Uma Rosa para Berlim - Divagando .

Acordo pouco depois e fico pensando na vida.

Lale ainda está acordada e eu faço uma poesia ,

de cabeça e de repente e falo em vóz alta. Lale

fica ouvindo calada. As outras dormem.

No silêncio da noite louca,

Paira um mistério escuro.

Ouço uma vóz rouca ,

De um menino puro.

Ouço a vóz da criança,

Com a alegria juvenil.

Nela se traduz esperança,

E o soldado esquece o fuzil.

Quisera eu voar,

No pensamento do guerreiro.

A guerra poder parar,

E todos brincar no terreiro.

- Essa última nada rimou direito ! - riu Lili acordando.

- Ela é uma poetisa de mão cheia ! - disse Lale rindo.

- só se for cheia de erros !

Apenas ouço as risadas das duas e fico séria olhan

do para o teto. Me levanto de novo e vou até a cozi

nha e pego um copo e bebo água. Volto para a cama

e vejo as duas dormindo. Me deito e me cubro com

o lençol e em pouco tempo durmo.