direito - dumpfbacke!
Não ligo pela ofensa e sigo meu rumo. Acompanho as minhas amigas por uma rua
toda arrebentada pelo bombardeio. Agora é alvo dos canhões soviéticos. Apressa
mos nossas passadas e deixamos o campo de batalha. Os moradores estão todos
escondidos. As tropas parecem não ligar para nossa presença. Passamos desper
cebidas e nos afastamos cada vêz mais.
- É melhor que troquem essas roupas, meninas! - Disse uma mulher de uns 40 a
nos saindo de um casarão meio inteiro. Olho para ela - são crianças, ainda!
- Mãe! - Gritou uma das meninas que é do meu grupo. E ela corre para a senhora.
As duas se abraçam fortemente e a mulher vira-se e fala :
- me chamo Bella e esta é minha filha Mia!
Sorrio balançando positivamente a cabeça.
- Entrem pois, garanto que estão em jejum.
- Verdade, mãe! - Disse Mia sorrindo e fazendo sinal para segui-las - Venham e
não fiquem com vergonha. O espaço é grande e cabem todas.
Seguimos as duas e entramos em um belo casarão que ainda está meio em pé.
Mas, Bella nos leva para um subterrâneo imenso. Tem umas 20 pessoas entre
crianças e adultos. Todos estão comendo e nos olham com curiosidade.
- Gostaria que se banhassem e fizessem suas higienes primeiro! - Disse Bella qua
se ordenando - tenho roupas e botas para todas. Se desfaçam dessa roupa que as
Tornam alvos fáceis. A Volkssturm fica melhor se atuar disfarçada.
Ertha concorda com a cabeça e corre para o banheiro de cima.
Faço minha higiene e tomo meu banho ouvindo o barulho da guerra. E, ao fim do
banho, recebi um bélo vestido bége e botas de cano longo. Meiões e cinturão.
- Vou para o almôço e como tudo: macarronada e carne. Ao fim nos oferece um
bom vinho. Todas bebemos com vontade.
- Fará que relaxem um pouco e esqueçam as tempestades atuais. - Disse Bella en
tornando a garrafa na boca. Ela é bastante jovial para a idade.
- Essa menina tem 40 anos! - Disse Mia rindo e bebendo.
E o barulho de canhões e metralhadoras aumenta e vejo a preocupação se estam
par nos olhares das crianças e adultos. Bella olha para as escadas e sobe. Pára
e desce trôpega. Eu a amparo e ela fala em meu ouvido esquerdo :
- A SS recua rapidamente. E isso não é bom! Estamos a 1 quilômetro da frente.
- Vamos sair daqui! - Falo baixo.
- Não é mais viável! Ouça!
O barulho aumenta. Significa que o perigo é total.
- Escondam as armas! - Gritou Bella indo até onde elas estão - seja o que Deus ou
o Diabo quiser. Não podemos mais sair! - Pega algumas armas e leva para um bu
raco feito para no chão para estocar comidas. E nós a ajudamos e, em pouco tem
po, guardamos tudo e cobrimos com legumes e verduras. Depois cobrimos com
as tábuas e depois um tapete que estava enrolado ao lado. Voltamos para nosso
lugar e esperamos nervosas.
- Vamos todos e todas sentar no chão e aguardar! - Disse Bella se sentando.
Todas fazemos o mesmo e aguardamos.
O barulho vindo de fora é imenso e as crianças tapam seus ouvidos.