Um conto de Manuela Piaz

Olhos expressivos, da cor do céu e do mar, cachinhos de cobre dourados, graciosa pequenina estrelinha do mar.

Prazer, sou Manuela Piaz. E este é meu barquinho, Francês, disse a garotinha.

Hoje o movimento aqui está meio fraco, o passeio custa apenas dez reais. Quem vai querer?!

O passeio sairá daqui a meia hora, senhor.

E assim, na hora combinada, lá estavam todos os que pagaram pelo passeio a embarcar.

A viagem de barco embarca a gente de uma forma, que nos fazemos mar, em alto mar.

Todos a postos, saiu o barco em alto mar.

Não era preciso levar muito, apenas os olhos a observar, dissera Manuela.

E assim fora.

Essa embarcação é diferente, no centro havia um vidro que dava acesso ao fundo do mar, vimos diferentes peixinhos e diversas espécies marinhas.

As ondas em seu vai e vem trazia o que vinha e levava o que ia.

Havia uma troca de emoção tamanha que quem embarcava sem sentido achara o segredo nas ondas que o trouxera.

Este era o barquinho de Manuela, o barquinho de papel que criara asas.

Afinal, um conto é a arte do encanto.