Uma Rosa para Berlim- Berlim 1945- Voltando do desmaio.
Minha mãe e meu pai somem da minha visão e retorno a meu corpo físico com
chutes sendo dados nas minhas costas.
- Essa Alemã cadela caiu antes do tiro...- grita um dos atiradores .
Um oficial russo se aproxima e me puxa pelos cabelos. Sorri e fala:
- Leve ela para a Alemanha para vêr o fim da mesma.
- Deveríamos matá-la aqui mesmo, capitão ! Teremos que embarcá-la em um avião.
Me arrastam para um caminhão militar e me joga junto com soldados russos.
Olho para o campo sendo extinto. Muitos soldados Russos chegando e retirando
do campo os sobreviventes. Estou cansada e procuro ver minhas amigas em algum
lugar. Há dias que as perdi. Onde anda Marija ? Pergunto em pensamento a mim
mesma. E Erna ? Greta e Uta ? Me colocam sentada no chão aos pés de dois solda
dos e o caminhão segue . Fico olhando para trás vendo o campo de Gross Rosen sendo libertado. Sou colocada em um avião militar. Voamos para a alemanha.Rajadas de metralhadoras perfuram a fuzelagem do avião e este tem que
pousar perto das forças Alemãs. Muito fogo cruzado e os Russos tombam. Foram alvos da própria ignorância pois, julgavam terem avançado Alemanha a dentro.
Tanques Panzer avançam pelo norte para proteger Berlim. O fogo de artilharia abre
o caminho contra os Russos. Corro em direção aos Panzer enquanto os Russos
são aprisionados. Embarco em um caminhão rumo a berlim e, mais tarde, aviões
atacam a estrada e estas causam danos com bombas de grande potência que abrem
buracos na estrada. Rajadas de metralhadoras cortam o espaço derruba aviões.
Pilotos que sobrevivem são presos. Tanques param o caminhão e, mesmo bem
combalida, corro por entre tiros e avanço rapidamente como uma louca na beirada
da estrada e quase sou alvo de morteiros. Avisto de longe o que restam dos tan
ques PANZER. Corro em direção a eles me esquivando de rajadas pesadas de me
tralhadoras. Minha farda, mesmo rasgada, mostra ser uma integrante da SS.
O inferno está instalado e parece ser o fim da Alemanba. Entre tiros e explosões de
fogo de artilharia
chego até a divisão Panzer ou , o que resta dela.
- Calma! - grito erguendo os braços e vejo que me respeitam - o ataque de vocês
me permitiu a fuga...estava aprisionada. De Gross Rosen! Me pegaram lá !
- Avance e se apresente a capital - disse um tenente com ar acabado - Informe o
comando de nossa situaçào.
Tanques começam a recuar e me entregam armas. Me jogo no chão como todos
os soldados pois, a aviação Soviética intensifica o ataque naquele setor. Abro
fogo contínuo contra os aviões que nos tenta surpreender. Muitos mortos de
ambos os lados. Quase sou alvejada pois, os aviões abrem fogo com me
tralhadoras de grande potência sobre nós. Atiram contra os Panzer. Muitos tiros.
Apesar de reprovar a política Racista de Hitler , lutava em defesa da Alemanha e o
povão que não tinha nada a ver com isso. Até porquê estava sabendo das atrocida
des feitas por Russos e Aliados na invasão da Alemanha: Mulheres sendo estupra
das e algumas, depois eram assassinadas. Mães e filhas violentadas pelos que
eram para serem heróis. Não passavam de estupradores ! Franceses fizeram pior
pois, em nome da honra mataram, humilharam , raspavam acabeça delas. Isso por
quê elas se sentiam livres para amar. Aqui a coisa estava ficando piór pois, Russos
chegavam cheios de vingança.
Alguns caminhões se retiram para pegar reforço e me embarcam nele como
mensageira. Deixo para trás um combate cruel. Russos se aproximando mais.
Em meio ao tiroteio saio do local e vejo reforço chegando e soldados inválidos sain
do de combate para atendimento médico.
Pouco mais tarde entramos em Berlim toda preparada para resistir aos aliados.
Um desespero total toma conta da população. Abrigos anti-aéreos são preparados.
Procuro por todos os lados algum sinal de minhas amigas. Me levam a um coronel
e passo para ele um mapa detalhado.
- Dispensada por hoje ! - disse ele fazendo sinal para eu me retirar. Então coloco
a mão no bolso direito e pego um endereço que tem a assinatura de minha tia
Greta. Leio e saio a procura do endereço.