___________________________________AÇAFRÃO
Ancorou o barco, bateu os pés na água, seguiu de caminhar na areia. Em mãos um bilhete com uma única palavra - açafrão -.
Sentou-se... tomou alma vindo da maresia, sussurrou alguma coisa muito dolorida e continuou o seu silêncio masculino, olhos pousados no bilhete, peito oxidado pela vida.
Sobrevivia, então, cético de todas as coisas. Mas não podia deixar derramar uma só lágrima sobre aquele pedaço de papel. Era tudo que lhe restara - açafrão -.
Molhou a mão de lágrimas... as vozes subiram como sorrirsos em sua cabeça. Memória de minutos antes de ter nascido a palavra.
- Lembre-se! - disse antes de lhe entregar em mãos a única coisa que lhe pedira naquele fatídico dia.
Tornou-se aquele instante - portas fechadas para o mundo à beira daquele bilhete - o seu único momento de alegria... desde então.
Sentou-se... tomou alma vindo da maresia, sussurrou alguma coisa muito dolorida e continuou o seu silêncio masculino, olhos pousados no bilhete, peito oxidado pela vida.
Sobrevivia, então, cético de todas as coisas. Mas não podia deixar derramar uma só lágrima sobre aquele pedaço de papel. Era tudo que lhe restara - açafrão -.
Molhou a mão de lágrimas... as vozes subiram como sorrirsos em sua cabeça. Memória de minutos antes de ter nascido a palavra.
- Lembre-se! - disse antes de lhe entregar em mãos a única coisa que lhe pedira naquele fatídico dia.
Tornou-se aquele instante - portas fechadas para o mundo à beira daquele bilhete - o seu único momento de alegria... desde então.