Uma Rosa para Berlim - Rosa violentada 4.
A tarde do dia 27 chega e logo estamos jantando. Marcus está muito pensati
vo. Angela observa e prgunta :
- Por quê e onde anda seu pensamento ?
- Em Frankfurt ! - disse ele olhando-a - invadiram a cidade e a qualquer momento
estarão no controle. Logo estarão aqui !
- E o quê faremos ?
- Estou negociando minha ida para a Argentina .
- E como viveremos lá ? Terra desconhecida !
- Poderemos formar um grupo e criar uma colônia lá.
- E quem são essas pessoas ?
- Alguns amigos e essas meninas da liga - olha para mim e para Lale- elas pode
rão integrar o grupo.
- Qual nossa utilidade ?- perguntou Lili olhando-o - por quê iríamos?
- Segurança para a colônia ! Segurança para vocês e perspsctiva nova de vida.
- Aceito ! - fala Gerda Mende - tentei sair daqui antes.
O que vejo é sorriso no rosto de cada uma delas.
- Já estou providenciando tudo para vocês ! - disse ele rindo.
Depois do jantar os olhos de minhas amigas brilham de esperança com uma nova
vida em outro país. E vamos dormir cedo.
No dia seguinte todas ficam apreensiva com a boa nova. E no almôço vem a res
posta que esperavam. Menos a minha. Se é que pensava em fugir do meu país
- Preparei e verifiquei tudo !- disse Marcus meio sério - vamos partir amanhã à
noite com um comboio de 134 pessoas. Marija, Erna e Nina Schaffer não poderão
seguir conosco e elas sabem porquê !
- Por quê? - perguntou Angela curiosa - o quê as impede ?
- Estão com tatuagens que as denunciam. Seriam presas se andassem fora da
Alemanha.
- Não viveria bem em outro lugar.- falo rindo - ficarei tranquila !
- Poderiam cuidar de minha casa por uns dias, até chegar minha equipe que vai
ficar na casa. Tomar conta por uns dias ..
- Aceitamos ! - Dosse Erna almoçandl bem devagar.
E assim acontece e, no dia seguinte, embarcam um grupo de pessoas que tem
Dinheiro. E parece que chegam outras pois, vemos vomboio inteiro de retiranes
Dormimos tranquilamente na noite de 29 para 30. De manhã acordo e ouço pesso
as falarem que Frankfurt foi tomada. Aparecem muitos refugiados da cidade e te
mos um fluxo muito grande de pessoas saindo dessa cidadezinha onde estamos.
Ainda é de manhã do dia 30 de março de 1945 e vejo unidades militares chegarem
e a impressão que tenho é de ter visto Marcus Franz Webber entre eles. Balanço
a cabeça negativamente e pego uma vassoura para varrer o quintal.