Uma Rosa para Berlim - Pomerânia 3

Chega na sala um senhor alto e forte de cabelos grisalhos. Faz sinal para sen

tarmos por ali e então fala:

- Estou aqui para posicioná-las sobre o que deve ocorrer aqui.- passa as mãos nos

cabelos - vocês aprenderão sobre o futuro que será das mulberes. Que queremos

passar da era da fissão , masculino, explosão , para a era da fusão , criação , femini

no. Vocês mulheres tem muito poder e não sabem. Aprenderão sobre o Vril , Thule,

Sociedade secreta e Doutrina Secreta.

Olho aqule homem falando formalmente sobre assuntos oculto . Lembro muito bem

daquele 15 de outubro de 1940 e volto às primeiras horas do dia 18 de fevereiro de

1945 e me vejo ao lado de Marija e Erna.

Depois de um breve intervalo de tiros, aviões russos voltam a atacar e saimos

correndo ladeira à baixo e escapanfo de rajadas fulminantes. Paramos atrás de

uma pedreira de entulbos de destróços e esperamos. Começamos a marcha da

volta ao acampamento. Vemos alguns Panzer que avançam com ferocidade e em

pouco tempo chegamos no que era o acampamento. Muitos feridos e, entre eles a

Áine e Uta. Vejo Greta nervosa e gritando feito louca.

- vamos sair daqui correndo ! É o fim de quem ficar !

- Calma ! Calma! - a abraço e a acalmo. Ela chora convulsivamente.

- Retirem elas daqui ! - grita um oficial.

Então somos retiradas do local com todos os feridos.

Ao amanhecer saimos do hospital com Greta dando gargalgadas. Armou tudo.

Pouco depois Greta telefona e fica muito alegre.

- O que houve? - pergunto saindo do banho enrolada na toalha.

- Ruth conseguiu passaporte para mim e para Uta...Iremos para o Brasil !

- leve Áine com vocês.

- vou tentar para todas nós !

- Esqueça para mim! -grito - não saio da Alemanha !

- parecendo Gerda e Maria Klara.

- Onde estão elas ?

- Estão vindo com Ruth ! Estão trazendo o almoço.

Entro no quarto e visto um vestido verde e saltos altos. Me olho no espelho e me

acho bonita, apesar da batalha que ocorre na Pomerânia. Vou para a sala e vejo

Gerda, Maria Klara e Ruth chegarem com embrulhos de comida.

- Quanto tempo , heim! - eu grito correnda para abraçá-las uma a uma.

- Soube que você teria morrido , mais uma vêz, no final de janeiro!- disse Gerda.

- Eu e Marija passeávamos meio de espiãs no sul da Alemanha para estudar os inimi

gos quando, fomos surpreendidas por um comando Americano e eu fui presa e

trocada dias depois. Marija fugiu.

- É ! - disse Maria Klara - enquanto passeavamos...

Nos abraçamos todas e depois almoçamos.

Depois Ruth mostra os planos de saida da Alemanha. Eu, Erna, Marija, Maria Klara

e Gerda não aceitamos deixar o pais.

- Meu pai abriu a porta de saida para nós e devemos ir .- disse Ruth preocupada. -

Isso aqui poderá se transformar em um inferno !

- Prefiro morrer aqui ! - disse Erna olhando para mim.

- Eu também ! - falo segurando a mão de Erna. Maria Klara , Marija e Gerda se jun

tam a nós duas. As outras compreendem e se despedem de nós. Abraço Áine bem

forte. Tão forte que parece que nào a verei nunca mais. O mesmo ocorre ao abraçar

Uta , Ruth e minha tia Greta. Parece que é uma despedida definitiva. Erna chora e

Maria Klara também chora. Marija e Gerda escondem o rosto.

- Vamos sair daqui , Nina !- disse Ruth muito brava - vamos embora !

- Prefiro morrer aqui a viver em outro lugar - falo chorando - respeito vocês!

- Te respeito por isso ! - disse Greta me abraçando.

Então pego minha roupa velha e saio da casa. Erna, Marija, Gerda e Maria Klara

me seguem e andamos pela rua olhando o céu do dia 18/02/45