Uma Rosa para Berlim - Tulipas de Lágrimas 4.

Enquanto Lili narra tudo ao senhor Heindal, eu como algo e fico olhando para

Heindal que anota tudo. Depois vou dormi e esqueço da guerra.

Acordo bem cedo e vou fazer o lanche da manhã. Nina Hübner já está na cozi

nha preparando tudo. Isso se repete por todos os dias. Nós nos revezamos na lim

peza e nas refeições.

No dia 8 de abril de 1945 a coisa fica diferente pois, começa uma série de ex

plosões e corremos para fora. Sorte nossa pois, uma bomba explodiu por perto e

tudo está ruindo.

- Vamos sair daqui! - Grito desesperada - venha logo, senhor Heindal! - Grito ao ver

que ele se atrasa.

- Já estou indo! - Grita ele nervoso.

Corremos o mais rápido possível e vamos para perto de uma estação ferroviária.

Ao chegarmos, vejo pessoas feridas e mais choro. O baralho passa a ser ensuder

cedor. Pessoas correndo de um lado para outro. Eu vou para fora da estação e ve

jo canhões de grande potencial disparar sem parar. Vejo projéteis de metralhado

ras anti-aérea cortarem o céu é vejo alguns aviões serem atingidos. Explosões e

mais explosões. Pessoas correndo para seus abrigos. Vejo bombas caindo por per

to e começo a gritar :

- Saiam todos daqui! Saiam todos daqui! - E puxo algumas crianças que estão no

local. Lili me ajuda e colocamos todos fora dali. E logo depois um barulho de enlou

quecer e parte da estação é destruída. Corremos para o meio da rua e vejo pesso

as desesperadas gritando por ente querido. Heindal socorre uma senhora e eu sal

vo um cachorro desorientado. Está trêmulo e nem reage. Coloco ele a salvo e ele

me lambe. Aparício sua cabeça e ele fica próximo do meu grupo. Uma outra explo

são e pedaços de parede atingem três pessoas: uma mortalmente e as outras du

as ficam bem feridas. Soldados aparecem gritando para sairmos do caminho e é o

que fazemos. Puxo Marija e Erna e o resto do grupo nos acompanha. Olho para

trás e vejo o cachorro sendo apagado por um menino de uns 10 anos. Volto a cor

rer e levo o grupo para um prédio todo destruído. Local este que não mais será Al

vo dos aviões. Talvez esteja me iludindo. Mas é o que passa pela minha cabeça.

Entramos por um labirinto de entulhos e paramos pensando estarmos protegidos.

Mas bombas continuam a cair por perto. Nina Hübner parece ferida. Está com o

ombro direito ferido. Vejo a dor no rosto dela. Parece se segurar pois, a ferida pa

rece profunda. Lili dá uma olhada e pega uns curativos com Gerda Maria. E cuida

dela e, começo a ver alívio no rosto de Nina Hübner.