A herança
Um poderoso homem rico havia falecido, e como testamento, deixou repartido toda a fortuna para os seus dois únicos filhos.
O primeiro: pegou toda sua parte correspondente a mesma, e construiu a muralha mais gigantesca e esplendorosa que aquele mundo um dia viu... porém, só não contava que toda a sua economia, agora; mal sobrara para fazer um barraco adentro de sua fortaleza.
Já o segundo, por sua vez, pegou toda a sua parte, e num terreno ao lado, construiu o palácio mais esplendoroso que aquele mundo um dia viu... porém, só não contava que toda sua fortuna, agora; mal sobrara para colocar um cercado em volta do seu castelo, sem portas.
...
No fim, o que era para ser considerado como os dois símbolos da
imponência, acabou se tornando: os dois símbolos da estupidez
humana... então, a herança acabou servindo, para a muralha ser o
cultivo dos matos, lacraias e cobras... e o castelo, invadido, se tornar
o verdadeiro palco de guerra entre todos os degenerados.