Mil e duas faces de Maria Sílvia Campoamor Sales, née Valdilene dos Santos (Mauro Gomide)
“Sem dúvida, a mulher mais espetacular que eu já tive o prazer de levar para a cama – embora ainda não saiba, com certeza, quem seduziu quem: meu amigo, olhe só para mim! Também não sei bem qual era a situação dela: na primeira vez me pediu dinheiro – bom, 'disso' eu entendo bem, então pensei que havia entendido 'tudo' – mas teve ocasiões em que bancou jantares no Dracon e shows quase exclusivos na Zimbabwe Blue, onde ficávamos escondidos nos reservados, ouvindo a música, entre outras coisas, entende?... Quanta saudade daquele tempo! Depois voltava a me pedir ajuda, às vezes, quantias significativas, em outras, apenas a gorjeta do manobrista – pois é: para Maria Sílvia era questão de honra dar gorjetas, mesmo que estivesse ou ficasse sem um tostão furado. E teve a última vez, quando me deu este alfinete de gravata. É uma esmeralda colombiana, amigo, uma trapiche! Ela disse “para não esquecer os meus olhos”, e que combinavam com minha 'performance superior'. Olhe bem para mim, meu amigo: você acreditaria que já estou perto do setenta? A genética ajuda, mas eu me cuido: academia todo dia, nada de glúten nem lactose, uma taça de tinto antes do almoço... Abdiquei dos charutos, também. Com tanta concorrência dos mais jovens, temos mesmo é que nos cuidar, muito embora nesse jogo a experiência conte muito, concorda? Ah, meu amigo, meu amigo, que saudade daqueles olhos!”