O VELHO E O BURRO - II PARTE - FINAL

A família de Pedro e Angelina era muito querida no local, pois era muito boa para com todos e sempre quando se reunia na pequena fazenda do Sr. Pedro Galdino fazia churrascos e convidava o todos os vizinhos para participar de suas alegrias. Todas as terças e sextas-feiras dona Angelina fazia um panelão de ensopado e distribuía para as famílias. E uma vez por mês eles traziam de Madalena cestas básicas para a população mais carentes. A vida em Ribeirinha era realmente muito pacata.

Certa vez, quando Sr. Pedro Galdino e Tonho, seu empregado de confiança, regressavam de Madalena, por volta das 17 horas, passaram por um VELHO E UM BURRO. A princípio não comentaram nada, muito embora acharam um pouco estranho aquele velho com o burro. Que caminhava em direção a Ribeirinha.

No dia seguinte logo ao amanhecer, quando dona Angelina começou a abrir as portas da mercearia, deparou-se com um burro em sua porta acompanhado de um velho, que parecia um mendigo. Aproximou-se do estranho e lhe deu um bom dia. O velho, cuja a face se escondia totalmente atrás de uma barba preta, permaneceu estático, sem dirigir o seu olhar para a dona Angelina, que insistiu em dar-lhe bom dia, porém. Sem sucesso. Meio Assustada, ela voltou para a mercearia e foi logo correndo contar a novidade para o seu marido e Tonho, que se encontravam tomando café.

_Pedro tem um velho acompanhado de um burro aí em nossa porta. _Disse Angelina.

_Trata-se daquele velho mais o burro que vimos ontem na entrada, patrão. _Disse Tonho.

_Eles estão aqui em nosso porta mulher?

_Sim Pedro. Dei-lhe bom dia e ele não respondeu e nem sequer olhou para mim.

_Vou até lá para ver de perto. _ E assim o velho Pedro foi até a frente da mercearia para ver o tal velho. Lá estava ele sentado ao lado do burro. Muitos curiosos já estavam se aglomerando perto do velho, que se encontrava ainda inerte diante dos olhares atentos de alguns populares. Sr. Pedro chegou e foi logo pedindo a todos que se afastassem dali e que deixassem o pobre do homem em paz. Aproximou-se do velho, que se encontrava sentado na calçada continuando a olhar para o infinito, sem esboçar qualquer tipo de reação, indagou-lhe sobre o seu nome, de onde viera, se queria alguma coisa, mas, tudo sem respostas. Pedro voltou-se para o interior da mercearia, falou com Angelina que lhe servisse um café com pão e desse algo para burro comer. Pois ambos pareciam estar com muita fome. Era um velho muito estranho, pois parecia ser mudo, já que tudo que lhe perguntassem, não dava nenhuma reação que estivesse entendendo. Mas, assim que fora lhe colocado o lanche matinal, depois que Tonho afastou-se da calçada, mais que depressa, o velho apanhou o pão e caneca de café com leite e começou a saborear com muita vontade, demonstrando que realmente estava com muita fome. E assim, com o passar dos dias, o velho com seu burro continuou tendo ajuda de Sr. Pedro e Dona Angelina, que lhes davam almoço e jantar e ainda por cima, traziam sempre para o burro as suas refeições diárias também. Mas, o velho continuava o mesmo, não falava, não sorria e nem esboçava qualquer tipo de reação, mesmo quando as crianças acercavam-se dele. Passou a ser um tipo de atração para Ribeirinha, que uma vez ou outra, tinha um circo ou um parque para distrair a criançada. Desta vez era o velho e o burro quem a distraía. As vezes era necessário que Sr. Pedro afastasse as crianças de perto do velho, pois parecia que elas o irritavam. Os dois filhos menores do Sr. Pedro, Carlinhos, que era doentinho e Michele, gostavam de ficar perto do velho e o burro. Ambos permaneciam horas perto deles. Era preciso Dona Angelina Colocá-los para dentro.

