908-EMILIO SALGARI-Mini-biografia
Escritor italiano, nasceu em Verona em 1868. Suas viagens por mar se limitaram a curtos períodos de navegação, na juventude, em um barco-escola, quando prestou serviço a bordo de um navio mercantil que navegava pela costa Adriática (da Itália) e pelo Mar Mediterrâneo. Mas este curto período foi o suficiente para alimentar um das mais férteis e sugestivas fantasias da literatura mundial.
Nessa ocasião começou a escrever poesia e curtas histórias (relatos de viagens). Assim iniciou sua carreira literária de sucesso mas atormentada por problemas pessoais. Os cenários dos romances de Salgari são os oceanos e a natureza de lugares distantes e selvagens. O coração pulsante da narração é a ventura, que coloca sua obra ao lado de outros grandes clássicos da narrativa de aventuras que despertaram a fantasia de noves leitores ao redor do mundo: Mark Twain, Rudyard Kipling, Herman Melville.
Seu primeiro trabalho publicado é um conto em 4 partes: Os Selvagens de Papua, escrito em 1888 e publicado em um semanário de Milão. Sua primeira novela completa, escrita em 1887, é A Favorita de Mahdi. Com ela, inicia sua impressionante produção de romances de cerca de 80 títulos. O Personagem mais importante criado por Salgari é, sem dúvida, Sandokan, “O Tigre da Malásia”, que aparece a partir de 1883, em um jornal de Verona.
De sua obra destacam-se alguns “ciclos temáticos”, como Histórias da Jângal, Os Piratas Asiáticos, Os Corsários do Caribe, Aventuras nas Pradarias Norte-Americanas.
Seus livros se caracterizam pela simplicidade dos personagens e ação movimentada, aspectos que irão renovar a literatura juvenil. Entre sua vasta produção literária, se destacam:
Os Mistérios da Jângal Negra (1892)
A Cimitarra de Buda (1892)
O Barco Maldito (1894) O Rei da Montanha (1899)
Drama no Pacífico (1895) Os Piratas da Malásia (1896)
O Corsário Negro (1898) Os Tigres de Mompracem (1900)
Aventuras Entre Peles Vermelhas (1900) Sandokan, o Rei dos Mares (1906)
O Leão de Damasco (1910) AS Maravilhas do Ano 2000 (1910).
Salgari escreveu cerca de 80 novelas e uma centena de contos.
Devido às penúrias econômicas e a uma série de desgraças familiares, sua vida terminou tragicamente. Em 1910, o estado de saúde de sua esposa Aida (ou Ida) Peruzzi se agravou e Salgari tentou se suicidar. Abalado pela morte de sua mulher Ainda, suicidou-se (como havia feito seu pai em 1889 e fará seu filho em 1931) nas proximidades do Vale de San Martino, com uma facada na barriga, em 1911. Tinha então 43 anos.
ANTONIO GOBBO – BHORIZONTE, 21/OUT/2005
CONTO # 908 DA SÉRIE 1.OOO HISTÓRIAS
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