Uma Rosa para Berlim - Se acomodando
Este 11de novembro de 1940 parece ficar extra
nho. Ficamos naquele local por um bom tempo.
Lale retorna seguida de um grupo de soldados da
cozinha com um belo almôço. Este é posto na mesa
de madeira escura que tem no quarto. As cadeiras
estão ali e somos servidas. Lavamos nossas mãos
e retornamos ávidas para comer. Lale é a última a
sentar. Ela é alta . Tem longos cabelos trigados e tem
olhos verdes. Sorriso amplo e insinuante. Se senta.
- O quê ganhamos com essa mentira toda ? - pergun
ta Erna bebendo um pouco de suco.
- A vida de suas amigas ! - responde Lale olhando-a-
E agora não há mais o que fazer. Estão sob minha
custódia e meu comando.
- Por quê devemos confiar em bocê ?- Pergunta Erna
com ar de desconfiança.
- Porque ela sempre esteve comigo e com a Ina em
nossas bagunças e tentativas de fugas e punições.
Queria fugir conosco.- Responde Lili parando de comer.
- Incluir as 3 na situação deu sobrevida para nós ! -
Disse Lale bebendo seu suco.
- E qual o plano para nós ?- Pergunto sem olhar.
- Depois do almôço iremos para a minha casa ! - Disse
Lale ficando calada. Todas nós ficamos caladas.
Depois do almôço , todas fazemos a higiene e
depois acompanhamos Lale e embarcamos em um
jipe militar. Passamos pelo centro da cidade e chega
mos em um bairro classe média para pobre. A casa
é de tinta creme envelhecida. Uma casa ampla e bem
ventilada.4 quartos, sala, copa, cozinha e amplos ba
nheiros. Janelas grandes em todos os cômodos e a
sala bem arejada. Tomamos banho e nos preparamos
para descançar. A noite do dia 11 de novembro de 40
chega e ficamos na janela olhando a rua.
Chega um grupo de combata com um tenente e ele
entra e faz uma contagem de nós. Fala algo para Lale
e depois se retira com seus comandados.
Pouco depois Lale vai para o banho e, quando sai,
aparece com roupa bem da moda e toda serelepe.
E assim cada uma de nós faz o mesmo. Lale disponi
biliza roupa para cada uma de nós.