_Mãe, por que o moço não fala comigo e com Carlinhos?

_Perguntava inocentemente, Michele.

_Ele não gosta de conversa, filha.

_Mas, ele parece muito triste, não é mesmo?

_É, filha agora trata de ir lá para dentro com seu irmãozinho e deixe o velho em paz.

E assim, o tempo fora passando, passando.

Aproximava-se um fim de semana prolongado, onde todos os filhos do casal retornavam a Ribeirinha para ver os pais e irmãos. Quando reunia a família, era uma verdadeira festa. Ronaldo o engenheiro, foi o primeiro a chegar, trazendo a noiva paulista para todos conhecerem. Verona e o esposo chegaram com os outros irmãos, Pedro Jr., Telmo e Telma. Só faltava mesmo, a filha Camila, estudante de medicina, que se encontrava na cidade de Madalena à espera do pai, que fora com Tonho de pick-up apanha-la. Camila, toda de branco, estava realmente linda, pois os seus cabelos longos e sua pele alva, deixam-lhe muito sedutora.

_Lá está a minha doutora. _Disse Sr. Pedro para Tonho

_É mesmo patrão, em breve era estará formada. _Afirmou Tonho.

Então, todos ao se reunirem festivamente, se abraçavam, cantarolavam, enfim, tudo era somente alegria que geralmente, espalhava por toda Ribeirinha. Quando todos encontravam-se reunidos, em um bate-papo agradável, na hora do almoço, Dona Angelina, Levantou-se:

_Bem, agora vocês me desculpem, mas tenho que ir lá fora tratar do meu novo filho.

O espanto foi geral, pois ninguém soubera ainda do velho e o burro, que encontravam-se do lado de fora da mercearia. Foi preciso Sr. Pedro falar a respeito do tal velho e suas esquisitices. Todos caíram na gargalhada, menos Camila, que curiosa, foi atrás da mãe para conhecer o tal velho. Ao vê-lo, ficou ainda mais curiosa, pois só o fato dele estar ali já a um bom tempo, sem falar com ninguém, sem rir e sem esboçar qualquer tipo de reação, era realmente um fato inusitado.

_Boa tarde moço. _Foi logo comprimentando o velho.

Ele, com o olhar perdido para o horizonte, como era de praxe, nem sequer olhou em direção de Camila. Foi aí, que a jovem estudante de medicina, abaixou-se e começou a lhe fazer perguntas olhando bem dentro dos seus olhos.

_Fale, comigo, de onde o senhor veio, sou Camila, filha do Sr. Pedro, como o senhor se Chama?.

_Vamos, fale comigo. _Insistia ela.

Mas, Apesar de todas as tentativas de querer que o tal velho falasse com ela, vira que fora em vão. Afastou-se para que ele pudesse almoçar, pois enquanto tivesse gente por perto, o velho não apanhava a comida deixada para ele. Assim disse sua mãe.

_Muito estranho esse velho, mãe. _Falou Camila a sua mãe.

_Já estamos acostumados com ele, filha. Toda tarde ele pega o burro e vai para beira do rio grande para tomar um banho. Volta, depois eu deixo a janta deles. A rotina de mais de um mês tem sido esta, mais nada.

Mas, para a jovem aquilo tinha mais alguma coisa que chamasse-lhe atenção. Enquanto todos na casa iam jogar baralho, conversar, ver outras coisas, a jovem Camila permaneceu o tempo todo observando o velho, que continuava sentado na calçada olhando para o infinito. Nos dias seguintes, a mesma coisa.

_Filha, eu acho que você está perdendo o seu tempo com o tal velho. _Dizia-lhe o seu pai.

_Não, pai, eu acho que há um verdadeiro mistério na vida desse velho. Ele deve estar precisando de muita ajuda. E tenho quase certeza de que ele não é tão velho quanto aparenta.

