Uma Rosa para Berlim - Bombardeio 2

Mais aviões passam largando bombas e forças de

socorro obriga a todos os desabrigados e habitantes

locais a se protegerem saindo do lugar e indo para a

periferia onde é menos bombardeada. Levamos crian

ças no colo. Idosos são amparados. Vejo a artilharia

bem próxima abrir fogo na madrugada. Ficamos em

um galpão que tem uma equipe médica de prontidão

e atende todos os feridos. Só há povão ! Só há pesso

as que não tem nada a ver com a guerra . Inocentes

que mal sabem lêr , e incentes que mal se seguram

nas pernas. Outros mal sr lembram quem são.

- E agora ? - pergunta Marija - o quê faremos da vida?

- Vamos esperar o dia clarear ! - disse Ina ao lado de

Lale que limpa a ferida de uma adolescente - só isso!

Olho para fora e para o céu escuro e vejo aviões

despejando bombas ao longe. A artilharia responde.

Bombas começam a explodir por perto de novo e a ar

tilharia responde com rajadas de metralhafora anti-

aérea. Isso faz com que a aviação se afaste da regi

ão. Abraço um menino que procura a mãe desespe

radamente. Um berreiro só ! Um dos militares se a

proxima e dá um doce ao menino que não aceita.

- A mãe dele morreu soterrada ! - fala baixinho em

meu ouvido - mas tem outros familiares vivo !

- Adolf ! - grita um homem de uns 35 anos se aproxi

mando correndo. O menino corre de encontro a ele.

Ele pega a criança no colo e os dois choram abraça

dos. Ouço barulho de novas explosões e barulho de

canhões. O chão treme e deitamos no chão após o

alerta de um oficial.

- protejam a cabeça e rezem muito !- gritou ele.

Aos poucos diminui o bombardeio e o que se ouve

são apenas choro e grito de pessoas chamando ou

tras pessoas. O corpo médico bem ativo ! Saio andan

do pela rua em direção ao sul e só ouço lamento . Ve

jo militares averiguando tudo e depois se retirando.

Vejo casas demolidas. Vejo pessoas sendo socorri

das. Eu fico ali observando tudo. Ando de um lado

para outro e depois volto.