O sonho e o crepúsculo
Fazia frio, naquela tarde chuvosa; havia pouca gente na rua; e um silêncio marcante naquele apartamento que deixava Paulo ansioso, e solitário ali ele começa a apreciar a dependência daquele local , embora tão acostumado aquela situação de solidão, aquela tarde tinha uma nova atração ao interesse de Paulo. E no centro da sala, um gato acomodava-se. Paulo sentia-se marcado pelo momento; e aquela história de vida não parecia-lhe interessante. Uma melancolia dominava-lhe a alma. E as horas passavam, como gota a gota da chuva que molhava a rua, Paulo avaliava a vida. Era a virtude perdida que mais machucava o seu presente, e o seu passado ainda não fora resolvido. E o gato continua imóvel. E ele sentado em frente a tv , não tem coragem de assistir ao programa que sempre passava naquele momento; Paulo achava um desperdício de tempo. E o tempo passava devagar. E chegou a tarde, vinha vindo sem pressa. E a esperança no futuro estava condenada. Porém, a noite chegou rápido. O sonho passou. Chegou a noite.