_Deixe isso tudo para lá, filha. Venha, vamos nos divertir com seus irmãos. _Volto a lhe dizer o seu pai.

E assim, terminaram os dias do feriadão. Todos teriam que retornar para as suas atividades. Mesmo assim, na hora da partida, Camila foi até ao velho para despedir-se:

_Gostaria tanto que o senhor se abrisse para mim. Sei que precisas de ajuda. _Disse Camila.

_Eu tenho que voltar para minha faculdade, mas prometo-lhe que em breve voltarei. Espero tornar a ver-te e o burro. Me aguarde. _Findou Camila.

Foi nessa hora, que o velho olhando bem nos olhos da jovem, pela primeira vez, esboçou-lhe um sorriso, como se realmente estivera precisando de ajuda. Com isto, Camila saiu toda feliz para entrar na pick-up que a levaria de volta para a cidade de Madalena, de onde ela partiria para a cidade de Pedreira, onde estudava medicina. A vontade da jovem era ficar ali e conseguir apurar mais alguma coisa além daquele seu sorriso de esperança. Partiu olhando para trás.

Com o decorrer do tempo, toda semana Camila escrevia para os seus pais e nas cartas que enviava, sempre procurava saber do velho e o burro. O tempo passou. Vieram as férias escolares. Camila, que tirava sempre uns dias para conhecer novos lugares, nessas férias, resolveu ficar o tempo todo em Ribeirinha, pois só assim, procuraria ajudar o tal velho. Mas, infelizmente, para a família Galdino, aconteceria o pior, pois a doença do seu filho Carlinhos, agravara-se.

Durante alguns dias, internado em Madalena, os médicos disseram que seu caso era extremamente grave e que infelizmente, o garoto iria falecer. E assim, aconteceu. Foi uma perda irreparável para toda a família. Todos os irmãos compareceram e o povo de Ribeirinha deu o maior apoio ao Sr. Pedro e Dona Angelina. No cemitério, quando estavam dando o adeus a Carlinhos, Camila, que também encontrava-se inconsolável, sentiu algo estranho no ar. Quando ela olhou ao redor, viu, afastado de todos os presentes naquela cerimônia fúnebre, o velho e o burro. Com o coração cheio de dor e pesar pela morte do irmãozinho, ela saiu em direção ao velho sentindo que teria o apoio daquele estranho ser, que por diversas vezes tentara conquistar a sua amizade. Dirigiu-se até ele, mas, vendo que todos olharam para trás, o velho tratou logo de ir-se embora. Camila compreendera o seu gesto, mas, sentiu-se feliz com a sua presença. E aí, nos dias seguintes, apesar da dor no seio da família, a vida voltaria ao normal para todos. Camila, por mais algumas vezes tentou se aproximar do velho, mas ele continuava estático, muito embora o seu olhar para ela era de amor, de carência afetiva ou de quem necessitava de uma ajuda muito grande. Camila teria que retornar aos estudos, pois aquele seria seu último semestre. Voltou a despedir-se do velho e o burro. Sentiu que ele cada vez mais parecia-lhe querer falar algo. Mas, continuava o mesmo, o seu semblante era, ainda, de muita insegurança. Mais uma temporada se passou.

As formatura dos filhos do casal Pedro e Angelina aconteceram. Camila, já médica, com a ajuda do pai, montara um consultório em Madalena. Telmo, já aspirante do exército, iria para o interior de São Paulo. Telma, que se formara em professora, continuaria perto de seus pais até que tivesse uma oportunidade de fazer um concurso para o estado de Minas. Pedro Jr., já arranjara um emprego no banco da cidade de Madalena. Enfim, todos já estavam encaminhados na vida. Certo fim de semana, no intuito de fazer um encontro de toda a família, Sr. Pedro realizou um grande almoço. Foi esse dia, em que todos encontravam-se reunidos, que Ronaldo, o seu filho mais velho, vindo de São Paulo, veio com uma notícia:

_Vejam só que nota interessante desse jornal da cidade de São Paulo:

“MILIONÁRIO DESAPARECIDO HÁ MAIS DE DEZ ANOS, NÃO DA SINAL DE VIDA”.

