Uma Rosa para Berlim - De volta ao lar
O dia vai passando e mais tarde almoçamos no quarto e antes do anoitecer
ouvimos grito de uma mulher. Vamos até a porta e por incrível que pareça está
aberta e sem soldados de vigia. Saimos e vamos andando pelo corredor e vemos
uma jovem sendo interrogada. Apanha de um oficial.
- Não tenho nada a falar ! - grita ela - não sou inimiga de Estado !
- Nikka ! - disse Erna entrando na sala - O que querem com você ?
- sei lá ! - disse ela se levantando - fala para eles que não sei nada de atentado !
- Que atentado ? - pergunta Erna indo até ela sem ser impedida.
- Está liberada !- disse o oficial indo até a mesa - estavamos investigando um caso
de atentado em Bonn e ela era suspeita mas....não tem nada com isso ! Fora !
- Fora ? E minha passagem ? Estou sem dinheiro !
- Vá para minha casa , Nikka ! - disse Erna abraçando-a.
- Aproveitem e vão juntas ! Estão liberadas !
- Liberadas ? - pergunto espantada .
- Recebi ordens para liberá-las até serem chamadas de volta ao quartel.
Pulamos de felicidade e nos abraçamos. Puxamos Nikka conosco e voltamos ao
quarto onde pegamos nossos pertences e saimos correndo do prédio. Então paro
e fico meia triste e falo.
- O pior que não sei onde está minha tia pois, a casa de meu tio foi derrubada. E a
minha foi tomada pelo governo.
- Vamos todas para a minha casa ! - Disse Erna rindo.
- Pra rua onde morei ?- pergunto meia triste.
- Pra rua que morreram seus pais, Klaus e minha mãe !
Coço a cabeça e faço sinal de positivo com a cabeça.
Pouco depois estamos na rua e pegamos um veículo.
Meia hora depois estamos na rua onde tudo começou. Uma lágrima sai de meu
olho e enxugo. Vejo o lugar que foi meu lar em ruinas. Vamos até a casa de Erna.
Esta está desarrumada e Erna chóra. Marija vai com ela e Nikka fica comigo.
- Que atentado foi esse ? - pergunto curiosa.
- tentaram matar um político e eu estava nas redondezas - me olha - onde estavam?
- Por ai lutando e depois acabamos sequestradas por acaso e acabamos em Lon
dres. Nos confundiram com agentes e nos torturaram. Fugimos e nos acusaram de
traição. Pura imaginação pois, tudo que somos é três meninas mal interpretadas.
- igual a eu ! - disse Nikka rindo - só preciso de um dinheiro para voltar para Bonn.
Erna e Marija retornam e arrumamos tudo. Tomamos banho e saimos para comer
fora. Na volta dou o dinheiro da passagem para Nikka e esta fica feliz e grita.
- Vou pra casa agora mesmo !
- Descance e vá amanhã ! - disse Marija espanando os móveis - não seja apressada.
- Quero sair daqui o mais rápido possível ! E é o que vou fazer agora.- e sai correndo
da casa deixando todas nós espantadas.
- Parece que ela tinha algo muito importante para reslver ! - falo espantada.
- Nem se despediu direito ! - fala Erna rindo pensativa.
Voltamos a arrumar a casa até as primeiras horas do dia 5 de setembro de 1940.
Tomamos banho e nos preparamos para dormir quando batem na porta.
Erna coloca um sobretudo e pergunta.
- Quem é?
-Mensageiro militar ! - fala a voz jovial.
- Erna abre e um jovem militar entrega um envelope para Erna. Esta o pega e o ra
paz sai correndo. Erna fecha a porta e abre o envelope lendo-o.
- Filha da mãe !- Grita Erna com raiva.
- o quê houve ? -pergunto.
- Nikka conversou com você , Nina ?
- Sim ! Perguntou onde estivemos...
- Estava a serviço da GESTAPO ! - disse Erna rindo - a missão era saber se passa
mos alguma informação aos ingleses e se mentimos...
- Porcula pipa !- disse eu arranhando italiano.
- O comandante nos felicita e nos dá 10 dias de folga.
Gritamos e pulamos. Então vamos dormir. As três no mesmo quarto e n chão.