Madrugada (Parte 2)
Como amante das memórias e esposa do presente, minha mente insiste em reviver o passado. Tentei enganar duas pérolas em uma só noite, mas sabe não rolou, foi difícil admitir a mim mesma que o medo perscrutou meu corpo, tentei enganar, mas não enganei e no final fui enganada de tanto querer enganar o que não se enganava. Nem lembrei que a primeira madrugada entregou a verdade, quando me vir diante da realidade recebi um choque de maldade, o seu olhar fixo em mim como o engatar de duas almas, se eu soubesse ler seus olhares, gostaria de saber o que o último antes da melodia quis falar-me, são detalhes que não se nega, são brados em versos límpidos, são pensamentos fora de si, são verdades que vem de mim.
Ta na memória.