Uma Rosa para Berlim - A Reunião
Acompanhamos o tenente e seus soldados por entre pedras e árvores so tiros
vindos de aviões Russos. Chegamos em uma clareira onde nos colocamos em aler
ta. Outros pelotões chegam e se espalham pela localidade.
Muitos aviões Russos aproveitam a noite do dia 17 de fevereiro de 1945 para
atacar a região. Eu e Marija ficamos acordadas até as primeiras horas do dia 18
quando começa um bombardeio e ficamos perdidas . Erna acorda e se junta a eu
e a Marija em uma espécie de caverna natural. Depois tudo cessa e a artilharia se
posiciona para não sermos mais surpreendidos. Então ouço alguns tiros de ca
nhões e barulho de aviões seguidos de explosões. Pouco depois tudo se acalma.
Olho para os cabelos curtos de Erna, cortados atê os ombros e falo:
- Desde aquele 2 de setembro de 1940 , quando cortou os cabelos, que que iam abaico das nádegas que você não
deixou crescer mais , heim !
- É ! - disse ela olhando para o céu - cansei dos longos cabelos. Prefiro-os até a cintura.
- Bando de hipócritas naquela reunião...me lembro de cada coisa daquele dia.
Acordamos pela manhã com gritos de arrumadeiras. Erna vai ao banbeiro e de
pois se enfia em um salão de cabeleireiros particular que tem no casarão.
Após sair do banheiro me arrumo e vou até um salão onde vejo vários militares
em reunião. Me puxam para junto de um tenente e pedem para eu ficar calada.
Pouco depois chegam Marija, Greta e Uta. Erna chega depois de cabelos cortados.
Ficamos na reunião até o almoço, quando nos reunimos em outra sala e almoça
mos. Pouco depois saimos para passear. Um comandante nos reune em uma sala
e então dispensa Greta e Uta. É meu tio que as liberta. Ele está na reunião e eu não
tinha percebido. Eu, Marija e Erna somos colocadas em um quarto e nos deixam lá.
Pouco depois entra um oficial da GESTAPO e nos observa dos pés à cabeça.
- O que deseja conosco ? - Pergunto eu.
- Mandar vocês em uma missão ! - Fala ele com convicção.
- Que missão ?- pergunta Erna se aproximando dele .
- pode contar comigo ! - fala Marija com ar de contente.
O meu tio entra e fala :
- mandei minha esposa para minha nova casa pois, depois do bombardeio feito
pelos ingleses, minha casa se destruiu.
- Quero conversar com elas à sós , major !
- só vim aqui entregar esses papéis , comandante ! - estende umas papeladas para
o comandante - vou sair que tenho um encontro. Heil Hitler !
- Heil Hitler ! - responde o comandante.
Meu tio se retira e o comandante pega uma água e bebe.
- vou mandá-las para Paris.
Ficamos sérias e nos entreolhamos pois, ir à Paris será diferente.