Uma Rosa para Berlim - Tulipas de Lágrimas 2.

Entramos por debaixo de um entulho e pegamos um corredor. Ele vai dar em

uma ampla sala com armas diversas e dispersas. Não é preciso velas pois, tem

um buraco no teto que clareia tudo. Muitas velas estão dispersas.

- Se alguém tem dinheiro podemos ir a algum comério que resta e fazermos com

pra.- Disse Heindal mostrando os bolsos vazios- esta é o pagamento que queria.

Algum dinheiro ou comida pois, estamos sem dinheiro e sem comida.

Nina Hübner retira de sua bolsa um pacote de diinheiro e me entrega.

- vá com ele e com Lili ! - disse olhando a sua volta - o restante vai ajudar a arru

mar isso aqui. Tornar isso habitável.

Nesse momento escutamos algumas explosõe e ficamos caladas.

- Queiram me acompanhar ! - disse Heindal voltando para a superfície. Eu e Lili o

seguimos - Fale-me sobre você !- disse ele chegando na camionete - conte-me

sobre sua vida !

- É chatae feia ! - falo rindo - Lili pode contar a dela enquanto o senhor dirije.

- Alguém tem que começar ! - disse ele rindo.

Entramos e Heidal começa a dirijir e Lili a contar sobre a vida dela.

Enquanto conversam e Lili narra sua vida , observo as pessoas saindo de suas to

cas. Crianças de colo chorando e alguns comendo o que encontram em bom esta

do, comidas escontradas em quitandas e comércio destruido. Chegamos em um

mercado semi-destruido mas em funcionamento. Entramos e os dois continuam

com os relatos. Pegam mercadorias e eu ajudo. Segue o relato de Lili e por fim pa

gamos e voltamos para casa. Chegamos e tudo está arrumado. Colocamos os ali

mentos em local seguro e Heindal me questiona sobre minha história. Narro tudo

e nós almoçamos e o fim do dia chega com minha história sendo contada. Janta

mos e continuo. Forma de relaxar. Altas horas e termino. Vou dormir.

Acordo lá pelo meio dia e vejo Heindal ouvindo a história de todas. Saio do local

e vou para o centro da cidade com Lili. Ao chegarmos, ocorre um ataque solitário

de alguns aviões aliados e estes são abatidos ou avariados. Antes, deixam algum

estrago irremediável. Ocorrem mortes entre os civíis e muitos ficam feridos. Lili

começa a chorar ao ver crianças de colo mortas. Mulheres e idósos estão entre

os mortos. Passamos o resto do dia revendo locais. Vou até onde morei e depois

vou até o lugar onde morei. Depois vou visitar a casa destruida da minha tia e pas

so na antiga casa de Erna e depois na casa de Lili. Está intacta mas tomada por

pessoas desabrigadas. Vejo pessoas chorando e pego uma criança no colo e ela

pára de chorar. Certa mãe amamenta seu bebê recem-nascido. Me choca a visão

de tudo aquilo. Comemos na rua e o fim do dia chega. Estamos à caminho quando

escutamos um grito estridente por entre uns casebres intactos. Vamos devagar

e vemos dois homens falando inglês. Seguram uma jovem de uns 22 anos e a for

çam a falar algo. Agora em alemão.

- me fale onde está seu tio !

- Não sei onde ele anda ! - e recebe um tapa no rosto - juro !- outro tapa e ela cho

ra convulsivamente. Arrancam a roupa dela para cometer violência e Lili salta

encima de um segurando-o pelo pescoço e apertando com toda força. Fui mais

cruel : agarrei uma barra de ferro retorcida e, antes que corresse para ajudar seu

amigo , soquei a barra na cabeça dele com toda força derrubando-o apagado. O

outro resiste e eu golpeio nos orgãos genitais fortemente. Geme de dôr. Lili soca

a cabeça dele em um pedaço de parede e este desmaia. Olhamos para trás e a ga

rota desapareceu. Saimos do local rapidamente e foms para casa. A noite do dia

1 de abril de 1945 está quase chegando e corremos para casa.