Folhetim - Dorita - I

Nota: Vou divulgar um conto que escrevi, como é meio longo dividi em nove capítulos de pouco mais de trinta linhas cada. Nada sério, apenas mais uma banaquice de um veio metido a besta. Agradeço a quem se aventirar a ler o meu indigente folhetim. Abraço.

DORITA

Era no tempo dos coronéis de baraço e cutelo. O coronel Vicente Pereira casou com uma moça do sertão da Paraíba. Ela de dote só trouxe a charrete do pai, bem a que era muoto apegada. Era uma moça franzina mas muioto simpática e nela só apontavam um defeito: era braba que nem um siri. Dizem que foi isso que atraiu o coronel. Casaram e foram viver em Santa Marta, a terra docoronel, onde além de fazendas, ele era o chefe político, mandava e desmandava, dava as cartas e jogava de mão.

Foram muito felizes nos primeiros tempos. O coronel até arranjou uma espécie de cocheiro para a charrete de Dona Dora: Pachola, um negrinhoque era moleque de recados da sua casa.

Tiveram apenas uma filha: Dorita. Era uma menininha loura de cabelos encaracolados, a menina dos olhos do coronel. O parto de Dona Dora foi difícl, tiveram que levá-la para o Recife. O médico foi claro com o coronel: a mulher não podia ter mais filhos. Mas Dorita les bastava. Era a coisa mais importante da vida deles.

A menina foi crescendo normal, mas quando foi entrando na adolescência,começou a ter crises agudas de choro e rompantesmuito estranhos, inclusive alguns violentos. Ainda chegou a frequentar a escolamas era desatenta e nao tinha menor interesse nos estudos. às vezes ficava parada,distante,olhando para um ponto fixo. E volta e meia tinha acessos de raiva que metiam medo as professoras e às alunos.

Preocupados, o coronel de dona Dora levaram Dorita para os melhores especialistas da capital. O diagnóstico foi unânime e triste: a mocinha tinha esquizofrenia aguda e o problema só tendia a piorar. Não havia trtamento eficaz, chegaram a sugerior o internamento. Mas dona Dora discordou terminantemente. O coronel ficou desesperado. Era duro saber que sua única filha não tinha juízo. Aquilo era um castigo, pensou o coronel, devia ser uma represália divina contra as violências que ele cometera contra os adversários. Dona Dora encarava o problema por outro prisma: mesmo muito triste ela achava que Deus estava submetendo-a a uma provação. E aí foi que se agarrou mais à filha.

Continua amanhã, é como no tempo das novelas e nos folhetins dos jornais de antigamente. Chose de loque. Tchau

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 09/03/2016
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