O ESPECIAL E A ESPECIALISTA
Conto de:
Flávio Cavalcante
 
     A história contada a seguir atinge os liames de duas vertentes duvidosas. Marcos tem aproximadamente trinta e dois anos de idade. Ele sempre foi um menino limitado desde cedo. Faz parte do grupo de pessoas especiais. Ele demorou para nascer e faltou oxigênio no cérebro. Deveria ser um parto normal mas devido a mãe ser marinheira de primeira viagem na hora do parto a dor fez com que ela trancasse a porta de saída da criança e a falta de oxigênio no cérebro do bebé fez com ele nascesse uma criança problemática. Aquele menino era especial por ser portador de deficiência física.
 
     Uma dia desses o encontrando em uma condução indo pra casa ele declarou estar bastante feliz. É dava pra perceber a expressão em seu rosto de não estar se aguentando de tanta felicidade. Ele disse com aquele ar sorridente.
 
     - vou ser pai... 
 
     Fiquei estarrecido pela condição especial que ele carregava.
 
     Parabéns... (respondi ainda sem entender).
 
     E no papo que foi desenrolando ele foi tirando o véu aos poucos e começou a contar que a mãe da sua namorada ainda não sabia que ia ser avó. Eu percebi um certo medo na pessoa pois lembrei que ele já havia falado da tal sogra anteriormente que ela já estava desconfiada que ambos jaziam namorando às escondidas. Eu entendi perfeitamente o lado dele depois que concluiu a sua história dizendo que a garota também era especial igual a ele já tinha três filhos com país diferentes. Com seria o quarto. É a felicidade dele era contagiante porque segundo ele ia ser pai de três e só tinha feito um. Aquilo deixou-me pensando por um determinado momento. Até porque ficou bem claro a especialidade é do rapaz. Um ser que é perfeito de sua propriedade mental a essa hora estaria preocupado em ter uma responsabilidade imensa com tão pouca idade. Mas não, Ele queria mesmo era arrumar uma maneira de ter que contar pra mãe da garota.
 
     Em conversa com um psicólogo ele até brincou com a tal situação dizendo que o rapaz comprovadamente era portador de alguma deficiência mental, Mas ela era especialista em fazer filhos e conhecer homens diferentes. Para este fim ela não era especial. 
     
     O aumento desenfreado dá população vem dessas irresponsabilidades. No caso desses jovens é inadmissível mas há uma justificativa. Vemos no país uma especialidade imensa de fazer filhos sem responsabilidade alguma. Naturalmente são adolescentes que vivem às custas dos pais. O que precisa nesse país é de uma boa educação e um controle de natalidade severo como em países e desenvolvidos. As leis sem sentido que o governo promove na intenção de uma futura reeleição é um incentivo para os irresponsáveis de plantão saírem da especialidade para grandes especialistas.
 
 
Flávio Cavalcante
Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 28/01/2016
Código do texto: T5526450
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