Uma Rosa para Berlim
- Revi , em pensamentos, todo meu passado ! - falo indo até a porta e olhando
para a rua. Arregalo os olhos ao ver Gerda Maria, Gerda Mende, Maria Klara Klaff
e minha tia Greta e minha prima Uta se aproximando.
- O que está acontecendo ? - vou para fora e as outras, curiosas, me seguem.
- Saidas da Alemanha fechada e só seu tio conseguiu. Com negociação ! - disse
Greta correndo em minha direção e me abraçando. Um abraço bem apertado.
Uta abraça a todas e corre para dentro.
- Então estamos ficando cercados ?- Pergunto espantada - Será nosso fim ?
- Teremod que lutar com todas as armas - Disse Greta entrando - vou entrar !
Entramos todas e nos sentamos. Uta bébe água e Greta abre bem as janelas.
- Estão ocorrendo abuso de autoridade e sexual por toda a frente aliada e Russa.-
Disse Uta me abraçando - você sabe muito bem o que é isso !
- Sei ! E gostaria que outras não passassem por isso ! - Respondo prontamente.
Gerda Mende e Maria Klara procuram comida e acham. E comem com vontade.
Passamos a tarde do dia 20 bem tranquilas e fazendo piadas de tudo e de todas.
A noite chega e ouvimos musica de Lale Andersen e umas músicas folclóricas.
Greta fuma um cigarro e eu bebo uma taça de vinho . Lale e Lili ficam olhando pa
ra o céu procurando algo. Nina Hübner lê um jornal velho e Marija escreve uma po
esia e sorri de vez em quando. Ina e Erna vão dar uma volta nas redpndezas .
Aviões sobrevoam Berlim e nós ficamos olhando . Então vamos dormir . Eu fico.
na sala, durmo no tapete. Demoro a pegar no sono e fico lembrando de tudo que
aconteceu comigo nos últimos 7 anos e vejo minhas amigas dormirem. Então
relaxo e durmo pois, já passa da meia noite e já é dia 21 de fevereiro de 1945.