Uma Rosa para Berlim - Wesel : Começo do fim 2
Sou a primeira a acordar e vou até o refeitório. Alguns soldados estão nolocal
e um deles sorri para mim. Respondo com outro sorriso e pego algo para comer.
Logo depois todas acordam e vão lanchar e eu me arrumo para sair.
Saimos do quartel em grupo e temos que nos espalhar pela cidade. Andamos
a manhã toda e nada encontramos. Voltamos ao quartel e almoçamos. No fim
do dia saimos de novo e vou para um salão com múicas variadas. Estou com Er
na e Marija e vemos muitos soldados comemorando." É o lugar ideal para agirem
com segurança". Entramos e recebemos cantadas diversas. Eu vasculho tudo com
o olhar. Cada detalhe de cada pessoa e nada vejo de suspeito. Faço o sinal para
as outras e nos retiramos. Na saida encontramos uma ronda militat com Lili e Ina
apavoradas junto. Fazemos sinal para pararem e me dirijo a Ina.
- o quê acomteceu ?
- Pegamos 5 Inglêses perto daqui e, sob tortura, confessaram que vão invadir a
cidade e tomâ-la. Já estaria em vigência a operação.
- Mas isso vai acontecer se perdermos a frente no Reno - falo pensativa.
- Já estamos perdendo em todas as frentes! - fala Lili mais tranquila - se não
agirmos , será nosso fim .
- Estamos voltando para o quartel para relatarmos tudo - disse um soldado que
as acompanham. E toca o veículo para o quartel. Eu fico pensativa e assim cami
nho com Erna e Marija. Andamos pela rua estreita. Se ouve poucos barulhos. Ape
nas barulho de cães virando lixo. Gatos pulando pelos telhados das casas velhas
e ratos sendo perseguidos por eles. Um tiro repentino e nos abaixamos por instin
to. Mais tiros e nos escondemos atrás de um carro todo perfurado de projéteis.
Aparecem cinco homens armados na esquina e um deles grita :
- Vimos vocês com aqueles soldados imundos ! Estão juntos ! Se rendam !
Atiro e acerto o braço de um. Os outros atiram em nossa direção e nos protegemos
mais ainda. Devolvemos os tiros e Marija acerta mortalmente um. Os outros quatro
correm para se protegerem. Atiramos e acerto outro. Reagem com mais precisão
e escuto o zunido de um projétil passar perto do meu ouvido. Me abaixo ainda
mais e escuto rajadas de metralhadoras vindas da nossa esquerda e os corpos
dos Inglêses tombam inertes atrás de um veículo.
- Cuidado ! - grita o lider dos soldados que nos socorreram - pode ter mais.
- Parece que estão fechando o cerco ! - Fala Erna se levantando - temos que re
tornar a base e nos prepararmos.
-Temos que fazer ronda até meia noite , pelo menos ! - fala o lider se aproximando
e nos observando - virão conosco para terem carona para voltar.
E assim embarcamos e ficamos rodando até as primeiras horas do dia 20 de
março de 1945. Então retornamos para o quartel. As ruas estão às escuras e o
povão parece receoso do que pode acontecer. Aviões de caça vasculham o céu
a procura de qualquer surpresa. Holofotes varrem o céu conjuntamente.
Chegamos no quartel e este está todo em alerta. Entramos e logo é feito um
relatório de tudo o que ocorreu conosco e com os soldados. Vou para a ala femi
nina do quartel e me encontro com Gerda Mende que está rindo descontraida
mente. Ao contrário de algumas que parecem bem apreensivas.
Depois de um belo banho, vou para minha cama improvisada no chão me deito
e fico um pouco pensativa e depois pego no sono.