Uma Rosa para Berlim -Operaçào Ravensbrück 2

1/10/40 . Chegamos em Ravensbrück e somos apresentadas na direção.

Um coronel se apresenta fazendo a saudação usual.

- Heil Hitler !

- Heil Hitler ! - respondemos de pronto.

- Sou o Coronel Rainer e responsável pelo setor !

- Sou Maria Klara Klaff. Responsável por esse grupo que apresento.

Ela estende as papeladas e ele verifica cada uma delas. Balança a cabeça positiva

mente e as coloca em uma gaveta. Se levanta bruscamente e faz sinal para seguir

mos ele. Nos leva para o campo onde estão as mulheres em trabalho. Me dá um

arrepio e o Cel Rainer percebe e ri. Nos leva por todos os setores e então fico pálida

quando vejo Ruth com Isis e Vera e várias garotas que combateu comigo. Uma lá

grima escorre de meu olho direito e minhas amigas ficam com olhos petrificados.

- Está com peninha delas ? - e segura meu rosto com força apertando-o com vonta

de e sadismo - e me aplica um tapa. Começo a chorar enquanto as outras empalide

cem com a situação. Olho para Ruth que me olha com desaprovação.

- Vamos até meu escritório ! - disse virando-se para voltar - a menininha ai é sensí

vel com a situação. Sai rápido e eu dou uma última olhada para Ruth. Sigo o grupo

que é ladeado por homens fortemente armados. Chegamos ao escritório dele.

- Sua irmã ganhou liberdade pelo serviço que nos presta ! - disse o Cel Rainer se

sentando e olhando para Maria Klara. - espero que contróle sua amiga ai ! - e aponta

para mim.

- deixa comigo, Cel Rainer ! - disse Maria Klara com ar seguro.

- já é de noite . Vão para o alojamento de vocês e se preparem para jantar!

- sim, senhor! - fala Maria Klara.

Saimos do local s fomos para o alojamento. Jantamos, tomamos banho e dormi

mos em seguida . Demoro a dormir. Acabo pegando no sono.

Manhã do dia 2 fomos colocadas diante das prisioneiras para guiá-las a seus

respectivos serviços. Encontro Ruth no setor de costuras.

- Vamos tirá-la daqui ! - falo baixinho no ouvido dela.

- chorando assim você vai acabar entre nós ! - disse ela bem séria - Maria Klara

já converçou comigo e precisa das chaves.

- qual o plano ?

- armar uma bagunça em algum setor para chamar a atênção do pessoal e então

pegar as chaves.

- não me disse nada sobre isso !

- está com planos e é só dela !

- saia de perto que estão olhando.

- já percebi. - saio dali e caminho entre as prisioneiras. O dia passa bem rápido

com vários afazeres e constrangimento. Vejo situação desumana em todos os

lugares e aquilo me dá nojo. O cel Rainer observa de longe e manda, com um sinal,

que me vigiem.

No dia 3 estamos em campo aberto e vejo Maria Klara conversar com Vera.

O dia passa rapidamente e vou para meu alojamento e vejo Erna, Marija e Gerda

com ar cansado e desanimada.

- o que está acontecendo ? - pergunto me sentando perto delas.

- a situação é muito esquisita ! - disse Marija triste - muita maldade !

- Klara tem planos e pretende levá-lo à cabo amanhã! -disse Gerda me olbando.

- nem adianta perguntar que ela está muda feito pedra e muito confiante! - disse

Erna olhando para o chào. As três se entreolham denunciando um complô do qual

não posso participar. Minha intuição diz que vou me ferrar pous, o plano é delas e

nada sei. Isso pode me prenudicar na açào. Emudeço e vejo Klara entrar na sala e

me abraçar.

- O Coronel te chama .- disse ela olhando para as outras. Me retiro desconfiada.

Eu estava certa pois, assim que saí , Maria Klara conversa com as três:

- como disse, o tio dela vai ajudá-la a sair da enrascada em que a meti.

- Podem matá-la! - disse Erna preocupada.

- Deixei bem claro que devem conversar com o tio dela antes de tomar qualquer

decisão drástica. Vão surrá-la mas,...será o momento para eu agir.

Caminho até o escritório e entro sem bater pois, a porta está entreaberta.

- chamei seu tio aqui , Nina ! - disse ele me olbando com um sorriso enigmático .

- por quê ? - pergunto curiosa.

- tenho planos para você e quero a aprovação dele.

- Obrigado !

- Tem algo para me falar sobre as prisioneiras?

- nada ! - falo enfática.

- conhece alguma delas ?

Meu sangue congela e fico muda.

- conhece alguma dela ? - repete a pergunta me fixando com um olhar de fúria.

- não ! - observo que ele não acredita.

- vá dormir que amanhã será um longo dia ! - e faz sinal para eu sair.

Saio e vou direto para o alojamento. Encontro as meninas acordadas.

- o coronel desconfiou de mim ! - disse ao entrar.

- Eu sei ! - disse Klara me olhando - me arguiu e mandei conversar com seu tio.

- se cuida , amanhã ! - disse Marija com ar triste.

Erna vira-se e procura dormir. Está calada.

Gerda deixa algumas lágrimas escorrerem e Klara a consola. Me deito e durmo.

Termina assim o dia 3/10/40