MAL-ENTENDIDO

Certa vez o filho de um agropecuarista sertanejo do interior nordestino foi estudar numa grande capital, e depois de ser aprovado no vestibular, a cada período que concluía na sua universidade, enviava uma carta para o seu pai, dizendo: “Papai, acabei de pagar mais tantas cadeiras (dizia de acordo com a quantidade de disciplinas que ele concluíra na faculdade)”. Só que o seu pai não sabia que em termos de cursos acadêmicos ou universitários, cadeira também era sinônimo de disciplina e matéria, (e pagar significava também cursar, concluir), e, então, pensava que se tratasse de cadeira como assento; portanto, depois de inúmeras cartas recebidas do filho com essas mesmas palavras, o pai, sério e meio aborrecido, perdeu a paciência e enviou a resposta: “Meu filho, pelo amor de Deus pare de quebrar as cadeiras aí na sua escola, porque além da mesada eu não vou ficar enviando mais dinheiro para você ficar pagando essas tantas cadeiras que você sempre quebra aí! Você não era assim!”.

Mas, na realidade, o que houve foi um mal-entendido.

Edimar Luz
Enviado por Edimar Luz em 15/11/2015
Reeditado em 15/11/2015
Código do texto: T5449724
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.