Uma Rosa para Berlim - Wesel : Começo do fim 5

Soldados da Waffen SS nos vêem e se junta ao grupo abrindo caminho com

muito tiro. Soldados Canadenses começam a cercar o prédio e abrem fogo. Eu

me posiciono e dou cobertura para que entrem. Granadas estouram por perto.

Nina Hübner faz disparos seguidos em um jipe onde tem quatro Americanos.

Estes recuam e Lale acerta um. Lili sobe as escadarias e vai para o andar de cima

de onde tem melhor visão. Vou atrás e comigo sobem outras garotas. Chego em

uma abertura e vejo o restante da unidade feminina por perto, junto de outros sol

dados. Parecem desesperadas pois, chegam inúmeros Americanos de um salto

realizado nas imediações. Começamos a atirar nos canadenses e estes recuam

pois, abrimos caminho para nossos soldados chegarem no prédio. Vejo soldados

cairem de ambos os lados. As outras meninas sobem e os soldados ficam embai

xo pois, se julgam superiores . Observo o prédio por todos os lados e grito :

- Espalhem-se e facilitem a chegada de apoio !

Atiro e paro logo depois para observar o prédio . Tem quatro andares e está aban

donado pois, já foi alvo de intenso tiroteio dias antes. E os vizinhos estão escondi

dos dentro de seus lares. Vez ou outra aparecem , sorrateiramente, alguém na ja

nela e volta a se esconder. As ruas estão desertas...

- tem uma tropa vindo para cá ! - gritou Nina Hübner ficando desesperada.

- Abram fogo cerrado contra eles ! - gritou um sargento na parte debaixo.

É o que fazemos. E a tropa inimiga responde com ferocidade. Projéteis perfuram

toda a parede e nos protegemos e respondemos. Os SS arremessam granadas

e nós atiramos do alto. Os soldados inimigos recuam um pouco para reagirem

depois e o fazem lançandouma série de granadas alvejando alguns soldados.

Quase sou alvejada e me assusto ao ver um sargento ao meu lado ter a cabeça

estourada por um tiro de fuzil.

- Cuidado ai , menina ! - gritou um oficial que tenta socorrer o sargento.

Começa um tiroteio desenfreado com mortos de ambos os lados. Minha muni

ção acaba e pego do sargento morto. Ao mesmo tempo vejo paraquedistas por

perto e me escondo mais ainda. Vou para uma sala toda arrombada de tiro e vejo

Duas mulheres mortas e três homens morrendo. Me dá uma imensa tristeza.

- Temos que abandonar isso aqui pelos fundos ou nos render ! - grita um oficial

entrando correndo na sala - temos que recuar para nos recompormos depois.

Todos se entreolham e depois para o oficial. Voltamos a atirar com ferocidade.

Maria Klara Klaff me puxa para o andar de baixo onde estãoos homens. Estão

discutindo planos e parecem não se entendere. Eu e Maria Klara voltamos para

nosso lugar e depois vou para a sala onde estão o grosso das mulheres.

- Estão querendo fugir daqui antes que cerquem tudo.- falo bem alto.

- É o melhor que podemos fazer agora - disse Marija carregando a arma.

- Concordo plenamente ! - disse Kara assustada - se temos essa opção... é o que

deve ser feito. Ou nos entregarmos.

- venham nos ajudar aqui ! - gritou Erna entrando na sala - estão chegando mais

soldados inimigos. Temos que fazê-los recuarem.

E corremos para lá e abrimos fogo surpreendendo os Americanos. Nós jogamos

as granadas restantes e causamos grandes estragos na rua e entre os America

nos, Inglêses e Canadenses. As horas parecem voar pois, olho de relance para

o pulso da mulher ao lado. Ela usa relógio e vejo que já passam das 12 horas.