Uma Rosa para Berlim - Levados para Londres
O comandante nos mostra o mapa de Paris e depois alguns pontos estratégicos
e depois a torre Eifel. Mostra outros mapas do interior da França e fala :
- Vou levá-las até o aeroporto e lá faremos uma reunião com alguns comandantes.
Traçaremos plamos e explicaremos o principal objetivo. Não agora !
Ele nos puxa e nos manda nos preparar. Então comemos algo e vamos para um ba
nho. Nos trocamos e nos apresentamos diante de um pelotão de graduados e al
guns da inteligência. Estamos bem vestidas e de salto alto. Eu de longo azul-claro,
Marija de terninho com saia comprida, Erna de calça comprida com corte moderno
negra e blusa bege. O terninho de Marija é cinza. Os militares todos fardados e ins
piram muito respeito e medo ao mesmo tempo. Não conheço ninguém. Está entre
eles o comandante que só vi hoje. Então o comandante faz sinal e todos nós sai
mos e entramos em vários veículos militares. Rumamos para o aeroporto mais
próximo . Pouco depois chegamos e vamos para o avião. Todos entram e se sen
tam. O comandante toma a frente e se coloca de frente. Então fala :
- O que falaremos aqui é segredo de Estado e se refere a missão que ocorrerá em
Paris. Esta missão tem como intuito obter informações dos Britânicos e dos Esta
dos Unidos. É simples mas perigosa pois, Os Estados Unidos estão se preparando
e queremos saber o que pretendem e como pretendem entrar na guerra.
- Podem saber agora ! - Disse um dos oficiais rindo. Nesse momento entram uns
homens armados de metralbadora e apontam para todos.
- Fiquem calmos ou atiraremos em todos ! - disse um homem ruivo de meia idade-
Vou levar vocês para londres e, quem quiser se rebelar é só falar que deixo aqui.
Mas deixo para ser sepultado. Não vou pensar duas vêzes. Entederam ?- aguarda
resposta - Não ouvi direito.
- Ouvimos !- disse o comandante nervoso.
- Então vamos algemá-los e levantar vôo.
Todos nós somos algemados nos respectivos acento e, logo depois o avião levanta
vôo. Nós os sequestrados ficamos apreensivos e aguardamos a chegada em algum
lugar. E isso ocorre mais tarde. O avião pousa e somos retirados em um aeroporto
militar. Somos colocados em um ônibus fechado e levados para o centro de Lon
dres pois, vejo pontos turísticos conhecidos. O comboio chega a um lugar desco
nhecido para mim e entra em um pátio fechado. Erna e Marija estão caladas, como
todos os outros presentes. Somos retirados e então separam o grupo em quatro.
Eu, Marija e Erna somos separadas de todos os homens e levadas para uma cela
bem guarnecida. Tem quatro camas e banheiro. Militares nos observam com ar de
curiosidade. Um sargento da RAF chega e nos olha. Então fala :
- Espero aue falem tudo o aue sabem !
- Iriamos ser usadas em uma operação em Paris mas, ainda nos informariam de
como e onde entraríamos! - Disse Erna se antecipando.
- Somos apenas bucha de canhão ! - disse Marija espantada.
Eu fico calada e o sargento me olba e me pergunta :
- O que tem a dizer em sua defesa ?
- Já falaram tudo e , se pedir informações sobre nós , descobrirá que somos inúteis
nisso tudo e, foi um erro nos trazer aqui.
- Mesmo que vocês não sejam de grande ajuda...estavam juntas e não poderiam
ser deixadas para trás...lamento muito se entraram nessa por acaso.
O sargento se retira. Seu alemão é fluente mas , o dos sentinelas é sofrível e eles
tentam fazer gracinhas para nós três e não entedemos nada. Então conversam no
idioma deles mesmo e ai não entendemos nada. Dão gargalhadas. Vejo pelo
Acender das lâmpadas que escurece e o 2/9/40 foi embora.