Uma Rosa para Berlim - VALKYRIAS ESQUECIDAS IV

Ficamos todas mudas. Vejo um oficial Inglês entrar todo sorridente e ir em dire

ção a Gerda. Toca nos cabelos dela e cheira. Olho para os 5 homens com ele e pa

ra Gerda . Esta faz um sinal com um piscar de olhos e olho para fora. Dois homens

apenas. Gerda abraça o Inglês e o beija. Os outros soldados riem. Em um gesto rá

pido, Gerda toma a pistola dele e eu me lanço contra um soldado. Hertha ataca ou

tro e eu atiro no outro .

- Ninguém se move ! - gritou Gerda colocando a arma na cabeça do Inglês - ou eu

o mato agora.

Os dois soldados de fora correm e eu atiro no peito do outro. Todas correm para

a saida desesperadas.

- Não saiam ninguém ! - grito correndo para a saida - só após ordem e só quem

for lutar.

- Isso mesmo ! - disse Hertha abrindo a porta - haverá um combate ai fora e só

entrem na luta se pegarem armas.

- As armas ficam no delósito do armazém ! - gritu Valéria - posso levar todas pa

ra lá se nos cobrirem.

Rajadas começam a acontecer fora da vila. É a senha para corrermos atrás de

Valériaque nos levam até o armazém. Antes trocamos tiros com Canadenses

que estão perto do campo dos SS . Derrubamos todos pois, todos os soldados

restantes correm para defender a vila que está sendo atacada.

Tiros e mais tiros e os defensores aliados vão tombando pois, são atacados

por fora e agora por dentro. Muitos morrem e outros abandonam tudo. Eu e Gerda

corremos com um grupo de mulheres até o fim da vila e atiramos furiosamente

contra os aliados. SS tomam o blindado e fazem a faxina dando rajadas mortais.

Surge um pequeno caça no céu como resposta ao pedido de socorro de algum

soldado . O soldado do blindado mostra porque tomou ele e abate o caça com

rajadas certeiras. Comemoramos e um oficial da SS grita :

- Comam, levem comida e se municiem quem vai fugir.

Me junto ao meu grupo e vamos ao restaurante. Populares ficam rindo e nos aplau

dem muito. Comemos com um olho no prato e outro no horizonte. Aldeões tomam

conta do local enquanto almoçamos e fazemos nossa higiene.

Nenhuma tropa aparece e isso nos dá tempo para tudo. Depois o oficial supe

rior nos reune em dois grupos : O das mulheres, em número de 192 e o dos SS.

- Só há uma explicação para não aparecer ninguém ! - nos olha e depois para o

céu e parece contar seus soldados. Vira-se para todos.

-Estão nos esperando fora da vila ! - sorri e levanta dois dedos - seguiremos em

dois grupos : - sorri e nos olha - as mulheres seguem de um lado e nós da Waffen

SS seguiremos outro rumo e... boa srte a todos !

- Eu sigo com o grupo ! - disse uma aldeã se aproximando com outras mulheres

e está armada - perdemos nossas familias e queremos seguir para o lado onde a

a Alemanha luta.

- Qual é seu nome ? - pergunta o oficial.

- Maria Gundr ! - disse ela altiva. É alta de cabelos vermelhos.

- É uma guerra e você pode ficar na vila. Não farão nada a você.

- Quero lutar ! E se estávamos aprisionadas era porque estávamos envolvidas de

alguma forma.

- Boa sorte para você!

E assim as 158 garotas do galpão segue com meu grupo e os soldados da Waf

fen SS seguem outro rumo. Rumo desconhecido para mim. Nós seguimos pra o

leste sem parar durante a tarde toda. Andamos espreitando os montes feito cobra

e não fomos interceptadas por ninguém. Ao final do dia é quando escutamos tiros

de canhões ao longe. Sabemos que estamos chegando na retaguarda dos aliados

e na nossa linha de frente. O Reno ficou para trás. Escurece e nos acomodamos

nos escombros de uma cidade acabada e devastada por bombardeio. Ficamos

escondidas igual a ratinhas. Comemos o que carregamos e vamos descansar.

É o fim do dia 13 de março de 1945. Está fria a noite com barulho de guerra.