Uma Rosa para Berlim - Wesel: Começo do fim 3

O som da rajada de metralhadora me acorda. Ainda é noite mas e eu estou meia

sonolenta. Acordo e pego minha arma. Olho para fora e apenas vejo um soldado

disparando para o oeste. O que vejo além é o escuro. Toca a alvorada e nos prepa

ramos para mais um dia. E a resposta é que um avião voa próximo e o quartel tenta

rechaçar. Nos arrumamos e saímos a seguir. E durante o dia todo, ficamos rodan

do ano cidade.

O dia 20 vai embora e a noite relaxamos. No dia 21 ficamos recebendo instru

ções o dia todo. No dia 22 fizemos outra ronda e nada aconteceu. No dia 23 rece

bemos informações de um possível ataque.

Passamos o dia todo em reunião com o comando.

- Wesel precisa ser defendida e as tropas ficarão em alerta. As mulheres deverão

ficar de roupa civil mesmo. Em caso de ataque, parecerá que a população está

se unindo às forças armadas.

- Comandante... Elas usarão armas convencionais?

- Estarão usando armas militares e lutarão como tal! -Disse ele bem sério.

Somos deslocadas para a parte central da cidade logo de manhã. os soldados

são espalhados por todos os lados. Nosso comboio está quase no lo

cal desejado quando, vemos aviões surgirem no céu e muitos para

quedistas saltando. Ouvimos a sirene de guerra tocando e então ou

vimos um grito de Hertha.

- saltem e vamos ficar entre casas e comércio !

O que fazemos prontamente. Pulamos dos caminhões e nos esconde

mos entre as casas.

Paraquedistas Americanos e canadenses saltam e vão pousando

na cidade. Tiros de canhões e metralhadoras anti-aérea soam por

todos os lados. nos posicionamos como civíis comum a espera de

entrar em ação. marija e Erna estão a meu lado. Valéria e Lili che

gam e se posicionam. Nesse momento o inferno está instalado. Er

na corre e todas corremos avançando pois, passa uma tropa pela

rua e o comandante faz sinal para seguí-los. Começamos a correr.

Logo deparamos com um pequeno grupo de paraquedistas que nos

recebem com granadas. Todos se espalham e eu pulo em um quin

tal arborizado. vejo um soldado dentro que grita:

- É uma mulher ! Civil !

Abro fogo errando pois, percebeu minha arma e se jogou no chão.

Dispara e quase me acerta. Hertha entra e vejo ela ter a cabeça es

tourada com tiro de fuzil.

- Não ! - Grito apavorada. Reajo e derrubo o atirador com vários ti

ros.

- Sai dai ! - grita Erna me apoiando e derrubando outro soldado.

Quando vou me aproximar da tenente imóvel, quase sou alvejada e

salto de lado.

- Está louca ?- Pergunta Marija chegando e me puxando pelos bra

ços - Ela já se foi ! Você tem que se manter viva. Vamos correr.

Corro com ela até um muro que acaba de cair e nos escondemos

nos escombros. Ina nos cobre para sairmos dali. E assim fazemos

e vamos para um pátio de uma mini-industria de alimentos. Mais

tiros e nos colocamos atrás de caminhões. Vejo soldados america

nos cercar o local em grande número. Lili e Lale já estavam ali e

parecem apavoradas. Olhamos Valéria correr ao longe e ser rendida

quase levando um tiro. Com ela se rendem uns 10 soldados. muito

tiro e explosões. resistimos o cerco por hora mas, estou preocupa

da e verifico minha munição. Ainda tenho o suficiente.

Rajadas cortam o local e meia dúzia de Americanos morrem.

Alguém atira uma granada para onde está saindo as rajadas e ve

mos Maria Gundr gritar. Parece ferida. Abrimos fogo para tentar

ajudá-la mas, somos rechaçadas de pronto e temos que correr

para dentro do depósito de alimentos.