_Leu em voz alta.

Tratava-se de um milionário, MARCELO, cujo pais se envolveram numa tragédia passional há algum tempo. O jovem, segundo a notícia do jornal, filho único do casal de empresários, estudava em Londres, na Universidade de Oxford, quando seu pai assassinara sua mãe e em seguida suicidara-se. A tragédia se dera há mais de dez anos e segundo a nota, o jovem Marcelo, que contava apenas com 25 anos ficara totalmente transtornado com o fato de perder os pais de forma brutal. Fora um crime passional.

_Não é realmente incrível esta história, gente?

_Disse Ronaldo, depois de ter lido a reportagem.

_Isto prova de que o dinheiro não traz felicidade.

_Fez a colocação o senhor Pedro Galdino.

Todos que se encontravam na sala e que ouviram a narrativa de Ronaldo, não perceberam a cara de espanto que Camila fizera ao prestar atenção na história da tragédia que abalou a cidade de São Paulo há 10 anos atrás. Camila pegou o jornal para reler a história, pois nela lhe parecia pessoal. Enquanto outros assuntos surgiram no papo pessoal, a jovem doutora levou para o seu quarto o jornal que continha o relato da tragédia. Depois de ler e reler, ela teve uma intuição de que o tal milionário desaparecido pudesse ser o velho que ali em frente do prédio de seu pai encontrava-se alojado há mais de um ano.

Ela pensou de que maneira poderia descobrir esse mistério. Mas, naquele dia ela conteve-se, não falou para ninguém da sua suspeita. Voltou para a sala onde encontrava-se o restante da família e continuou com o bate-papo. Depois, como era de praxe, foi até ao lado de fora e continuou a querer conversar com o velho, que apesar de gostar de vê-la sempre, não respondia a nenhuma de suas perguntas. Desta vez, Camila fora procurá-lo, não para perguntas, mas, sim, para observa-lo melhor. Olhou, olhou bem para sua face oculta pela espessa barba preta e depois de algum tempo, sem nada comentar, afastou-se e entrou para sua casa. Mas, em seu coração, nenhuma dúvida, o velho não era tão velho assim e o mistério que ele carregava consigo, poderia ser uma tristeza profunda ou até mesmo o de uma tragédia. Camila iria averiguar e por isso mesmo a ansiedade tomara-lhe conta naquele domingo. Para ela, o jovem milionário MARCELO, era o “velho” por quem ela tivera uma afeição muito grande desde que o conhecera.

Na Segunda feira, a jovem doutora passou o dia inteiro telefonando para São Paulo, mais precisamente para a redação do jornal que fizera aquela reportagem do milionário que desaparecera. Perguntando dali, indagando dali, ela acabou sabendo muitas coisas a respeito da história de Marcelo. Ela ficara sabendo que o jovem Marcelo fora visto andando como um maltrapilho nas estradas da periferia da capital paulista. Ficara sabendo também de que o jovem fora taxado como maluco por ter sido visto, um mês depois da morte de seus pais, chutando lata na Praça da Sé, no centro de São Paulo.

Mas, o fato que ela apurou e que a deixou mais convicta e esperançosa, foi o de que um jornal de uma cidade do interior paulista fizera uma foto de um mendigo puxando um burro pela estrada e que suspeitavam ser aquele mendigo, o tal milionário sumido. Mesmo sem nada ter sido comprovado e a reportagem do pequeno jornal não ter dado ênfase àquele fato, Camila, muito emocionada, depois de vários contatos com os jornalistas do jornal paulista conseguiu deles, através de fax, tudo que ela queria saber a respeito do caso. A jovem médica agiu como uma verdadeira detetive . Tudo isso não levou uma semana de investigação. De posse de todos os dados necessários, e levou para sua casa, sem falar com ninguém, estudou o caso minuciosamente. Com a certeza de que o tal velho, que não era velho, que se encontrava ali com o seu burro, era mesmo o Marcelo, o tal milionário desaparecido, ela muito emocionada foi logo ver o “velho e o Burro”.

