Uma Rosa para Berlim - Wesel : Começo do fim 4
Entro no depósito e procuro o lugar mais escondido. Rajadas logo atrás e
Marija é a última a entrar. Nos posicionamos em frente a aberturas de portas e
janelas e atiramos desesperadamente pois, o cerco se fecha. Jogam uma grana
da e nos jogamos no fundo. A porta vai pelos áres e atiramos para impedir que
os Americanos entrem. Se aproximam rápido e atiram seguidamente. Quase sou
alvejada e fico apavorada : muito tiro e outra granada. Uma explosão e alimentos
voam. Corro até o buraco feito pela explosão e cubro Erna e Marija que ficam pa
ra trás. Lili e Lale cobrem o outro lado e impedem que nos peguem. Ina aparece
jogando uma granad e dois Americanos são jogados pelos áres. Atrás de Ina che
ga outra garota. Esta usa uma submetralhadora e não perdoa. Os Americanos
que ficam vivos saem correndo e as duas ainda tentam acertá-los.
- Agradeço a vocês ! - falo me mostrando - protejam-se !
E tiros perfuram as paredes laterais.
- Não podemos relaxar nem por 1 segundo ! - disse a pequena mulher que chegou
com Ina . Se esconde e responde prontamente e responde de imediato. Ela é baixa
e tem cabelos até o ombro em corte reto. Responde ao inimigo com precisão.
- Kara conhece bem a cidade e pode nos guiar por ela.- disse Ina atirando.
- É melhor nos mostrar o caminho agora pois, cada vez chegam mais soldados-
Falo me colocando na porta rebentada da entrada.
- Venham comigo - disse Kara correndo para os fundos. Vamos atrás. Kara entra
por uma porta e pega um corredor à esquerda . Nós a seguimos. Ela nos leva até
o quintal dos fundos e vê um paraquedista pousar. Após o pouso, o dito atira em
nossa direção e Kara responde acertando-o no peito. Então atravessamos o quin
tal e chegamos no portão de entrada de caminhões. Vejo soldados que parecem
Ingleses pelo emblema na jaqueta e atiro. Saem correndo e vamos atrás. Eles en
tram em uma casa velha em escombros e nóspassamos direto. Escuto tiros e nos
jogamos no chão. Nina Hübner e Gerda Mende acertam os Ingleses que saiam da
toca para nos pegar por trás. Gerda Maria e Maria Klara Klaff chegam dando mais
cobertura e nos juntamos ao lado de um tanque abatido por granadas. Ficamos
agachadas e vemos um grupo de SS se aproximar e trocar tiros com Canadenses.
Metade dos SS tombam e 1/3 dos Canadenses morrem. Deitamos no chão e fingi
mos estarmos mortas e Americanos e Canadenses passam direto atrás dos SS.
Levantamos rápido e começamos a atirar e eles, os que não foram atingidos, fo
gem para uma casa toda fechada. Passamos correndo até uma praça cheia de ve
ículos onde está tendo um confronto. Há árvores e corremos para elas e deitamos.
Os Aliados chegam em grande número e atiram com bastante precisão. Alguns de
nossos soldados deitam no chão jogando a arma de lado em sinal de rendição.
Começamos a recuar ao ver que o pessoal Alemão não resiste muito na praça.
Kara faz sinal mostrando para onde devemos ir : Ir para onde estão indo os que
correm do combate. Todos vão para o lado sul e é para lá que vamos. Uma rua
larga com carros em pedaços. Por entre eles escapa-se dos tiros. Corremos escu
tando os tiros às nossas costas. Corremos por entre os carros e chegamos em um
prédio todo aos pedaços. Ainda de pé mas, com muitos buracos por todo lado.
Chegamos quase sendo alvejadas por novos paraquedistas que chegam e nos
vêem e partem para cima. Kara que usa granadas deixa uma para trás assustan
do-os. Olho para trás vendo eles recuarem e se esconderem. Nós nos jogamos
para dentro do prédio e nos posicionamos. Nos colocamos em posição favorável.
Verifico que minha munição estáacabando. Olho para minhas amigas e todas fa
zem ar de assustadas ao verificarem suas munições. Olho por todos os lados e
vejo alguns Alemães mortos por perto. Também Americanos , Canadenses e Ingle
ses. Vejo suas armas abandonadas e as pego e as munições sobressalentes. Ka
ra me ajuda e achamos algumas granadas. Recolhemos tudo e nos preparamos
para nos defender. Olho para fora e vejo a manhã do dia 24 de março de 1945
avançar. E o barulho de tiros e granadas explodindo é grande.