Como Sempre, ela chegou devagar perto do velho, fez as mesmas perguntas, e mesmo sabendo de que ele era irredutível em suas atitudes, ou seja, limitava-se somente em olhá-la, Camila continuava insistindo em suas perguntas. Mostrando-se um pouco cansada, já aproximava-se o anoitecer, ela simplesmente, ao despedir-se, disse a ele:

_Bem, já que você não quer se abrir para mim, vou-me entrar, até amanhã, MARCELO.

Ao se despedir daquela maneira, chamando-o de Marcelo, ela pode observar a reação espantosa que o suposto velho ficara. Mas, sem se dar por entendida, sorrateiramente, ela entrou para sua casa. Para Camila não restava nenhuma dúvida, o velho era o milionário desaparecido. Continuando a omitir de todos os irmãos e até mesmo de seus pais, o que ela ficara sabendo, foi dormir tranqüila na certeza de que no dia seguinte tudo seria esclarecido.

Ao amanhecer, antes mesmo de tomar café matinal, a jovem correu em direção ao local que o velho e o burro se instalara, e para sua decepção, eles não se encontravam no local. Desesperadamente, ela foi procurar o seu pai:

_Pai, o senhor viu para aonde foram o velho e o seu burro? Perguntou com os olhos cheio de lágrimas.

_Não vi não, filha, pois nem fui levar o seu café hoje. Respondeu o pai.

_Vou perguntar ao Tonho se ele viu para onde eles foram.

Tonho, que vinha chegado da rua naquele instante, dissera também que não vira ele e até estranhava o desaparecimento deles, pois nunca acontecera deles saírem dali. Camila, inconsolável, começou a procurar desesperadamente pelas rua de Ribeirinha e nada, pois ninguém sabia dizer o paradeiro do velho e o burro. Tonho com a autorização do patrão, Sr. Pedro Galdino, pegou a pick-up e rodou toda a região à procura do misterioso velho. Voltou, já bem tardezinha, mas, sem qualquer notícia alvissareira para Camila. E os dias se passaram. E nada de notícia do velho e o burro. Camila, muito triste, chegara a ficar até doente. Depois de alguns dias, ela retornou para o seu consultório, pois já havia mais de uma semana que não vira Marcelo. Ela começava a se culpar, pois achara que não soube falar direito, por isso mesmo ele pegara o seu burro e partira para outro itinerário. Como estariam eles? Perguntava a si mesma.

Um mês depois, quando se encontrava no final do expediente, Camila se preparava para ir para sua casa. Ao fechar a janela de sua sala, que dava de frente para a praça que havia em frente ao prédio, para seu espanto, quem ela vê olhando para direção de sua janela:

O VELHO E O BURRO. Desesperadamente, ela desce a escadaria do seu prédio, corre em direção ao velho, Gritando em voz alta:

_Marcelo, Marcelo! Por que fizeste isto comigo?

Os dois se abraçaram muito, e sob os olhares curiosos dos populares que ali se encontravam e que não entendiam nada do que estava se passando, continuaram a se abraçar e se beijar. Camila, loca de alegria, puxou Marcelo pelas mãos e foram para o final da praça, em um local com menos movimento, onde puderam conversar tudo que precisavam saber. Descobriram que estavam apaixonados e que aquele amor serviria para reintegrar o jovem Marcelo na sociedade. Depois de muita conversa, Camila pediu-lhe que deixasse o burro por um instante com alguém e a acompanhasse até um salão para cortar o cabelo e a barba, e depois irem até uma loja para comprar roupas novas para recomeçar a vida ao seu lado.

FIM

pauloromano
Enviado por pauloromano em 01/07/2007
Código do texto: T548612
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